segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

ON # 070 - Sobre Ronaldo e Beckham; É Amáuri e não Amaurí; Boleiras

Sobre Ronaldo e Beckham


A apresentação do metrossexual, popstar e craque inglês David Beckham ontem em Milão foi algo cinematográfico. Um show de elegância digno de um tradicional desfile na capital italiana da moda. De qualidade incontestável ser contratado para jogar dois meses ou dez partidas é questionável, mas, mesmo assim, um grande negócio. O Milan realiza pré-temporada em Dubai e com o meia camisa 32 (a 7 é de Pato e a 23 de Ambrosini) o preço deve ter duplicado. Falando em grande negócio, a maior contratação da história do futebol brasileiro não poderia deixar de ser comentada. Conversava com o amigo fã do Corinthians e Ronaldo, Marcelo Alexandre Becker, que se não saíssemos com nada sobre o fato, seríamos com certeza o único jornal do mundo a cometer tal absurdo. A contra-capa da apresentação, acredito, foi uma boa pedida. Aposta do colunista: Ronaldo arrebenta. Não duvidem dele...

(Foto: Divulgação)


É Amáuri e não Amaurí


O attaccanti da Vecchia Signora não lembra em nada o centroavante do Santa Catarina Futebol Clube. Há oito anos na Itália, está mais para Luca Toni do que para Luis Fabiano. E não é uma crítica e sim um elogio. O estilo me encanta. Mas no Brasil, como disse o comentarista da ESPN Mauro Cezar Pereira, há uma aversão ao jogador do meio para frente que não faz firula, que simplesmente é objetivo. De qualquer forma o jogador já se destacava mais no Palermo que Afonso Alves. Por isso Amauri, por mais que você queira, vista a Azzura, é para o seu bem...

(Foto: Divulgação)


Boleiras


Chegamos a 40ª Wag, termo que designa as namoradas e esposas dos jogadores na Premier League, a primeira divisão do futebol inglês, mais sexy do mundo e também a mais rica: Coleen McLoughlin, agora Senhora Wayne Rooney, ganha mais que o atacante que marcou ontem o gol do título mundial de clubes do Manchester United sobre a LDU no Japão. A empresária de 22 anos é uma máquina de faturar. Segundo o tablóide The Sun, a inglesa ganhou no ano passado 20 mi de euros (cerca de R$ 50 mi), superando o próprio Rooney, que ganha aproximadamente R$ 40 mi. Os generosos ganhos provêm principalmente dos contratos publicitários, das aparições na televisão, dos direitos sobre os livros, das capas de revista e de um vídeo de ginástica. Antes de entrar na carreira, Coleen trabalhava como vendedora de uma rede de lojas e ganhava um salário de 5 euros (R$ 13) por hora.

Wazza, apelido do striker de 23 anos, encerrou uma temporada fantástica com o prêmio jogador e a artilharia do torneio da FIFA. Mas o atacante já teve outros planos como atleta: queria ser boxeador. E foi na academia de Tom McLoughlin onde conheceu Coleen, então com apenas 12 anos. Mas o nada belo Rooney não pode reclamar do destino. Sua ascensão foi meteórica. Aos 16 anos era titular do Everton. O atacante ainda ia de bicicleta para os treinos quando foi convocado pela primeira vez para a seleção inglesa, aos 17 anos. Foi um dos mais jovens da história a marcar um gol pelo English Team. A transferência para o Manchester United atingiu 30 milhões de libras. Com 18 anos foi artilheiro da Euro 2004.

(Foto: Divulgação)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

ON # 069 - Rivalidade; Hinchas passo-fundenses; Boleiras

Rivalidade


A exemplo de Porto Alegre, a paixão pelo futebol em La Plata divide-se entre um azul, Gimnasia y Esgrima, e um colorado, o Estudiantes. As gozações são parecidas, como não poderia deixar de ser. Após o final do jogo entre Grêmio e Atlético-MG, um avião sobrevoou o Olímpico com uma provocação colorada. A mesma coisa aconteceu no estádio Ciudad de La Plata quando a "hincha" do Gimnasia aproveitou a partida contra o Boca para brincar com os tradicionais rivais.

(Foto: Divulgação)


Hinchas passo-fundenses


Mas o glorioso GELP, o Gimnasia y Esgrima, tem "hinchas" até em Passo Fundo. E não foi depois da final da Sul-Americana. Um grupo de amigos escreveu uma carta ao clube argentino e foi correspondido. Confira: "Estimado Felipe. Brigado por escrivir. Nos llena de orgullo que nos hayan elegido para ser hinchas de nuestro Club. Nos llenó de alegría el título conseguido por el Internacional. Hubo muchos festejos en nuestra ciudad, claro, de la torcida de Gimnasia. Le envio muchos saludos y estamos en contacto con "Degas". Saludos. Martín Villa. Departamento de Comunicación Institucional Club de Gimnasia y Esgrima La Plata. Argentina."

A carta foi escrita pelo amigo Felipe Abal a pedido de outro amigo, Bernardo Branco, presidente dos Degas, nome carinhoso dado ao grupo criado em 2007. O apreço pelo GELP veio após a Libertadores do mesmo ano, quando o atacante uruguaio Sergio Leal comemorou um gol puxando um baralho de truco para jogar.

(Foto: Divulgação)


Boleiras


Pouca gente lembra mas, na fatídica final de 1998, depois que o maior jogador francês, Zinedine Zidane, liquidou a seleção de Zagallo com dois gols de cabeça - a mesma que depois nocauteou Materazzi em 2002, sem manchar a brilhante carreira -, o golpe de misericórdia do retumbante 3 a 0 foi dado pelo volante cabeludo Emmanuel Petit. Além do título mundial, Manu conquistou a atriz francesa Agathe de La Fontaine, uma das 50 mulheres de jogador de futebol mais sexies do mundo. Aos 36 anos, seus principais "títulos" foram as atuações no premiado Run Lola Run e Love in Paris, seqüência de 91/2 Weeks. Ainda sobre a fatídica decisão, o Pequeno foi o autor do cruzamento para o primeiro gol de Zizou. O de Manu, o terceiro, foi apenas o segundo pelos Bleus e somente o milésimo da história da federação. Nas palavras do próprio Petit: "Todos pensam que aquele foi o momento mais feliz da minha vida, mas a emoção de marcar um gol sobre o Brasil foi tanta que eu não soube o que fazer. Não lembro de muita coisa depois de chutar em gol, o que é uma pena, afinal, era eu ali." O canhoto nascido em 1970 começou no Mônaco, passou por Arsenal e Barcelona até encerrar a carreira no Chelsea, há três anos. Manu tem uma ligação íntima com o Brasil: seu tio Christian reside há 30 anos no Rio. Petit tem dois primos cariocas.

(Foto: Divulgação)

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

ON # 068 - Jogo do contente; Capital da bola; Boleiras

Jogo do contente


Com um elenco inferior aos dos demais integrantes do G4 e de alguns da zona da Sul-Americana (leia-se o maior rival), o Grêmio foi vice-campeão brasileiro. Alguns jogadores bradaram o título moral. A torcida foi nobre e vibrou como se fosse o tri. Mas fato é que o Tricolor perdeu para si mesmo. Esteve a maior parte na liderança, mas fraquejou no segundo turno, ao passo que os adversários diretos cresceram. A taça poderia ter vindo sem o tropeço contra o Figueirense, por exemplo. Inevitável, mas que no apagar das luzes, faz a diferença. O vice foi honroso? Foi. Mas não se pode apenas fazer o jogo do contente e agora alegar inferioridade se antes a apresentação era ao título. De que adianta uma bela campanha e a derrota no momento decisivo? Há algum tempo o Grêmio pensava assim e se valia do sprint final. Agora, mesmo frustrante, parece estar se adaptando.


O mesmo vale para o Inter. Com uma trajetória fantástica foi o primeiro brasileiro campeão da Copa Sul-Americana, desbancando o próprio inimigo. Na final foi vitorioso pelo preparo físico. Faltou raça e sobrou soberba. Adiantaria ter alegado uma campanha magnífica sem o título continental?

(Fotos: Divulgação)


Capital da bola


Nos últimos quatro anos, quatro decisões internacionais em Porto Alegre. Em 2005, a primeira mão da final da Libertadores entre Atlético-PR e São Paulo foi no Beira-Rio: empate em um gol e taça para o Tricolor com um sonoro 4 a 0 na volta. Em 2006, o Gigante foi palco do título colorado em cima do mesmo São Paulo, com empate em dois gols no segundo jogo (no primeiro vitória do Inter por 2 a 1). Ano passado foi a vez do rival Olímpico receber a final da maior competição das Américas. Mas quem comemorou foi o Boca com duas vitórias, que os gremistas nem querem lembrar: 3 e 2 a 0. Em novembro foi a vez do Internacional fazer jus ao nome erguendo a taça da Copa Sul-americana em casa: vitória sobre o Estudiantes e empate no Zé Pinheiro Borda.

(Foto: Divulgação)


Boleiras


Lembra da Anara Atanes? Aquela modelo de 20 aninhos da penúltima seção de Boleiras? Dois veteranos já haviam sido seduzidos pela inglesinha. O caso agora é parecido. Mas envolve o quente sangue italiano. A sereia da foto é Alessia Marcuzzi, atriz e apresentadora de TV na Terra da Bota, e também uma das 50 mulheres de jogador mais sexies do mundo. E acreditem, a bela romana tem 36 anos! Mais: desde 2001 tem um filho com o centroavante Simone Inzaghi, irmão mais novo do artilheiro das decisões Filippo, do Milan. Inzaghino, 32 anos, hoje no Atalanta, saído das categorias de base do Piacenza junto com Pippo, se destacou no Lazio e esteve na Azzurra três vezes. Separada de Simone, Alessia teve um affair com il portiere Carlo Cudicini, há muito reserva no Chelsea.

(Foto: Divulgação)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

ON # 067 - Cenas do último capítulo; Frase; Quero ser presidente da República; Boleiras

Cenas do último capítulo


Já questionava o colunista de ON e comentarista do Sport TV Renato Marsiglia: "Cadê os críticos dos pontos corridos?" Nesse final de semana simplesmente todos os jogos valiam alguma coisa: rebaixamento, Sul-Americana, Libertadores e até o título, que mesmo tendo novamente um superfavorito, só será confirmado no próximo domingo. Quanto ao equilíbrio, mesmo com oito lutando pra não cair, apenas dois perderam na rodada. O Grêmio, depois do Corinthians, rebaixa um time que veio para cair. A querida Lusa, recheada de "gaúchos", volta para a Série B.

(Foto: Divulgação)


Frase

"Ele treinou o Brasil. Lá, se você vai à Copa e não vence, é uma tragédia. Não há pressão maior que essa." Do goleiro do Chelsea, Petr Cech, sobre a pressão que o passo-fundense Luiz Felipe Scolari já começa a sofrer no futebol inglês.


Quero ser presidente da República


Por falar no nosso ilustre conterrâneo, o técnico foi recebido na última semana pelo presidente Luiz Inácio. No encontro no Palácio do Planalto, Felipão deu uma camisa autografada do Chelsea de presente para Lula. A camisa tem o número 8 e o nome de Frank Lampard, meia dos Blues e atual segundo melhor jogador de futebol do mundo. Essa pelo menos não veio com o 13 e o nome do presidente gravado nas costas. Mas é vasta a coleção de camisas de futebol de Lula. Tem de quase todos times brasileiros, incluindo a dupla Gre-Nal e o Corinthians, o time do coração. Tem até das seleções estrangeiras e, mais recentemente, dos campeões mundiais de futsal. Além de outros esportes é claro, como vôlei, basquete... Agora ele começa a coleção de clubes europeus. Nada contra, mas até que dá uma ponta de inveja...

(Foto: Divulgação)


Boleiras


O lendário goleiro Oliver Kahn, 39 anos, é o responsável por ter deixado a bela modelo alemã Verena Kerth dando sopa para um milionário grego. Tudo bem, essas coisas acontecem, mas nem por isso essa bávara de 27 anos deixou de ser uma das 50 mulheres de jogador mais sexies do mundo. Kahn teve a melhor fase na carreira em 2002. E não foi quando o goleiro conquistou essa gata. Naquele ano, Oli foi eleito o melhor da posição na Alemanha, com o quarto título germânico; na Europa, depois de levantar a orelhuda (Liga dos Campeões), ambos pelo Bayern de Munique; na Copa do Mundo, foi o primeiro goleiro a ser o melhor jogador da competição; e no Mundo, quando foi eleito pela Fifa o segundo melhor do ano. Depois de Ronaldo, claro. Inclusive, o prêmio no Mundial da Coréia e do Japão foi uma clara consolação para o goleiro que falhou na final (como esquecer) diante do Brasil pentacampeão de Felipão e do fenomenal goleador da Copa. Ainda assim, no DVD Fifa Fever, sobre a história do futebol, Kahn é considerado o melhor goleiro de todos os tempos. Em maio, o alemão pendurou as luvas.

(Foto: Divulgação)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

ON # 066 - De quem conhece os dois; Cangaceiro Tricolor; Boleiras

De quem conhece os dois


O ex-atacante Careca, que esteve nas Copas de 86 e 90, defendeu os técnicos Dunga, companheiro na seleção, e Maradona, companheiro no Napoli, à frente dos principais selecionados da América do Sul. "Pelo que o Dunga viveu dentro do campo merece estar onde está. Hoje ele está limitado pelas quatro linhas, senão estaria dando carrinho em todo mundo." O principal, segundo Careca, é que Dunga tem o apoio dos jogadores: "O grupo está com ele. Quando os jogadores fecham com o treinador, não há movimento que consiga tirá-lo do cargo". Sobre Diego, ele foi ainda mais enfático: "Quem conhece mais do futebol que ele? Foi um gênio em campo e vai mostrar o mesmo carisma fora dele".


(Fotos: Divulgação)


Cangaceiro Tricolor


O técnico do Passo Fundo na Série B este ano "poderia ter sido" o ex-volante, capitão e ídolo do Grêmio, Dinho. Segundo as informações, de fonte segura, o ex-jogador sofreu uma lesão que o impediu de assumir o cargo. Dinho, que encerrou a carreira no modesto Panambi, adversário do Passo Fundo na Segundona, deve começar a nova carreira em breve. A iniciativa do presidente da FGF, Francisco Novelletto, tem recolocado craques do passado em clubes do interior do estado. Foi assim com China, no 14 de Julho, de Livramento, Mazzaropi no Guarani-VA e o próprio Ancheta no Passo Fundo. Pergunta: Dinho teria saído melhor?

Independente disso, o clube passa esta semana por um processo de transição política. Conselheiros recém-eleitos vão eleger novo presidente e vices de administração e futebol. Até o momento não existem nomes confirmados para os cargos dentro do clube. Fora dele, muita gente gostaria da oportunidade de trabalhar pelo Passo Fundo.

(Foto: Divulgação)


Boleiras


Essa gata é disputada como a bola no mundo do futebol. Uma das 50 mulheres de jogador mais sexies, a modelo Anara Atanes, de apenas 20 aninhos, já viveu um triângulo amoroso futebolístico, se é que você me entende... Em curtos espaços de tempo, a inglesa foi vista com o jovem meia Kieran Richardson, e com outro meio-campista: o galã sueco Fredrik Ljunberg. O primeiro, hoje no Sunderland, começou nas categorias de base do West Ham, mas se profissionalizou no Manchester United, sob os cuidados de Sir Alex Ferguson. O londrino de Greenwich (aquele mesmo do meridiano) serviu a seleção da rainha em oito oportunidades tendo marcado dois gols. Freddie construiu praticamente toda a carreira no Arsenal, do qual deu adeus em julho do ano passado. Junto com Larsson e Ibra, formou um dos ataques mais ofensivos da Suécia. O meia também é conhecido no mundo da moda. Recentemente foi modelo da grife Calvin Klein. Depois de uma temporada no West Ham, Ljunberg, de 31 anos, foi contratado pelo Seattle Sounders, dos EUA, para a temporada 2009.

(Foto: Divulgação)

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O fim está próximo


Neste final de semana saberemos quem é quem neste Brasileirão. O Grêmio enfrenta o Vitória e nada diferente do nome do adversário pode acontecer caso o Tricolor gaúcho queira mesmo este título. Já o Tricolor paulista, de arrancada quase fulminante nesta reta final de campeonato, tem barra pesada pela frente. Enfrenta o Vasco, semi-rebaixado, em São Januário... Imagine o clima quente em torno deste jogo. Vascaínos impacientes cobrarão dos jogadores o que até o momento não fizeram: bom futebol. A diretoria desesperada com a ameaça do fantasma que ronda o estádio cruz-maltino: Eurico Miranda. Será que este cenário pode ser benéfico ao Vasco? Ao Grêmio? Afinal nesta rodada o campeonato será decidido. Ao menos é o que penso. Mas se pensar fosse o certo será que o Grêmio estaria onde está? Não sei, mas se o Tricolor gaúcho quiser o título é contra o Vitória que ele deve confirmar a que veio. E claro, sem esquecer do “amigo” Vasco.

(Foto: José Doval/Grêmio)


Comentário do amigo Jackson Lagoas, radialista da Guaíba AM, de Porto Alegre

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

ON # 065 - O negócio é futebol, entende!; O Brasileirão perfeito; Boleiras...

O negócio é futebol, entende!


Foi realizada no fim de semana mais uma maratona futebolística no Caixeiral Campestre. A segunda edição do jogo, este ano com 26 horas, uma hora a mais em relação à primeira edição, começou no sábado às 9h30 e terminou no domingo às 11h30. Vestindo azul ou laranja, foram mais de 480 atletas de final de semana entre homens e mulheres, crianças e veteranos, boleiros e pernas-de-pau. Nessa última classe, até a imprensa teve seus 40 minutos de correria e acabou goleando a equipe da Brigada Militar (ouvi dizer que teremos problemas de pauta durante a semana). Mais números: foram mais de 540 camisetas, 12 árbitros, três mesários e seis bolas. Apesar do bom tempo, em contraste com o ano passado, o placar não foi superado: Azul 198 x 187 Laranja (na primeira edição encerrou em 224 x 217).

(Foto: Paulo Roberto D'Agustini/ON)


O Brasileirão perfeito

Na semana passada, o Globoesporte.com divulgou uma tabela em que os erros de arbitragem neste Brasileirão eram corrigidos e algumas posições eram alteradas. Não é preciso dizer que a matéria gerou polêmica. Dos 91 erros, em 65 partidas, envolvendo lances de gol - nem todos alteraram o resultado -, o São Paulo foi o mais beneficiado com 12. Assim perderia seis pontos e deixaria a liderança para o Grêmio, que perderia apenas um - foi beneficiado quatro vezes e prejudicado uma. Em erros, o Inter foi o mais prejudicado com oito. Porém teve benefício sete vezes, o que o deixou zerado. Em pontos, o prejuízo foi do Fluminense que somaria oito. Os árbitros que mais cometeram erros foram Giuliano Bozzano (SC) e, quem diria, o gaúcho Carlos Eugênio Simon, com três cada.

Foram validados apenas os erros decisivos, que fizeram diferença no placar. Também foi usada uma licença especulativa: pênalti não marcado foi transformado em gol. Erros que poderiam gerar muita variação subjetiva foram descartados. Exemplo: se um time perdia por 1 a 0 quando teve um gol mal anulado ou deixou de ter um pênalti marcado, e o resultado final foi 2 a 0, esse resultado não foi alterado. De 340 confrontos, 29 mudaram de resultado e alteraram posições. Isso representa 9% do total. Pode ser considerando pouco, mas a reportagem não conta fala, e não teria por que contar, aquele amorcegamento de jogo. O termo parece chulo, porém pode ser notado no excesso de faltas no meio-campo contra uma equipe em desequilíbrio com a outra. Acaba gerando, digamos, certa revolta.


Boleiras...


Quem vê esse mulherão nem imagina que ela só tem 19 aninhos. E o pior, ou o melhor: ela é filha do prefeito de Southampton, John Slade. Sorte do winger (o ponta) do Arsenal e da seleção inglesa Theodore Walcott, que conquistou Melanie, uma das 50 mulheres de jogador mais sexies. Theo, que também tem 19 anos, ficou conhecido após ter sido convocado pela primeira vez pelo sueco Sven-Göran Eriksson para a Copa de 2006, mesmo com apenas 17 anos. Apesar do status de promessa, acabou não entrando em nenhuma partida. Walcott, que tem ascendentes de Barbados, começou no próprio Southampton, até ser contratado pelo revelador Arséne Wenger. Nesta temporada, agora como titular, vem se destacando pelos Gunners. No English Team tem quatro aparições e três gols.

(Foto: Divulgação)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Para não deixar dúvidas

Passo Fundo: apuração confirmou a primeira vitória da história do clube sobre a dupla


Depois da importante vitória do Passo Fundo sobre o Grêmio, no sábado chuvoso, no centro de treinamentos de Eldorado do Sul, pelo returno da Copa Lupi Martins, que garantiu a classificação do clube para a próxima fase da competição, uma dúvida pairou no ar: seria o primeiro triunfo do Tricolor do Planalto Médio sobre um representante da dupla Gre-Nal? Mal sabiam o meia Teilor, que marcou o gol em linda cobrança de falta, e o goleiro Vágner, que defendeu um chute à queima-roupa no último minuto, que eles estavam entrando para a história de 22 anos do Passo Fundo.

"É histórico mesmo"

O radialista Luiz Carlos Carvalho, da rádio Planalto, que, segundo ele, acompanha o Esporte Clube Passo Fundo desde o primeiro jogo oficial, um amistoso contra o Pampeiro, em 1986, atesta: "É histórico mesmo. O Passo Fundo obteve contra o Grêmio a primeira vitória em 22 anos de história de confrontos contra a dupla Gre-Nal". O que pode ter gerado dúvida, por isso Carvalho esclarece: "Em 1989, o Tricolor do Planalto Médio derrotou o Tricolor da Capital por duas vezes no Gauchão, mas nos pênaltis, já que no tempo normal houve empate. Inspirado na Copa União, naquele ano, o certame estadual determinava a decisão por penalidades máximas em caso de igualdade no tempo normal, ofertando um ponto de bonificação para o vencedor da disputa extra".

Primeira "vitória"

"No Olímpico, na fase de classificação, houve empate por 2 a 2: Cristóvão e Paulo Egídio marcaram para o Grêmio e Luiz Freire e Casanova igualaram. Nos pênaltis, vitória do Passo Fundo (Cuca perdeu, chutando na trave e Cabrinha decidiu, chutando fora do alcance do goleiro Mazzaropi)."

Segunda "vitória"

"Na primeira rodada do hexagonal final houve empate sem gols no Vermelhão da Serra. Nos pênaltis, outra vitória do Passo Fundo. Dessa vez, o goleiro Clodoaldo foi o destaque, defendendo a cobrança de Luiz Eduardo. Porém no returno, o Grêmio venceu por 1 a 0 no Olímpico, gol de Kita. O Tricolor da Capital acabou pentacampeão gaúcho."

Ao Passo Fundo restou a melhor participação em campeonatos estaduais: um 6º lugar no hexagonal final, com um time que tinha Cabrinha, Cláudio Freitas e Luis Freire, como complementa Ari Machado, também radialista da Planalto.

Internacional invicto

Carvalho segue relembrando o confronto com o Internacional naquele mesmo ano: "Diante do Inter, pelo mesmo hexagonal final, o Passo Fundo também empatou sem gols no Vermelhão da Serra. Na decisão por pênaltis, o goleiro Cláudio Taffarel defendeu a cobrança do volante Tim", finaliza.


Vitória só do 14

O escritor Marco Antônio Damian, que se dedica à pesquisa do futebol do interior do estado e, em especial, a história dos clubes de Passo Fundo, confirma que a vitória do final de semana foi mesmo a primeira do, agora, Tricolor sobre um dos grandes da Capital. Ele informa ainda que o 14 de Julho, clube extinto que originou o Passo Fundo, venceu tanto Grêmio como Internacional: "No Gauchão de 1971, o 14 venceu o Inter no Vermelhão da Serra por 1 a 0, gol do centroavante Pedrada, que estava emprestado pelo Grêmio. Em 1977 foi a vez do Grêmio que sofreu o mesmo 1 a 0, também em Passo Fundo, gol do Zé Augusto, irmão do Luis Freire. O técnico do clube da cidade era Aparício Viana e a partida foi amistosa, como preparação para o Estadual daquele ano. O Grêmio do técnico Telê Santana vinha com o time titular que tinha Eder e André Catimba."


Nota do editor

Tanto Grêmio como Inter, e até mesmo o Juventude, disputam a Copa Lupi Martins com equipes formadas por reservas e juniores, que têm, além de vigor, muito entrosamento. O Grêmio é líder da chave 1 com 29 pontos, à frente de equipes como Caxias - também derrotada pelo Passo Fundo com o mesmo plantel que há pouco disputava a Série C - Novo Hamburgo e Ulbra. O Tricolor da Capital estava invicto dentro de casa e tinha apenas uma derrota: 3 a 2 para o Novo Hamburgo.


Reportagem publicada em O Nacional no dia 28 de outubro.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

ON # 064 - O amargo gosto da derrota; Futpédia; Petição; Boleiras

O amargo gosto da derrota


Na última segunda-feira recebi um e-mail de Santos pedindo como conseguir uma camisa do Passo Fundo. Respondi dizendo para acessar o site do clube. Lá encontraria e-mails e telefones de contato. Não resisti e perguntei o porquê do interesse. "Minha esposa é de Passo Fundo. Queria comprar uma camiseta para o meu filho de um ano. Vou várias vezes à cidade, mas ainda não assisti uma partida, espero que consiga. Como anda o time?" Ainda bem que foi na segunda-feira. Se tivesse que responder hoje, diria que para assistir um jogo, só ano que vem...

Infelizmente o Passo Fundo acostumou-se a perder. Já não faz diferença. As categorias de base até renderam frutos. Marquinhos é titular dos juniores do Inter, pondo no banco a promessa Tales. Mas o fraquíssimo time da Série B colocou o clube abaixo de TACs e Panambis. O técnico Celso Freitas trouxe alento para Copa Lupi Martins. Após alguns tropeços, o time parecia ter voltado a sentir tesão da vitória. Mas depois do vexame em Santa Maria, outro ineditismo na história do clube, o amargo gosto da derrota voltou. E deve demorar a ser esquecido...

(Foto: Eduardo Barreto / A Razão)


Futpédia

Que bela ferramenta criada pelo Globoesporte.com. Como os próprios criadores anunciam, deve acabar com aquelas discussões de bar sobre quem marcou naquela partida, quanto terminou aquele jogo, em que lugar chegou o time naquele campeonato, por enquanto, apenas em Brasileirões. Dando uma cubada encontrei registros de alguns ex-jogadores bem conhecidos na cidade: Cláudio Luiz Martha Freitas, quatro jogos pelo Grêmio e quatro pelo Goiás, mas nenhum gol; João Leidhardt Neto, o Kita, 74 jogos por Grêmio, Portuguesa, Flamengo e Inter, 27 gols e um título brasileiro pelo rubro-negro; até o técnico e ex-meia Celso dos Santos Freitas, 14 jogos por Grêmio e América-MG, um gol pelo time mineiro contra o Campinense.


Petição

Está circulando pela internet uma petição contra os escândalos praticados pelo STJD. A iniciativa é liderada pelos gremistas que alegam que o Tribunal quer tirar de suas mãos o título brasileiro. Porém o desempenho do time nas últimas rodadas parece que vai eximir a entidade de culpa. E mais, há uma declaração do procurador Paulo Schmitt, o vilão da hora, de que ele torce para que o Grêmio seja o campeão e não um time do eixo Rio-SP. O endereço é o www.petitiononline.com/stjd2008 e até o momento conta com mais de 7 mil assinaturas.


Boleiras


A doce Candy McCulloch é uma das 50 conquistas mais sexies dos boleiros. A modelo inglesa que é filha do cantor Ian McCulloch, ex-Echo & the Bunnymen, esteve na lista do encrenqueiro meia Jermaine Pennant, do Liverpool. O jogador de 25 anos já colecionou problemas por Arsenal, Watford, Leeds e Birmingham. Pennant, que tem ascendência jamaicana, mas optou por representar o English Team, já defendeu a seleção sub-21, onde também arranjou confusão. Em uma partida contra a Croácia desferiu um cruzado no meia Niko Kranjcar. Em 2005, o inglês chegou ao auge quando jogou uma partida na condicional, usando uma pulseira eletrônica, após ter sido condenado por dirigir bêbado. Já pensou se a moda pega por aqui...

(Foto: Divulgação)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Adeus ao 'velho' Lobo das pistas

Carreteras: Haroldo Vaz Lobo, piloto desde a década de 1950, morre em Curitiba aos 82 anos


Morreu nesse sábado, em Curitiba, aos 82 anos, o piloto de carreteras Haroldo Vaz Lobo. O paranaense sofria de diabetes e foi vítima de uma parada cardiorrespiratória em sua casa. Lobo era piloto desde a década de 1950, sempre com sua inseparável Ford Coupé 1940 motor V8, a Barata. Ele era um dos últimos remanescentes da década romântica do automobilismo no estado.

Mesmo curitibano, Lobo manteve laços intensos com Passo Fundo e seus pilotos de carreteras: Menegaz, Schroeder, Finardi, Bertão, Bernardon e Daniel Winick, o único da época ainda vivo.

"Lobo manteve sua 'barata' original por mais de 50 anos, possivelmente o único caso no país, rodando e participando de encontros automobilísticos, onde era considerado herói", emocionou-se o amigo e amante do automobilismo, Nelson Marques da Rocha, da Associação dos Pilotos de Passo Fundo.

Encontro

Os dias 1º e 2 de setembro do ano passado foram os últimos de Lobo em Passo Fundo. O piloto participou do Encontro das Carreteras, promovido pela Associação Cultural Museu do Automobilismo Brasileiro, presidida pelo entusiasta e ex-piloto Paulo Afonso Trevisan.

Em entrevista, Lobo mostrou vitalidade incrível e uma relíquia impecável. "Em uma época em que as cifras eram às vezes inatingíveis, o então moço Haroldo comprava um Ford Coupé 1940, novinho em folha. 'Quando comprei esse carro desmontei-o inteiro. Chamaram-me de criminoso', contava o piloto, não ex, como o próprio adverte. 'Era o melhor carro para preparar. Um 1937 era muito leve. Um 1934 pior ainda', descrevia com a autoridade de quem, então aos 82 anos (revelados pelo filho), esteve dentro de uma carretera por quase 60. 'Nasci há muito tempo, nem dá pra contar."

"O piloto começou a correr em 1949 e só parou por 'influências externas'. 'Parei mas não por mim, não me deixaram mais', ainda indignava-se. 'Eu corri umas 10 Mil Milhas Brasileiras, em duplas e sozinho. Desde a primeira em 1956. Corri com os maiores pilotos aqui do Rio Grande do Sul, sempre com meu carro. Correr no carro do colega é uma coisa. Eles é que pediam para correr no meu. Uns davam os pneus, o outro o combustível', explicava sobre a preparação. A carretera tinha cerca de 200 cavalos, segundo o piloto. 'Ela acompanha até os carros que têm mais potência que ela. Na avenida, eu fui chegando nos bons, eles não me fogem', revelava com segurança. O motor, segundo ele, era uma miscelânea: 'a gente pega peças do Mercur, pega de outros carros, mas também tem alguma coisa original do Ford, a gente mexe no que puder para ficar mais veloz."

"O perigo andava ao lado, mas a coragem era o nome do meio desses pilotos. 'Em São Paulo as carreteras eram chamadas de 'cadeiras elétricas'. Você tem que conhecer muito o carro, estar familiarizado com tudo. Eu tenho o freio especial ainda daquela época. Não era qualquer pessoa que podia correr com esses carros', contava Lobo, fazendo questão de usar sempre o verbo no presente. Haroldo pertencia à Scuderia Galgos Brancos. O filho Marcelo o acompanhava em todos os eventos. A paixão pela velocidade está no sangue. Mas a prudência materna é quem dá as ordens. 'Ele começou a correr de kart. Mas aí veio a mulher e disse: não o incentive que isso é perigoso', divertia-se. Lembrando de como começou, o 'velho' Lobo, emociona-se: 'Quando comecei a correr, não pensei que estava plantando algo que pudesse colher. Hoje estou colhendo o que plantei."

(Foto: Arquivo ON)


Matéria publicada em O Nacional no dia 4 de agosto deste ano

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

ON # 063 - Maradona, Ivanovic, Beckham, Boleiras...

Maradona

O mundo seca a aprovação do melhor argentino de todos os tempos no comando da seleção local. Inclusive os próprios hermanos que o rejeitam em pesquisas de jornais. Parece que preferem mantê-lo no pedestal, onde merece estar, para que o encanto não cesse. Não os recrimino. Aqui no Brasil temos um exemplo bem parecido. Não é necessário citar nomes. Mas discordo quanto ao sucesso do baixinho como técnico da Argentina. Maradona é passional, o que às vezes pode ser negativo, na seleção tem tudo para ser positivo. A motivação é imprescindível quando não se pode realizar um trabalho diário. E Maradona é craque. Se nego não souber fazer, ele vai lá e mostra... Fora a comissão pra lá de experiente de Billardo, Brown, Batista e Troglio.


Ivanovic


Quem desconhece, pode não acreditar que ela é tenista. Ana Ivanovic foi eleita a atleta com o corpo mais bonito pelo jornal alemão Die Bild. A sérvia terminou a eleição com mais da metade dos votos, na frente da bela russa, também tenista, Maria Sharapova. Apesar disso, ela afirmou que prefere os resultados obtidos em quadra (nós também, claro...). Porém, sem marra, disse estar muito feliz com este reconhecimento (nós também...). Ana Ivanovic tem 20 anos, 1,86 m e 69 kg. Mas o talento da sérvia não é visto apenas fora das quadras. Na próxima semana ela vai brigar pelo título da Masters Cup de Doha. Em 2008, a tenista venceu os torneios de Indian Wells e Roland Garros. No ranking da ATP é a quarta colocada (ô ranking besta).

(Foto: Divulgação/Ana Ivanovic)


Beckham

O Milan confirmou na última semana a contratação por empréstimo do meia do Los Angeles Galaxy. O inglês junta-se ao elenco de estrelas rossonero para manter a forma. O metrossexual chega a Milão no dia 7 de janeiro de 2009 para atuar até o fim da temporada italiana. Beckham havia anunciado que gostaria de seguir atuando para manter a forma, já que o time está fora dos playoffs da MLS. O grande objetivo do meia é estar na melhor condição para a Copa de 2010. "Joguei no Manchester United e no Real Madrid. Sinto falta apenas do Milan." Beckham vai ser o primeiro jogador britânico a atuar com a camisa milanesa desde 1987, quando Ray Wilkins e Mark Hateley deixaram o clube. O time foi fundado pelo inglês Herbert Kilpin, em 1899.


Boleiras...


Lembra do Gravesen, aquele volante que jogou até no Real Madrid e ficou famoso por ter dado umas bolachas no Robinho em um treino do clube espanhol? Pois é, o brucutu não tinha bola pra jogar com a camisa merengue, o brasileiro é um chato e provavelmente mereceu os sopapos, mas ele não tem a menor desculpa pra desperdiçar essa energia em campo. Apresento Kira Eggers, modelo dinamarquesa de 34 anos, mulher do camisa 10 do Everton e uma das 50 mulheres de jogador mais sexies do mundo. A nórdica já posou para diversas revistas eróticas como Hustler e Penthouse e também escreve artigos picantes para sites especializados. Kira aparece em diversos programas de TV sobre sexo além de ter participado do Big Brother local.

(Foto: Divulgação)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

"Professores" vencem gurizada européia

Futsal: Play Center do Clube Juvenil foi palco, ontem à noite, de uma volta ao passado


Lembre, ou imagine, uma época de times competitivos, ginásio lotado, craques chegando e surgindo, finais, gols. De volta a Passo Fundo, os jogadores que brilharam pela APE (Associação Passo-Fundense de Esportes) e que hoje pararam ou ainda atuam no estado contra jogadores que estão na Europa, criados nas escolinhas da Semeato/Sesi/Clube Juvenil e que tiveram que deixar a cidade.


Craques


Na apresentação dos atletas: Luciano e Chimangão, do lado europeu, Gelson, Clóvis, Giba, Teti e Nê, do lado passo-fundense, destacam-se com mais de cem jogos pela APE. "Isso a gente leva pro resto da vida. Foi um dos momentos mais felizes quando me ligaram para vir. Tantas alegrias, como a classificação para a final diante da ACBF, como tristezas, na final que perdemos para o Inter," emocionou-se o ex-capitão Gélson, que ainda joga pelo Guarani/Rochemback de Espumoso.

Grande rival, Nuno, de Carazinho, campeão italiano pelo Luparense, desta vez era convidado. "Sempre vinha jogar contra, com casa cheia, Passo Fundo era diferente porque sempre tinha um time dificílimo, jogos bastante pegados, torcida ajudando, mas uma rivalidade saudável."

Mauricio Cebola, titular de um dos maiores times da Europa, o El Pozo Múrcia, da Espanha, lembrou os velhos professores. "Guardo grandes lembranças desse ginásio, do Capingui e do Sesi. Voltar à cidade, jogar com pessoas que você aprendeu muito: Gélson, Teti, Clóvis, não tem preço."

O único jogador de futebol na festa era George Lucas, do Celta, da Espanha. "O mais legal é voltar às origens. Hoje estou no campo, todo mundo está no salão, mas saí aos 14 anos, graças ao meu pai, e hoje agradeço a ele. Aliás, tenho a agradecer a todos aqui que me ajudaram a estar onde estou."


O jogo


Festividades à parte, a partida começou bastante pegada, ao estilo. Ninguém queria perder e os veteranos do time passo-fundense deram um cansaço na gurizada européia. Giba, com categoria, abriu o placar aos 14 minutos. Faltando um para o término da primeira etapa, Maurício Cebola empata após lançamento do goleiro Luciano. Muitas bolas na trave de ambas as partes e o empate.

No 2º tempo, Cebola vira aos 11, em passe de Nuno. Na seqüência é a vez de Cebola tocar de calcanhar para Zé Renato, que estufa. Os passo-fundenses vão para cima e no contra-ataque Teti marca. Logo depois Clóvis intercepta e empata o jogo. Faltando 30 segundos, Cebola salva de cabeça. Na seqüência Teti acerta lindo voleio de canhota e decreta a vitória dos "professores".

Passo Fundo 4 x 3 Europa

Jogadores que atuaram em Passo Fundo
Biro (goleiro)
Glauco (goleiro);
Guilherme,
Bonitinho,
Tininho,
Gelson,
Clóvis,
Atílio,
Giba,
Teti,

Técnico:
Baio

Jogadores que atuam na Europa
Luciano (goleiro);
Maurício Scheleder,
Maurício Cebola,
George Lucas,
Chimangão,
Zé Renato,
Jéferson,
Cristian,
Alemão,
Fischer,
Nuno
Técnico:
Javali

Gols: Europeus: Cebola (2) e Zé Renato; Passo-fundenses: Teti (2), Giba e Clóvis. Arbitragem: Claudionor Ramos (Chorão) e Luiz Evandro Canton

(Fotos: Marcelo Alexandre Becker/ON)

Reportagem publicada em 16 de julho de 2008

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

ON # 062 - Mano dos Mano; Cenas dos próximos capítulos; Golaços made in Passo Fundo; Boleiras...

Mano dos Mano


Contratado pelo Corinthians, Mano Menezes ganhou um bilhete de loteria premiado. Bastava esperar até o final do ano para levar a bolada. Mas quis a competência do treinador e do elenco que o prêmio viesse com seis rodadas de antecedência. Agora ele pode passar no caixa do clube e levar seu R$ 1 milhão para casa. Isso fora o gordo salário, toda exposição na mídia e a especialização em Série B. Agora resta saber se continua, sai ou até começa o lobby para levá-lo à seleção.

(Foto: Divulgação)


Cenas dos próximos capítulos

O Inter pode ajudar o maior rival na reta final do Brasileirão. Isso porque, dos quatro principais adversários gremistas, o Colorado terá dois pela frente. No domingo, o Inter enfrenta o vice-líder São Paulo, no Morumbi. Na penúltima rodada, dia 30 de novembro, o Colorado recebe o Cruzeiro, no estádio Beira-Rio.
Mas ajudar o eterno rival é algo que nem se comenta no Beira-Rio. No sábado, no Mineirão, o presidente do Inter, Vitório Píffero, provocado, disse apenas que o Internacional ainda tem chances de chegar a G4, e para isso lutará até o fim.
Se superar o São Paulo no próximo final de semana mantém as esperanças de lutar por uma vaga na Libertadores da América 2009, ano do centenário do clube, e de quebra dá uma importante ajuda, quase decisiva, ao Grêmio na luta pelo tri.
No returno, o Inter já deu uma força ao Grêmio quando, na mesma semana, recebeu Palmeiras e Flamengo, outros dois inimigos tricolores. Derrotou o Palmeiras por 4 a 1, dia 20 de agosto, e, quatro dias depois, empatou com o Flamengo em 1 a 1.


Golaços made in Passo Fundo


Felipe, formado nas categorias de base do Passo Fundo, foi o autor da bucha da rodada do Brasileiro. Mesmo perto dos 30 (como passa!) o atacante do Náutico continua guardando os seus e sendo decisivo para manutenção do Timbu fora da zona de rebaixamento. Pena que o resto do time não ajuda muito. Situação igual é a de outro passo-fundense: Marquinho, do Figueirense. O polivalente jogador pelo lado esquerdo marcou dois contra o Vasco e tenta manter o Figueira na Série A.

(Foto: Divulgação)


Boleiras...


Alguém já ouviu falar do striker do pequeno Doncaster Rovers, 3ª divisão da Inglaterra, Darren Byfield? Não né! Mas com certeza ninguém vai esquecer da cantora e compositora Jamelia, conquista do atacante jamaicano de 27 anos. Ela é mais uma que está no ranking das 50 mulheres de jogador mais sexies. Filha de pai do Zimbábue e mãe da Jamaica, essa inglesa de 27 anos que já tem dois filhos, assinou com uma gravadora aos 15. Que sorte do coelho da foto hein!

(Foto: Divulgação)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Com a missão de fazer gols

Futsal: passo-fundense Zé Renato acerta transferência para o Lazio Colleferro, da primeira divisão italiana. Pivô estava perto de marcar 100 gols pelo Torrino, da série A2

Zé Renato, número 3, vai ter como principal adversário o Luparense, de Nuno, número 24

Mesmo no Brasil, o pivô passo-fundense Zé Renato segue fazendo sucesso no futsal italiano. Depois de três excelentes temporadas pelo Torrino, de Roma, da 2ª divisão, o jogador foi a grande negociação da abertura da janela de transferências na Itália. Zé Renato foi para o Lazio Colleferro, da região metropolitana de Roma, mas da 1ª divisão. A "cartelina", termo italiano para o passe, foi negociada em 60 mil euros, cerca de R$ 150 mil, valor considerado alto para o futsal, por três anos de contrato.

Sem mudanças

Zé Renato não vai precisar nem se mudar, já que a cidade de Colleferro fica próxima de onde o passo-fundense mora em Roma. O interesse do Lazio no pivô surgiu, além da vizinhança, por ter sido uma vez artilheiro e duas vezes vice na série A2 do futsal italiano. Zé Renato inclusive diz que o nível das duas competições é bastante equilibrado. Mas na série A1, admite, há maior visibilidade.

No Torrino, o passo-fundense vai deixar saudades: faltavam 13 gols para os 100 pelo clube romano. Tanto que Zé Renato era o único jogador da divisão convocado para a seleção italiana - foram quatro chamados, mas o principal, para o Mundial que será realizado em outubro no Brasil, não aconteceu. Porém, o pivô não desanima. "Tenho apenas 24 anos, ainda tenho estrada na seleção." A Itália já conta com o brasileiro Bacaro, companheiro de Maurício Cebola no El Pozo Murcia da Espanha.

Pressão de pivô

No Lazio Colleferro, que não possui vínculo com a Lazio do futebol de campo, Zé Renato vai ter a companhia dos brasileiros Douglas Corsini, fixo também da seleção, Marcelinho, ala contratado, e do técnico Mathias Lamers. "Saíram três ou quatro jogadores brasileiros também, mas agora é que começam as transferências porque o campeonato começa em outubro. Me apresento em setembro."

Por ser uma contratação grande e cara, o pivô sabe da pressão para levar o time ao título na próxima temporada. "Na Itália só se gasta mesmo no homem de frente, que é o que coloca a bola para dentro. O Lazio está fazendo um grande investimento e a mim só cabe demonstrar em quadra com gols." O time romano chegou ao playoff final da Série A1 na última temporada, mas acabou em quarto lugar. O campeão foi a Luparense, pela segunda vez, do ala carazinhense Nuno.

Histórico

Zé Renato começou nas categorias de base da Semeato. Com 17 anos estava nos profissionais do extinto time da Associação Passo-fundense de Esportes. Depois jogou no Atlântico, de Erechim, na ATF, de Tapejara, e no Joaçaba, em Santa Catarina. Quando estava no time catarinense recebeu a proposta para jogar na Europa. Na primeira temporada na Itália fez 24 gols em 18 jogos. Na segunda viveu a melhor fase, quando fez 38. O faro de gol do bisneto de italiano o levou à seleção.


Zé Renato
Nome: José Renato Mello
Nascimento: 08/09/1983
Local: Passo Fundo/RS
Posição: Pivô Nº: 9
Altura: 1,90 m Peso: 85 kg
Clubes: APE, Atlântico, ATF, Joaçaba, Torrino, Lazio Colleferro
Reportagem publicada em 6 de agosto deste ano.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

ON # 061 - O falso ídolo; Tudo que nos é peculiar; Boleiras...

O falso ídolo


Deu a lógica. O título do Brasil foi mais que merecido. Jogava em casa, com o apoio da torcida, um técnico à altura da seleção e os melhores jogadores.

Mas o melhor jogador nem sempre é o mais técnico, o mais habilidoso, o artilheiro. O melhor pode ser o decisivo, o que mostra raça e, especialmente, sabedoria. Fatalmente, esse sujeito, assim como o outro, transforma-se em ídolo.

Falcão, pela técnica, habilidade e faro de gol, deve ser copiado. Só. Antes da final disse que se o Brasil saísse derrotado se aposentaria da seleção. Caso vencesse, permaneceria. Quer dizer, na ruim ele sairia, na boa ficaria.

Na final, provocou, machucou, não jogou mais e ainda protagonizou um momento que apaga a bela apresentação no Mundial, que lhe rendeu o título de melhor jogador.

Quando a patética torcida carioca vaiou os espanhóis, o ídolo deu mau exemplo pedindo para que o coro de "timinho", entoado naquele momento, aumentasse. Ele inclusive admitiu ao final que havia provocado os espanhóis. Falcão não pode chamar a Espanha de "timinho". Perdeu em semifinal de Copa para eles. Depois, os ibéricos perderam apenas no último pênalti e fizeram uma grande final.

O melhor é que quase todos melhores jogadores do Brasil aplaudiram os espanhóis ao final, até porque muitos deles ganham a vida naquele país e lá são ídolos.

Schumacher, também se machucou, continuou jogando, bateu pênalti, mostrou raça. Sem falar em Vinícius, Ciço, Marquinho, Tiago, enfim vários. Qualquer um deles poderia ser o melhor. Dizem que Falcão é o melhor de todos os tempos... Sei não.

(Foto: Fifa.com)


Tudo que nos é peculiar


A torcida mostrou mais uma vez toda sua educação no quesito ser anfitriã. Foi um bom cartaz para a Copa do Mundo de 2014 e a candidatura para os Jogos Olímpicos de 2016. Vaiou os espanhóis depois da final, no Maracanãzinho, mostrando todo nosso provincianismo e cultura que nos é peculiar quando se trata de relações internacionais. Tudo incentivado pelo nosso craque, depois devidamente premiado pela Fifa, o jogador Falcão. Depois não adianta falar dos venezuelanos que vaiaram o hino nacional no confronto da seleção brasileira em Puerto la Cruz...

(Foto: Fifa.com)


Boleiras...


Para não ficar nesse clima azedo, algo para adoçar os olhos e a mente. Seguindo com o ranking das 50 mulheres de perna-de-pau, craque, ilustre anônimo e bonitão mais sexies, apresentamos hoje a bela modelo sueca Helen Svedin, conhecida por ser esposa do português Luís Figo. Aos 32 anos e três filhos com o craque da Internazionale, essa nórdica mostra que ainda bate um bolão. Ela inclusive ficou famosa por ter sido eleita a mulher de jogador mais bela da Copa do Mundo 2002.

(Foto: Divulgação)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

"A Lei Pelé acabou com o futebol do interior"

Futebol: em entrevista coletiva no estádio Vermelhão da Serra, o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelletto Neto, falou sobre a copa do segundo semestre, televisão, Lei Pelé e futebol do interior


- Como será o campeonato do segundo semestre?

Francisco Novelletto Neto - O início será em 17 de agosto. Temos a assembléia nesta segunda-feira. Devemos ter 25 equipes. Vinte confirmaram, sem o Passo Fundo ainda, que é a boa notícia.

Quando cheguei dei uma espiada no estádio, faz uns quatro ou cinco anos que não passo pelo Vermelhão. Chegou a dar uma dor no coração, ver um estádio desse, com capacidade para quase 20 mil lugares, não tendo um representante na primeira divisão do estado. O momento é de darmos as mãos, direção do Passo Fundo, imprensa, comunidade, empresários, e, aos poucos, formar uma base. Acredito que o momento é essa copa do segundo semestre. Não tem que entrar para ganhar. Você tem que formar um grupo para no ano que vem buscar dez atletas mais experientes e formar uma grande equipe. Não pode ter o exemplo aqui do lado, do Glória de Vacaria, que teve um investimento de mais de R$ 100 mil, com jogadores que não tinham vínculo com a cidade. Outro exemplo é o 15 de Campo Bom, que contrata um time inteiro, sem vínculo com o clube, sabendo que em três meses termina o campeonato, o clube vai fechar, os jogadores já pensam em outros contratos e acontece o que aconteceu, um baita investimento e a queda para a segunda divisão.

Então é fundamental hoje, com a Lei Pelé, onde o jogador só pensa em novo contrato, sempre querendo mais, você ter no mínimo 50% de jogadores com vínculo com o clube e com a cidade.


- Qual a possibilidade dos jogos serem realizados pelas manhãs?

FN - A televisão hoje é um mal necessário. Os grandes clubes do futebol brasileiro, e do futebol gaúcho também, vivem hoje da renda da TV, porque a da bilheteria, com os impostos e taxas, acaba sobrando pouco. Além dos ingressos estarem muito defasados. Lembro que em 1994 o ingresso para o Gauchão era R$ 10. Hoje continua o mesmo preço. Agora mesmo o presidente de um grande clube da Série C do Brasileiro me pediu permissão para baixar o ingresso para R$ 5. Então dependemos da televisão, haja vista o futebol gaúcho esse ano, onde cada clube recebeu média de R$ 350 mil em direitos. Temos que obedecer o horário da TV, ser criativos e buscar alternativas. O horário da manhã é muito bom, mas somente aos domingos. Seria uma alternativa.


- Como serão os custos para os clubes participantes?

FN - Somos conscientes das dificuldades que os clubes atravessam, então vamos bancar o campeonato novamente. A partir do ano que vem vamos construir a nova sede da federação. Então vamos passar momentos difíceis, que a federação não vai principalmente arcar com a arbitragem. Porque são custos da federação: ingresso, seguros, bolas, transferências, registros. Esses abrimos mão, o que seria nossa principal renda. Mas, além disso, pagamos a arbitragem, que em média, em uma copa do segundo semestre, com 25 clubes, custa R$ 500 mil, direto para os cofres do sindicato.

Então vamos bancar novamente e correr atrás de patrocinador. Na Segunda gastamos R$ 1 milhão e conseguimos patrocinador de R$ 100 mil. A federação teve prejuízo de R$ 900 mil. Mas não somos banco. Aplicação deixamos para o Banrisul. O que arrecadamos investimos em futebol. Conheço federações que tem R$ 22 milhões aplicados. É banco ou é uma entidade voltada para o futebol?

"Parece que o culpado de todas as coisas erradas que acontecem no nosso país é o futebol. Pelo contrário, é o maior orgulho desse país"


- Qual a importância dessa copa do segundo semestre?

FN - A copa do segundo semestre é para movimentar os clubes. Quando assumi, em 2004, houve várias reportagens de atletas profissionais sobrevivendo com cestas básicas do sindicato dos atletas. Jogava três ou quatro meses o Gauchão e não tinha mais campeonato o restante do ano. Então nós criamos a copa do segundo semestre para dar emprego, mas com a federação bancando.
Tenho um clube que é o São José (da capital). Nunca nos foi franqueado um formulário. Então não é que não existia a copa do segundo semestre, é que toda ela era custeada pelos clubes, então não havia interesse. Agora com a federação bancando estão quase 25 clubes jogando o ano inteiro. A própria segunda divisão, que é um campeonato interessante porque dá uma vaga para a primeira, se não fosse a federação bancar, viriam no máximo 10. Em um ano começaram com oito equipes e terminaram seis na Segundona. Dois desistiram na metade do caminho. E seria a realidade hoje.


- Alguns estádios não têm condições para disputa de qualquer competição. Qual a sua opinião?

FN - Existem dois ou três clubes que realmente deixam a desejar. Só que eles são conscientes. Eles podem jogar a segunda divisão e não a primeira com aqueles estádios. É o caso da Sapucaiense. Não é a federação que diz, pode ou não vetar o estádio. Eu vetei um ano o Panambi. Mas é a realidade da segunda divisão. Vou responder a mesma coisa que disse para um colega de vocês de Pelotas. Em determinado estádio ele me disse: 'presidente, esse estádio não tem condições de jogar uma segunda divisão. Olha aqui na Boca do Lobo, um estádio que oferece condições para a torcida, para a imprensa, lá tinha três cabines, nós estávamos em cinco transmitindo.' Eu respondi: é a realidade da segunda divisão. Aquele clube está certo. O que não está certo é o Pelotas. Isso vale para o Passo Fundo. Muitos dos clubes da segunda divisão estão certos, o que está errado é o Passo Fundo que não poderia estar em uma segunda divisão. Não me interpretem mal.


O Nacional - O futebol acabou no interior do estado?

FN - Se não fosse a federação eu fechava contigo. É a famigerada Lei Pelé. Quando comecei com o São José em 1994, nos primeiros cinco anos não tirei um centavo do bolso. Era empréstimo do Ernestina, que me rendeu bastante. Você tinha consumo interno. Você emprestava jogador, pagava R$ 30 mil, tinha a venda de outro, então dava para se manter. Assim fazia o Passo Fundo, o Ypiranga, todo mundo que tinha aquele atleta que o clube queria emprestar. Não era nem venda.

Agora com a Lei Pelé, para tirar o investimento é muito difícil, porque o menino até os 16 anos está livre. Depois pode fazer três anos de contrato. Mas os clubes pequenos não podem colocar uma multa rescisória alta, porque tem que pagar um salário alto, então 99% dos atletas registrados na federação, que não seja de Grêmio, Internacional e Juventude, é pelo piso. Como você vai pagar os encargos sobre um salário alto? Então os coitados do São José, do Passo Fundo, acham que o jogador está seguro na federação. Porque é 100 vezes a multa rescisória sobre o valor que ele ganha. Ainda, o atleta indo lá pedir rescisão, tem 50% de desconto. Então essa moda não pegou ainda. Você tira qualquer jogador da federação e só avisa o clube: 'estou depositando tanto do teu jogador', porque é a lei, ela dá o direito. A Lei Pelé acabou com o futebol do interior.

Parece que todas as coisas erradas que acontecem no nosso país o culpado é o futebol. Pelo contrário, é o maior orgulho desse país. Para o futebol você é vigarista, quer dar o golpe, roubar, lavar dinheiro. Não sabem o que a gente põe do bolso, por uma paixão, um vínculo com o clube, com a comunidade, com a cidade. Você acaba deixando a família de lado, afazeres, negócio, botando dinheiro do bolso, e ainda sai sendo chamado de ladrão. Eu diria que hoje roubar de um clube é história de rato de igreja: vai comer o quê? Está todo mundo quebrado, vai roubar de quem?

(Fotos: Marcelo Alexandre Becker/ON)

Entrevista publicada no dia 11 de julho deste ano.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

ON # 060 - "Premiozinho", Another Brick in The Wall; Boleiras...

"Premiozinho"


Recentemente o dominical Esporte Espetacular exibiu oportuna reportagem com os boleiros do Catar.

Araújo, ex-Cruzeiro, que bateu o recorde de gols local do argentino Gabriel Omar Batistuta, e o maior jogador da história colorada, Fernandão, atuam pelo Al-Gharafa (tem lugar pro Fabiano? - que maldade!), treinados pelo brasileiro Marcos Paquetá. Por esse time passaram Marcel Desailly, Sonny Anderson e Rodrigo Mendes.

No Al-Sadd estão a fera dos reservados Emerson Leão e o eterno Felipe, ex-Vasco. Essa camisa já vestiu Romário e Abedi Pelé.

Ricardinho, ex-Corinthians, jogador mais odiado pela boleirada em razão da fama de "traíra", e Aloísio, ex-São Paulo estão no Al-Rayyan, sob o comando de Paulo Autuori. Nas fileiras do clube já passaram os irmãos De Boer e o penta Roque "Predator" Junior.

Mas é no Qatar Sports Club que duas das maiores feras do futebol nacional estão lado a lado: Marcinho Balada, ex-Flamengo, e Roger Galera Flores, que deixou um mar de lágrimas no Olímpico - aposto que será reforço para Libertadores. Para domá-los Sebastião Lazaroni. Reunir feras não é novidade: o pioneiro foi Cláudio Caniggia.

A reportagem mostrava o Sr. Secco sendo escolhido o melhor em campo em uma "partidinha". Como recompensa, a ninharia de US$ 7 mil.

(Foto: Divulgação)


Another Brick in The Wall


Por falar em Catar, em 2010, quando terminar de ser construído na capital Doha, o The Wall será o primeiro estádio subterrâneo do mundo.

Apelidado de laptop por razões óbvias, ele não terá holofotes tradicionais: as luzes serão embutidas na estrutura de modo a criar um visual futurístico.

Ao que parece, o projeto subterrâneo servirá como um tipo de sistema natural de ar-condicionado para espantar as temperaturas de mais de 50º.

Espera-se que o Wall receba grandes partidas de futebol no futuro: o problema é a limitada capacidade de 11 mil espectadores.

Pra falar a verdade, parece que priorizaram o design. Por que outra razão você construiria um estádio tão pequeno em um terreno tão grande?

(Foto: Divulgação)


Boleiras...


Muitas foram as cartas e e-mails recebidas protestando contra o fim da seção Boleiros do TTSLF, espécie de Que Fim Levou, do marqueteiro Milton Neves, contemporânea, que mostrava o "como era e como está" da boleirada atual.

Para não agradar o leitor, começo hoje nova seção, agora com as boleiras, mas não aquelas que ralam nos gramados como Marta e Cia.

O tema serão as grandes conquistas dos nossos craques mundiais. Aquelas capas de revista que só eles conseguem levar pra casa. Muitas delas sofrem com a alcunha de "Maria Chuteira", mas aqui, assim como eles, elas serão idolatradas.

No ranking das 50 mais sexy você vai ver mulher de perna-de-pau, de craque, de ilustre desconhecido, de bonitão, além, é claro, daquelas que você pensa "meu Deus, como (ela) consegue..."

A bela ragazza de hoje tem 23 anos, é modelo, atriz, apresentadora de TV e já foi miss Itália. Francesca Chillemi é (ou foi, vai saber...) esposa do promissor meio-campo da Roma, Alberto Aquilani.

(Foto: Divulgação)

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Jogando bonito no calcio

Futebol: pela Cremonese, Juscemar é destaque em amistoso contra o Milan


O meia-atacante tapejarense Juscemar Borilli segue fazendo sucesso pelos gramados europeus. O garoto de 18 anos, vencedor do concurso da Nike Joga Bonito, já passou pelas categorias de base da Internazionale, da Itália, e Ajax, da Holanda, até estrear pelos profissionais no Zwolle, da segunda divisão holandesa. Na metade deste ano o jovem chegou como promessa ao Cremonese, da C1 italiana.

Por meio de um programa de mensagens instantâneas, ele contou como tem sido a readaptação à Terra da Bota. "Aqui é bem mais tranqüilo que na Holanda (risos)." Em Cremona, os torcedores anseiam pela volta da equipe à primeira divisão. Na última temporada o time foi aos play-offs, mas acabou não subindo. "Agora montaram uma equipe muito experiente. A média de idade é 29 anos. Sou o segundo mais novo. A maioria dos jogadores tem passagem pela série A italiana," conta. Na equipe são apenas dois estrangeiros: ele e o meia búlgaro Krasimir Chomakov.

Admiração


Durante a pré-temporada, a Cremonese organizou um amistoso contra o todo poderoso Milan. A partida terminou em um empate sem gols, mas Juscemar, que entrou no segundo tempo, foi escolhido o melhor em campo. O gaúcho acertou o travessão do goleiro Abiatti e aplicou uma janela no lateral Oddo - o Milan vinha com quase todos titulares, exceto os brasileiros, entre eles Kaká.

O jogo em Cremona teve a presença de quase 15 mil torcedores. "Tinha o Seedorf, o Flamini, pena que o Pato e o Ronaldinho tinham viajado para as Olimpíadas. Mas falei com o irmão do Kaká (o zagueiro Digão, que agora está emprestado ao Standard Liege, da Bélgica). Tinha até o Galiani (Adriano, vice-presidente do clube) assistindo..." contou ainda um pouco admirado, o jovem meia-atacante.

Ainda na pré-temporada, Juscemar encontrou com outro jogador da região, mas que há mais tempo faz sucesso no futebol italiano. O atacante Paulinho Betanin, 22 anos, de São Domingos do Sul, formado nas categorias de base do Juventude, de Caxias do Sul. "Falei com ele [Paulinho] antes do amistoso contra o Livorno. Depois ele até fez gol contra nós!" Paulinho estava emprestado ao Grosseto.

"Campionato"


A Série C1 já começou e a Cremonese está em sexto na classificação com quatro pontos. Até agora foram dois jogos: vitória na estréia contra o Pro Sesto, fora de casa, por 2 a 0; e empate em um gol contra o Venezia, em Cremona. Fato curioso: a terceira partida do time, contra o Spal, fora de casa, foi suspensa aos 19 minutos, porque o árbitro havia torcido o tornozelo (na Itália não há substituição do árbitro). Juscemar não foi relacionado para nenhum dos jogos.

A explicação está nas inúmeras contratações do clube italiano. "Trouxeram muitos jogadores caros e querem subir de qualquer jeito pra Série B. Por enquanto treino com o profissional e jogo pelos juniores." Na categoria acaba "sobrando": foi escolhido o melhor jogador em um torneio de apoio a Sociedade Italiana de Portadores de Esclerose Múltipla. "Fiz três gols em três jogos," vibra.

Cremona

Capital da província de mesmo nome na região da Lombardia, tem aproximadamente 70 mil habitantes. É famosa por ser a terra do luthier Antonio Stradivari, fabricante artesanal de instrumentos de corda, e do compositor Claudio Monteverdi. Mas, como toda cidade da Terra da Bota, é famosa também pela cucina cremesca. Cremona é atravessada pelo rio Pó, via fluvial usada desde os tempos medievais. Tem uma das maiores e mais belas catedrais, os duomos, da Itália com uma torre, "Il Torrazzo", de cerca de 110 metros de altura, a mais alta do país.


YouTube

No link abaixo você confere os melhores momentos do amistoso entre Cremonese e Milan e tira suas conclusões sobre a atuação do meia-atacante Juscemar, que entrou no segundo tempo, referido durante a transmissão pelo sobrenome Borilli.
http://www.youtube.com/watch?v=vMFgz-V-DJA

(Fotos: Arquivo Pessoal)

Entrevista publicada no dia 19 de setembro

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

ON # 059 - Um leitor irado!; Falando em Futsal; O próprio Brancão...

Um leitor irado!


Desde algum tempo, o Globo Esporte é uma das prioridades diárias de muitos fãs do esporte. Porém, na última semana, uma edição do programa abusou da audiência. As últimas mudanças têm feito muito telespectador torcer o nariz. Como o leitor da coluna, que prefere não ser identificado.

"Porque essa nova tendência de reportagens artísticas, melódicas e apelativas. Onde estão os gols? Dia seguinte de rodada da Liga dos Campeões da Europa, torneio que talvez só perca em badalação para a Copa do Mundo, e não sai uma vírgula sequer, nem os resultados que seja. Já que se adora as patriotadas, alguns brasileiros marcaram gols, mas nem isso foi levado em consideração. Outra: está acontecendo no Brasil uma Copa do Mundo! Porque não mostrar todos (disse todos) os gols, não somente os lances mais engraçados, como se gosta fazer, em detrimento ao principal objetivo do futebol, que, aliás, parece ter sido esquecido. Informações, tabelas, números, estatísticas, matérias sobre as outras equipes, por favor é uma Copa do Mundo, só acontece de quatro em quatro ano! Régis Rösing, nosso conterrâneo, jornalista contemporâneo, excelente, mas em uma reportagem de 4 minutos sobre a relação da música e do esporte no programa reduzido, devido ao horário eleitoral, é dose! Coloca no Esporte Espetacular, em outro programa com mais tempo. Uma matéria longa e extensa tira espaço da informação, o principal objetivo do jornalismo e o que mais as pessoas querem ver. Assim acaba ficando fácil pra concorrência. Desculpe caso tenha sido ofensivo."

(Foto: Divulgação)


Falando em Futsal


Não seria mais interessante ter sediado os grupos do Mundial em cidades que prestigiem mais o esporte? Fora os jogos do Brasil, onde aparece até quem não sabe diferenciar um fixo de um pivô, o público para assistir a uma Copa do Mundo tem sido, no mínimo, inaceitável. Poderia ser explicado pelos valores dos ingressos, mas como a intenção da Fifa é popularizar a modalidade, o problema não deve ser tão grande. Questão que não seria recorrente, caso o torneio fosse realizado em uma Jaraguá do Sul ou uma Carlos Barbosa. Pelo que fazem pelo futsal, elas mereciam. Porque não?

(Foto: Fifa.com)


O próprio Brancão...


Na última semana, Passo Fundo perdeu um ardoroso futebolista. Primeiro um atacante parrudo, porém muito técnico, com um toque fino e leve na bola. Segundo um fanático torcedor do vermelho do 14 de Julho, portador inclusive de uma antiga camisa de algodão do extinto clube, e do vermelho do Internacional, a paixão mais fervorosa. E terceiro porque vivia intensamente o esporte bretão. Uma verdadeira enciclopédia futebolística. Lembrava desde as mais antigas copas, apesar da juventude, até mais os ermos prélios. José Eduardo Branco pendura as chuteiras e deixa as inconfundíveis histórias, o humor característico e a parceria futebolista. Na foto, Branco, ao centro de boina, na confraternização dos ex-boleiros do campo de cima do Garden na Cabanha Santa Mônica.

(Foto: Arquivo ON)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

De volta para o passado...

Carros antigos: se você é daqueles que já de longe identificava por nome, sobrenome e apelido qualquer automóvel, enxergando apenas uma ponta da traseira, um farol ou até mesmo um friso, agora vai poder reviver essa história de muitos outros brasileiros apaixonados por carros


Ao chegar, o local aparentemente poderia ser qualquer oficina, qualquer depósito. Mas não é. Na verdade é um portal, uma passagem no tempo. Um tempo em que o que hoje se chama customizar era feito com talvez muito mais ousadia. Um tempo em que o surgimento da mecanização da sociedade tornou-se uma ferramenta para criar, inventar, pensar. Um tempo nostálgico, mais para aqueles que viveram e menos para aqueles que gostariam de ter vivido. Um tempo que não volta, mas que fica registrado na memória e no chassi dos automóveis antigos.

Os irmãos Azambuja, Róberson e Rogério, são desses brasileiros apaixonados por carros. Foram crianças em um tempo em que nem todo mundo tinha um na garagem. Era artigo de luxo. Mais do que admirar, eles queriam conhecer cada detalhe, cada peça, cada história. "Quando tinha nove ou dez anos, além de estudar, minha vida eram os carros. Era uma febre, um fascínio que crescia a cada dia, e ainda cresce", conta Róberson.

Há cerca de 15 anos o que hoje é para ele quase uma profissão, começou como brincadeira. "Eu queria comprar um segundo carro. Então encontrei um Fusca 1966 super original. Resolvi comprar. Logo depois encontrei um Ford 1931, os dois super inteiros. Não resisti. Então resolvi abraçar a causa (risos)." Uma volta. Foi o que bastou para o irmão cair na mesma tentação. "Um dia o Rogério deu uma volta no Fusca e gostou da idéia. Começamos a procurar um Simca para ele. Achamos, e depois foi uma seqüência." Não demorou muito para que os correligionários se encontrassem. "Como a gente encontrou uma parceria, fundamos o Veteran Car Club de Passo Fundo, com o Paulo Trevisan, com a família Graeff, César Romero, entre outros. Hoje temos mais de 60 sócios."

Uma aula de história
A indústria automobilística no Brasil acompanhou a trajetória da nossa jovem democracia. Foi protagonista e coadjuvante, mas nunca saiu de cena. Final da década de 50: começam a ser produzidos automóveis no Brasil. Final da década de 70: as importações de carros são proibidas. Os dois momentos pontuam nossa viagem no tempo.

Para ter um carro exclusivo, diferenciado, muitos "malucos", como são carinhosamente chamados, começaram a inventar. Surgiram então as fabriquetas. "São os chamados fora de série, uma história muito interessante que poucos países têm, uma coisa que surgiu forte no Brasil", explica Róberson. "Naquela época a Quatro Rodas, a cada mês, publicava uma reportagem com um fora série novo. Nós éramos meninos então ficávamos na expectativa, esperando cada nova edição. Hoje aqueles carros praticamente sumiram."

Democrata
O carro foi um sucesso de venda. E de engano. Foram vendidos mais de 87 mil e só fabricados apenas três. "Cada pessoa teria direito a um carro se comprasse no mínimo X ações. Mais de 87 mil pessoas fizeram negócio, mas não receberam o carro. "Um caminhão viajava pelo país com um carro, o ‘laranja de amostra’, que por vezes descia e dava algumas voltas. Por isso ele é muito raro. Esse modelo é único. O motor é original e tem a inscrição IBAP - Indústria Brasileira de Automóveis Presidente." Depois de 20 anos, quando o processo de falência da empresa encerrou, o lote foi a leilão. O carro projetado em 1964 lembra o Mustang. "Era um sonho e muita gente comprou. Na época existia muito folclore em relação a isso", conta Azambuja.


Limusine Willys
Fabricado em 1968 é o único limusine de série fabricado no Brasil. Foram construídos apenas 26 carros que serviram todos à Presidência da República, governadores e ministérios. "Esse é o número 13. O último executivo utilizado oficialmente pela Presidência na posse do presidente Fernando Collor. Depois o carro foi a leilão". O limo foi o primeiro nacional a ter ar-condicionado. "O ar é só para os passageiros, não para o motorista, separado por um vidro com acionamento elétrico", observa Azambuja. "Muitos desses carros estão fora do Brasil. Sabemos que tem um no museu do automóvel do Japão."


Foras de série autorizados
Da proibição de carros no Brasil à criatividade: um Del Rey limusine. "A Ford autorizou a Souza Ramos (SR), que era a maior revenda do país na época, a modificar o carro, para ele ficar mais luxuoso. Então ele vinha com bancos de couro e teto solar. O carro foi esticado no meio para parecer uma limusine. Era uma espécie de fora de série e a fábrica autorizava, acompanhava o serviço e dava garantia", conta Róberson. Além do Limo, a revenda ainda concebeu o exclusivo Del Rey conversível. Para não ficar para trás, o Monza Sedan também virou conversível com a revenda Sulan, com fabricação autorizada pela Chevrolet. "Esses foras de série autorizados têm um valor histórico muito grande, porque fazem parte de uma época em que uma necessidade fazia com que se criassem carros diferenciados,” ressalta Azambuja.


Simca
Foram fabricados no Brasil com a licença da marca européia. Simca Rallye, Simca Jangada e Simca Chambord. Esses belos franceses hoje ostentam a imponência e o reconhecimento da placa preta. “São carros originais com mais de 30 anos. Essa placa é colocada no carro com autorização do Detran. Para isso ele tem que ter uma certificação de originalidade da Federação Brasileira de Automóveis Antigos,” explica Azambuja. O Simca Jangada tem uma particularidade em relação aos demais. “É muito raro no país, mas aqui no Rio Grande do Sul têm muitos. Lançado em 1962, na grande fase do trigo, muitos fazendeiros gaúchos acabaram comprando.”


Ford Thunderbird
O Thunderbird 1955 era um carro americano construído pela Ford para concorrer com o Corvette que havia sido lançado um ano antes pela Chevrolet. Conversível, com duas capotas, uma de lona e outra rígida, era um m carro esportivo, compacto. “Nos bancos de trás mal cabe uma criança." O carro foi encontrado em uma fazenda no interior de Carazinho e pertenceu a Família Sabadin, dona de uma empresa de ônibus. "Os dois foram restaurados aqui em Passo Fundo: mecânica e funilaria.” No interior dos veículos a riqueza e atenção nos menores detalhes impressionam. Os estofamentos, mesmo um pouco rasgados, são remendados para manter a originalidade, até mesmo nas costuras. "Buscamos sempre manter o carro como saiu de fábrica."


Museu
Munidos da vontade de levar o conhecimento e a cultura que transbordam o território das garagens, surgiu a idéia do Museu do Automóvel. "Chegamos a um ponto de resgate histórico que não dá para manter fechado, existe a necessidade de mostrar as peças para quem tiver interesse em vê-las, para que saiba como eram as soluções dos projetistas da época, que carros nossos pais e avós dirigiam”, explica Róberson entusiasmado. "Cinqüenta anos é muito pouco tempo de história. Muitos carros ficam no tempo, são prensados e vão para as metalúrgicas. O museu seria o instrumento para salvar essa parte da história da indústria automobilística nacional."

Mas o projeto quase escapa da cidade. "Tínhamos um projeto grande com a prefeitura de Porto Belo, em Santa Catarina. A professora Tania Rösing ficou sabendo e disse que isso tinha que ser feito aqui. Não foi muito difícil nos convencer", sorri. A Fundação Universidade de Passo Fundo cedeu uma área no campus para a construção do museu, que fará parte do UPF Mundi. O projeto foi encaminhado ao Ministério da Cultura e já conta com a intenção de algumas empresas em investir no empreendimento que, segundo Azambuja, deve ficar pronto em aproximadamente um ano e meio.


(Fotos: Paulo Roberto D'Agustini/ON e Arquivo Pessoal)


Meus amigos peço permissão para publicar esta reportagem que fiz, que em nada tem a ver com esporte, ou com futebol, mas se trata de mais uma paixão nacional.