Vôlei: prestes a disputar a última competição pela equipe multicampeã do Brasil, o meio-de-rede Gustavo Endres quer mais um momento inesquecível na carreira: o segundo ouro olímpico
O Nacional - Primeiro o Gustavo anunciou a aposentadoria da seleção após as Olimpíadas. Agora foi o Anderson. Bernardinho deve estar bravo com vocês...
Gustavo Endres - (risos) Ele não está muito contente não, mas respeita, porque é a decisão de cada um. É muito pessoal, então não tem como interferir, mas é claro, ele está perdendo alguns jogadores do grupo com o qual ele, praticamente, começou em 2001, então com certeza vai sentir falta.
ON - Você é o melhor bloqueador do mundo. Prefere se despedir no auge?
GE - Prefiro. Quero que lembrem de mim agora. É óbvio que é muito bom estar na seleção, é muito prazeroso jogar com essa equipe, é maravilhoso o calor da torcida, nesses jogos internacionais, mas prefiro que fique essa imagem de mim, como foi com o Giovane, com o Maurício, com o Nalbert, quero que seja assim.
ON - O resultado dos Jogos pode interferir na aposentadoria? Não vai ficar a sensação que seria possível permanecer jogando em alto nível por mais dois anos?
GE - Não muda em nada, com derrota ou vitória, é decisão tomada. Até pensei em permanecer por mais dois anos, alguns jogadores conversaram comigo, caso do Giba que vai continuar, mas falei que não acho justo tirar o jogador da mesma posição que eu, que vai começar um ciclo olímpico, e eu sair na metade colocando ele na fogueira. Então prefiro que ele comece desde o início, que já faça parte do processo. Se me perguntar se vai fazer falta? Isso é óbvio, para todo mundo vai fazer falta. Mas teria que tomar essa decisão em algum momento da vida.
ON - Porque o vôlei brasileiro se tornou tão vitorioso. Qual o segredo?
GE - (risos) Não tem segredo. Tem muito treinamento, uma comissão técnica que é a melhor do mundo. Até não temos todos os melhores jogadores individualmente, em termos físicos, de altura, mas temos os melhores jogadores que sabem jogar juntos, a melhor equipe, cada um sabe o que outro vai fazer. Durante esses oito anos foi isso que nos deu sempre essa vantagem sobre os adversários.
ON - Qual o papel do técnico Bernardinho nesse contexto?
GE - O papel dele foi mudar nossa mentalidade. Com maior responsabilidade e dedicação. Saber jogar sob pressão. Ele soube mudar o discurso durante as conquistas. Em 2001 não éramos nada, então estávamos correndo atrás de alguma coisa. A partir de 2004 nós fomos campeões olímpicos e mundiais. Então a nossa responsabilidade era manter a mentalidade vencedora. Ele sabe lidar com isso.
ON - Quem pode parar o Brasil nestes Jogos Olímpicos?
GE - Acho que essa Olimpíada vai ser mais difícil que a de Atenas. Muitas equipes melhoraram, caso da Rússia que cresceu muito nesses quatro anos, a Polônia, os Estados Unidos, que até 2004 não era esse time que foi o que mais ganhou da gente nos últimos quatro anos. A Bulgária evoluiu muito. Dois búlgaros da seleção foram campeões italianos, então ganharam bagagem internacional.
ON - Qual a diferença das Olimpíadas para as demais competições?
GE - É o sonho de todo atleta, onde se reúnem os melhores do mundo, que fica todo focado nesse evento. Você conquistar uma medalha olímpica é não ser apenas reconhecido no seu país, mas no mundo todo, porque existe um peso muito grande. Uma medalha muda a vida de qualquer pessoa. É para isso que os atletas treinam. Começa o ciclo no final de uma Olimpíada para chegar na melhor forma na outra. Conosco também foi assim. Desde 1997, quando comecei na seleção.
ON - O seu momento inesquecível foi Atenas 2004. Pode mudar depois de Pequim?
GE - (risos) Quero dois momentos inesquecíveis. O primeiro e o último.
ON - E a preparação para Pequim. A Liga Mundial está sendo um bom aquecimento?
GE - Está ótimo, mas podia ser melhor. Tivemos alguns problemas como a contusão do Rodrigão, do Giba, mas eles já estão voltando a forma ideal. É difícil em ano olímpico você pensar na Liga Mundial. É óbvio que a preparação está toda na Olimpíada, mas esse grupo não consegue deixar de lado uma competição. Ainda mais com as finais no Brasil, porque na última vez perdemos para a Rússia, em 2002.
ON - Com o irmão mais novo no grupo aumentam as responsabilidades?
GE - (risos) Ele está bastante ansioso, bastante nervoso, nunca participou de uma Olimpíada, então fica me perguntando como é lá, como funcionam as coisas, como é na Vila Olímpica, quer saber tudo. Eu digo para ele ter calma porque vai passar por isso da melhor forma possível e vai ver que realmente é inesquecível. Da minha primeira olimpíada não esqueço nada e para ele vai ser a mesma coisa.
# 13 - Gustavo Endres
Posição: meio-de-rede
Altura: 2,03m Peso: 98 kg
Data de nascimento: 23/08/75
Local: Passo Fundo (RS)
Ídolo: Paulão
Conquistou seis vezes o Sul-Americano (1997, 99, 2001, 2003, 2005 e 2007), duas a Copa dos Campeões (1997 e 2005) e três a Copa América (1998, 99 e 2001). Na Liga Mundial, foram seis ouros (2001, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007), uma prata (2002) e dois bronzes (1999 e 2000). Foi campeão olímpico em Atenas 2004. Pela seleção juvenil, foi campeão sul-americano (1994). Jogou na última temporada pelo Sisley Treviso (ITA). Bicampeão mundial (2002 e 2006). Em 2007, além do título da Liga Mundial e do Sul-Americano, foi campeão do Pan e Copa do Mundo.
(Fotos: Silvio Ávila/FIVB)
quinta-feira, 31 de julho de 2008
segunda-feira, 28 de julho de 2008
ON # 049 - Acordo entre cavalheiros; Sofre mãe, mulher e avó; "Un genio"; Numeração fixa; Paixões nacionais
Acordo entre cavalheiros
O tal acordo, que às vezes aparece como cláusula no contrato de alguns jogadores, na qual os emprestados não podem enfrentar o time que detém seus direitos federativos, tem certa incoerência. Caso o atleta tenha o salário pago parcialmente ou totalmente pelo clube de origem, até "vá lá", caso de Roger, ex-Grêmio, caso enfrentasse o Corinthians. Mas para o clube que se esforça para pagar integralmente os honorários do jogador vindo por empréstimo, fica complicado. Não se aplica, mas nesse domingo, o lateral Paulo Sérgio, vulgo Cafuzinho, (estava suspenso, mas não fez falta, Mattioni novamente jogou muito) e o volante Makelele (quem? aquele francês?), não enfrentaram o Palmeiras. Já durante a semana, o Figueirense pode utilizar Tadeu (parecia que havia acordo) e Ramón (isso, aquele lá).
(Foto: Ricardo Giusti/Correio do Povo)
Sofre mãe, mulher e avó
Na última sexta-feira, o Juventude, terceiro colocado na Série B, foi goleado pelo Santo André: 4 x 0, no ABC paulista. Mas o destaque da partida não foram os gols do pé-de-anjo Marcelinho Carioca e do ex-ídolo da papada Márcio Mixirica (foi campeão da Copa do Brasil com o time de Caxias). E sim o trio de arbitragem: no apito Luiz Carlos da Silva, por acaso pai do auxiliar Celso Luiz da Silva, de Minas Gerais. Nesse caso, pelo menos, as senhoras da casa sofrem em família.
"Un genio"
Ainda na sexta-feira à noite, foi bonito ver os argentinos reverenciando o rei deles. Maradona comandou a seleção no empate em 7 X 7 - amistoso de showbol. O baixinho, em certa forma, mostrou porque é um gênio da bola. Pena o narrador do jogo gravado e sem caracteres reconhecer poucos jogadores. No gramado sintético montando no estádio "Coloso del Parque", do Newells Old Boys, de Rosario, estiveram entre outros os paraguaios Arce, Tavarelli, Struway, e os argentinos Amato, Goycochea e Gamboa, todos com passagens (nem tão boas) pelo futebol brasileiro.
(Foto: Divulgação)
Numeração fixa
Por uma determinação do contrato de TV, os clubes brasileiros passarão a ter numeração fixa a partir da temporada 2009. Devido à escolha do argentino D'Alessandro - a 15 com a qual foi campeão olímpico (deve se apresentar hoje) -, o Inter decidiu antecipar a determinação e, já no returno deste Brasileiro, definirá os números de cada um dos 33 jogadores. A regra é bastante interessante. Alguns clubes, inclusive, já adotam a medida há algum tempo, casos de São Paulo, Cruzeiro e Palmeiras. Estratégia de marketing mais lucrativa que o velho costume do um ao onze.
Paixões nacionais
O vídeo da semana do espaço incrível que é o Youtube, traz duas das maiores paixões do brasileiro: carro e futebol. Se bem que para alguns, o vídeo pode causar náuseas pelo, digamos, pouco cuidado dos condutores dos veículos... Dois malucos ingleses comandam uma partida de futebol entre... carros. Os Fox amarelos enfrentam os Aygo azuis e brancos. Um "destruction derby".
(Foto: Divulgação)
O tal acordo, que às vezes aparece como cláusula no contrato de alguns jogadores, na qual os emprestados não podem enfrentar o time que detém seus direitos federativos, tem certa incoerência. Caso o atleta tenha o salário pago parcialmente ou totalmente pelo clube de origem, até "vá lá", caso de Roger, ex-Grêmio, caso enfrentasse o Corinthians. Mas para o clube que se esforça para pagar integralmente os honorários do jogador vindo por empréstimo, fica complicado. Não se aplica, mas nesse domingo, o lateral Paulo Sérgio, vulgo Cafuzinho, (estava suspenso, mas não fez falta, Mattioni novamente jogou muito) e o volante Makelele (quem? aquele francês?), não enfrentaram o Palmeiras. Já durante a semana, o Figueirense pode utilizar Tadeu (parecia que havia acordo) e Ramón (isso, aquele lá).
(Foto: Ricardo Giusti/Correio do Povo)
Sofre mãe, mulher e avó
Na última sexta-feira, o Juventude, terceiro colocado na Série B, foi goleado pelo Santo André: 4 x 0, no ABC paulista. Mas o destaque da partida não foram os gols do pé-de-anjo Marcelinho Carioca e do ex-ídolo da papada Márcio Mixirica (foi campeão da Copa do Brasil com o time de Caxias). E sim o trio de arbitragem: no apito Luiz Carlos da Silva, por acaso pai do auxiliar Celso Luiz da Silva, de Minas Gerais. Nesse caso, pelo menos, as senhoras da casa sofrem em família.
"Un genio"
Ainda na sexta-feira à noite, foi bonito ver os argentinos reverenciando o rei deles. Maradona comandou a seleção no empate em 7 X 7 - amistoso de showbol. O baixinho, em certa forma, mostrou porque é um gênio da bola. Pena o narrador do jogo gravado e sem caracteres reconhecer poucos jogadores. No gramado sintético montando no estádio "Coloso del Parque", do Newells Old Boys, de Rosario, estiveram entre outros os paraguaios Arce, Tavarelli, Struway, e os argentinos Amato, Goycochea e Gamboa, todos com passagens (nem tão boas) pelo futebol brasileiro.
(Foto: Divulgação)
Numeração fixa
Por uma determinação do contrato de TV, os clubes brasileiros passarão a ter numeração fixa a partir da temporada 2009. Devido à escolha do argentino D'Alessandro - a 15 com a qual foi campeão olímpico (deve se apresentar hoje) -, o Inter decidiu antecipar a determinação e, já no returno deste Brasileiro, definirá os números de cada um dos 33 jogadores. A regra é bastante interessante. Alguns clubes, inclusive, já adotam a medida há algum tempo, casos de São Paulo, Cruzeiro e Palmeiras. Estratégia de marketing mais lucrativa que o velho costume do um ao onze.
Paixões nacionais
O vídeo da semana do espaço incrível que é o Youtube, traz duas das maiores paixões do brasileiro: carro e futebol. Se bem que para alguns, o vídeo pode causar náuseas pelo, digamos, pouco cuidado dos condutores dos veículos... Dois malucos ingleses comandam uma partida de futebol entre... carros. Os Fox amarelos enfrentam os Aygo azuis e brancos. Um "destruction derby".
(Foto: Divulgação)
quinta-feira, 24 de julho de 2008
A busca do sonho italiano - parte 2
Futsal: depois da primeira seleção, que reuniu 80 garotos, na segunda-feira foi a vez de 40 atletas mostrarem talento no ginásio Teixeirinha, observados pelos europeus
O sonho de jogar na Europa ficou mais próximo para cerca de 40 meninos selecionados na peneira realizada há duas semanas no Play Center do Clube Recreativo Juvenil. Eles participaram de mais um treino de observação, desta vez no ginásio Teixeirinha, nessa segunda-feira (9). Agora, além do ex-jogador Giovani Radaelli, representante de mais de seis times na Itália, o técnico da equipe sub-21 do Putignano, do mesmo país, Massimo Monopoli, também observou de perto os atletas.
O organizador das peneiras é o técnico Javali, juntamente com os professores Anderson Silva (Adílio) e Alexandre Boeira. Segundo ele, os jogadores, que estão entre os 16 e 22 anos, serão cadastrados e aqueles que já tiverem documentação para encaminhamento de cidadania italiana, requisito obrigatório, poderão fechar com clubes italianos. "Tem muita qualidade nesses grupos. Vamos definir agora se são atletas de séries A, B ou C. Temos de todos os tipos," assegura Javali.
Segundo o técnico, além do talento para o futebol, os garotos, em sua maioria, receberam treinamento de qualidade na base, ou seja, no período de formação, nas escolinhas da Semeato, antigamente, e do Clube Juvenil, hoje. Essa qualificação encaixa-se perfeitamente com a procura italiana. Massimo Monopoli destaca que na Itália não há esse tipo de escola. "Os jogadores começam no futebol de campo e quando tem 18 anos, se não seguiram carreira no campo, vão para o salão, então técnica e taticamente eles não tem essa qualidade dos jogadores da região," afirma.
Giovani atesta a informação. "A garotada aqui é impressionante: começa aos 6 anos com tática e técnica perfeitas, muito fortes e muito boas." Outro fator é que o regulamento italiano obriga que os times levem à quadra, entre os 12, três atletas até 21 anos. "Por isso eles preferem jogadores que tenham qualidade e possam auxiliar a equipe. Essa é a importância de levar esses jovens de 16 e 17 anos", complementa o ex-jogador. Além disso é permitido apenas um estrangeiro por time, de qualquer nacionalidade, mesmo que da Comunidade Européia. "Por isso a cidadania italiana é fundamental, então é um mercado muito bom para essa garotada," finaliza o representante.
Mais do que isso, para o técnico Javali, outro aspecto relevante é que hoje são mais de 15 jogadores de Passo Fundo na Itália. "Essa também é uma diferença. E os nossos jogadores estão consolidados, são importantes para suas equipes. Temos Bruno, Chimanguinho, Tiago Bortolon, Jeferson, Fischer, Juliano Charnovski, Schleder, Zé Renato e estamos esquecendo muitos. É um cartão de visitas."
Zé Renato, que joga no Torrino, de Roma, desde 2004, com contrato renovado até 2010, participou do jogo e conversou com os garotos do lado de fora da quadra. "Ele ter vindo aqui foi muito bom, pois ele conhece os empresários e os times, então os meninos e os pais já ficam mais tranqüilos, porque também tem muita barca furada, o jogador não recebe, então é bom o Zé Renato estar aqui," ressalta Javali. Além dele, três jogadores catarinenses que estão há mais dois anos no time do Putignano, representado por Massimo Monopoli, estiveram no ginásio para falar com os atletas.
Vinícius
O volante e meia habilidoso que participou do Estadual de juvenis no ano passado e da Divisão de Acesso do Gauchão este ano pelo Passo Fundo esteve em quadra participando da peneira. Torcendo por ele, a mãe, a irmã e a namorada, além do amigo e diretor de futebol Adriano Gonçalves (o Biscoito) do Guarani da Juventude, clube amador da cidade pelo qual Vinícius foi campeão municipal na última temporada. O jogador também foi campeão da última edição da Taça RBS de futsal.
Vinícius, 18 anos, tem a documentação necessária para encaminhamento da cidadania italiana e já havia participado de outra seleção de atletas para a "terra da bota". E chamou a atenção. Outro jogador passo-fundense, Tiago Bortolon, fez o contato entre o jovem e o Real Marcianise.
No novo teste, mais uma vez, o garoto se destacou: "Vinicius!" disse Monopoli, quando perguntado sobre qual jogador mais havia lhe chamado a atenção. O italiano, pela primeira vez no Brasil, ficou impressionado com a quantidade e qualidade dos atletas. "Gostamos de cinco ou seis," disse.
Quanto a Vinicius, no final de junho, ele deve deixar a família, em busca do sonho de ser jogador no continente europeu e, quem sabe, ainda o veremos com a camisa da seleção... italiana.
(fotos: Paulo Roberto D'Agustini/ON)
O sonho de jogar na Europa ficou mais próximo para cerca de 40 meninos selecionados na peneira realizada há duas semanas no Play Center do Clube Recreativo Juvenil. Eles participaram de mais um treino de observação, desta vez no ginásio Teixeirinha, nessa segunda-feira (9). Agora, além do ex-jogador Giovani Radaelli, representante de mais de seis times na Itália, o técnico da equipe sub-21 do Putignano, do mesmo país, Massimo Monopoli, também observou de perto os atletas.
O organizador das peneiras é o técnico Javali, juntamente com os professores Anderson Silva (Adílio) e Alexandre Boeira. Segundo ele, os jogadores, que estão entre os 16 e 22 anos, serão cadastrados e aqueles que já tiverem documentação para encaminhamento de cidadania italiana, requisito obrigatório, poderão fechar com clubes italianos. "Tem muita qualidade nesses grupos. Vamos definir agora se são atletas de séries A, B ou C. Temos de todos os tipos," assegura Javali.
Segundo o técnico, além do talento para o futebol, os garotos, em sua maioria, receberam treinamento de qualidade na base, ou seja, no período de formação, nas escolinhas da Semeato, antigamente, e do Clube Juvenil, hoje. Essa qualificação encaixa-se perfeitamente com a procura italiana. Massimo Monopoli destaca que na Itália não há esse tipo de escola. "Os jogadores começam no futebol de campo e quando tem 18 anos, se não seguiram carreira no campo, vão para o salão, então técnica e taticamente eles não tem essa qualidade dos jogadores da região," afirma.
Giovani atesta a informação. "A garotada aqui é impressionante: começa aos 6 anos com tática e técnica perfeitas, muito fortes e muito boas." Outro fator é que o regulamento italiano obriga que os times levem à quadra, entre os 12, três atletas até 21 anos. "Por isso eles preferem jogadores que tenham qualidade e possam auxiliar a equipe. Essa é a importância de levar esses jovens de 16 e 17 anos", complementa o ex-jogador. Além disso é permitido apenas um estrangeiro por time, de qualquer nacionalidade, mesmo que da Comunidade Européia. "Por isso a cidadania italiana é fundamental, então é um mercado muito bom para essa garotada," finaliza o representante.
Mais do que isso, para o técnico Javali, outro aspecto relevante é que hoje são mais de 15 jogadores de Passo Fundo na Itália. "Essa também é uma diferença. E os nossos jogadores estão consolidados, são importantes para suas equipes. Temos Bruno, Chimanguinho, Tiago Bortolon, Jeferson, Fischer, Juliano Charnovski, Schleder, Zé Renato e estamos esquecendo muitos. É um cartão de visitas."
Zé Renato, que joga no Torrino, de Roma, desde 2004, com contrato renovado até 2010, participou do jogo e conversou com os garotos do lado de fora da quadra. "Ele ter vindo aqui foi muito bom, pois ele conhece os empresários e os times, então os meninos e os pais já ficam mais tranqüilos, porque também tem muita barca furada, o jogador não recebe, então é bom o Zé Renato estar aqui," ressalta Javali. Além dele, três jogadores catarinenses que estão há mais dois anos no time do Putignano, representado por Massimo Monopoli, estiveram no ginásio para falar com os atletas.
Vinícius
O volante e meia habilidoso que participou do Estadual de juvenis no ano passado e da Divisão de Acesso do Gauchão este ano pelo Passo Fundo esteve em quadra participando da peneira. Torcendo por ele, a mãe, a irmã e a namorada, além do amigo e diretor de futebol Adriano Gonçalves (o Biscoito) do Guarani da Juventude, clube amador da cidade pelo qual Vinícius foi campeão municipal na última temporada. O jogador também foi campeão da última edição da Taça RBS de futsal.
Vinícius, 18 anos, tem a documentação necessária para encaminhamento da cidadania italiana e já havia participado de outra seleção de atletas para a "terra da bota". E chamou a atenção. Outro jogador passo-fundense, Tiago Bortolon, fez o contato entre o jovem e o Real Marcianise.
No novo teste, mais uma vez, o garoto se destacou: "Vinicius!" disse Monopoli, quando perguntado sobre qual jogador mais havia lhe chamado a atenção. O italiano, pela primeira vez no Brasil, ficou impressionado com a quantidade e qualidade dos atletas. "Gostamos de cinco ou seis," disse.
Quanto a Vinicius, no final de junho, ele deve deixar a família, em busca do sonho de ser jogador no continente europeu e, quem sabe, ainda o veremos com a camisa da seleção... italiana.
(fotos: Paulo Roberto D'Agustini/ON)
segunda-feira, 21 de julho de 2008
ON # 048 - Frases da semana; Ronaldinho à milanesa; Até deu inveja...; Animal and delinquent
Colaboração: Marcelo Alexandre Becker/ON
Frases da semana
"Este campeonato é importante, mas preparar a equipe para subir no ano que vem é fundamental."
Disse o novo técnico do Passo Fundo, Celso Freitas, sobre o claro objetivo que o trouxe de volta à cidade, onde se consagrou, ao levar o rival Gaúcho de volta à primeira divisão, em 2005, após longo jejum.
"Ele [Bernardinho] mudou nossa mentalidade. Soube mudar o discurso antes e depois das conquistas."
Do meio-de-rede passo-fundense Gustavo Endres sobre o papel do técnico Bernardinho na formação da equipe mais vitoriosa do vôlei brasileiro e uma das maiores dos esportes coletivos brasileiros.
Ronaldinho à milanesa 1
Afora os problemas físicos, motivacionais e notívagos de Ronaldinho na Catalunha, uma outra razão fez com que se transferisse para a cosmopolita Milão. Em 2009 o dentuço completaria cinco anos de Espanha, tempo hábil para que fosse "convidado" pelo clube a obter a nacionalidade hispânica, para que assim o Barcelona pudesse contar com mais um jogador extracomunitário. Nessa de deixar de ser estrangeiro, o gaúcho se tornaria um cidadão espanhol e passaria a integrar a alíquota de imposto dos novos conterrâneos, bem mais pesada.
Ronaldinho à milanesa 2
Nessa de achar cara a quantia que o Milan pagou pelo ex-gremista duas vezes melhor do mundo - 21 milhões de euros (o Tricolor deve faturar R$ 2,5 mi) -, será que o Barcelona fez negócio ao pagar 32 milhões de euros por Daniel Alves, que no Sevilla tinha um time inteiro jogando para ele (acho que já vi o filme).
(foto: divulgação)
Até deu inveja...
Na noite de sábado, o Ypiranga fez 4 x 1 no Avenida, no estádio Colosso da Lagoa, em Erechim, e assumiu a liderança do octogonal final da Segundona, com 15 pontos. Aproximadamente 5 mil pessoas assistiram à vitória do time da casa, que segue forte rumo à primeira divisão do Gauchão. Deu uma certa inveja dos nossos vizinhos de Erechim, lá o futebol tem apoio...
(foto: divulgação)
Animal and delinquent
No nosso espaço dedicado ao Youtube, um pouco do que Ronaldinho Gaúcho terá que enfrentar quando jogar o principal clássico de seu novo clube contra a Internazionale, do zagueiro italiano Marco Materazzi, que é conhecido mundialmente não só pela cabeçada que levou de Zidane na final da Copa do Mundo de 2006, mas também pela sua maneira nada sutil de jogar futebol. Cuidado Ronaldinho...
(foto: divulgação)
Frases da semana
"Este campeonato é importante, mas preparar a equipe para subir no ano que vem é fundamental."
Disse o novo técnico do Passo Fundo, Celso Freitas, sobre o claro objetivo que o trouxe de volta à cidade, onde se consagrou, ao levar o rival Gaúcho de volta à primeira divisão, em 2005, após longo jejum.
"Ele [Bernardinho] mudou nossa mentalidade. Soube mudar o discurso antes e depois das conquistas."
Do meio-de-rede passo-fundense Gustavo Endres sobre o papel do técnico Bernardinho na formação da equipe mais vitoriosa do vôlei brasileiro e uma das maiores dos esportes coletivos brasileiros.
Ronaldinho à milanesa 1
Afora os problemas físicos, motivacionais e notívagos de Ronaldinho na Catalunha, uma outra razão fez com que se transferisse para a cosmopolita Milão. Em 2009 o dentuço completaria cinco anos de Espanha, tempo hábil para que fosse "convidado" pelo clube a obter a nacionalidade hispânica, para que assim o Barcelona pudesse contar com mais um jogador extracomunitário. Nessa de deixar de ser estrangeiro, o gaúcho se tornaria um cidadão espanhol e passaria a integrar a alíquota de imposto dos novos conterrâneos, bem mais pesada.
Ronaldinho à milanesa 2
Nessa de achar cara a quantia que o Milan pagou pelo ex-gremista duas vezes melhor do mundo - 21 milhões de euros (o Tricolor deve faturar R$ 2,5 mi) -, será que o Barcelona fez negócio ao pagar 32 milhões de euros por Daniel Alves, que no Sevilla tinha um time inteiro jogando para ele (acho que já vi o filme).
(foto: divulgação)
Até deu inveja...
Na noite de sábado, o Ypiranga fez 4 x 1 no Avenida, no estádio Colosso da Lagoa, em Erechim, e assumiu a liderança do octogonal final da Segundona, com 15 pontos. Aproximadamente 5 mil pessoas assistiram à vitória do time da casa, que segue forte rumo à primeira divisão do Gauchão. Deu uma certa inveja dos nossos vizinhos de Erechim, lá o futebol tem apoio...
(foto: divulgação)
Animal and delinquent
No nosso espaço dedicado ao Youtube, um pouco do que Ronaldinho Gaúcho terá que enfrentar quando jogar o principal clássico de seu novo clube contra a Internazionale, do zagueiro italiano Marco Materazzi, que é conhecido mundialmente não só pela cabeçada que levou de Zidane na final da Copa do Mundo de 2006, mas também pela sua maneira nada sutil de jogar futebol. Cuidado Ronaldinho...
(foto: divulgação)
quinta-feira, 17 de julho de 2008
A busca do sonho italiano - parte 1
Futsal: peneirão no Juvenil é o primeiro passo para o sonho de jogar na Europa
Qualquer criança que pensa em ser jogador de futebol tem dois objetivos na vida: o primeiro é de vestir a camisa amarelinha da seleção brasileira, para conseqüentemente jogar em um grande clube na Europa. Mas os novos tempos do futebol acabam por inverter esse quadro, atualmente na grande maioria dos casos o garoto primeiro vai para Europa para só depois ser convocado para a seleção. A nossa região é conhecida mundialmente por ser exportadora de jogadores de futsal. Muitos atletas, e muitos deles, por terem descendência italiana, encontram no país da "bota", a grande chance de serem profissionais de futsal, e vestirem a camisa da seleção em um mundial, mas desta vez a camisa não é a amarelinha não, mas sim a "azzurra", como o que já acontece com alguns passo-fundenses.
Neste domingo, no ginásio do Clube Recreativo Juvenil, alguns jovens da região tiveram oportunidade de iniciar a busca por esse sonho de jogar na Itália. Cerca de 80 atletas estiveram reunidos sob o comando do técnico Javali, onde realizaram um peneirão. O Javali, que trabalhou com quase todos os atletas de Passo Fundo que hoje atuam no futsal europeu, destacou a qualidade de todos os candidatos. "Eu fiquei bastante impressionado com o número de atletas para essa peneira, e muito feliz pela qualidade que mostraram aqui hoje", disse o experiente treinador. Na seletiva estavam presentes jogadores nascidos desde 1987 até 1993, todos sendo observados atentamente pelo empresário brasileiro Giovani Radaelli, que atuou como goleiro na Itália até o término desta temporada, e agora se dedicará exclusivamente ao trabalho de levar atletas para a Europa. Radaelli falou que o mercado italiano está cada vez mais aberto para jogadores brasileiros, e principalmente os nascidos no Rio Grande do Sul, com descendência italiana. "A Itália é um lugar muito bom para esses garotos tentarem a vida de jogador profissional. O meu trabalho é fazer toda a parte burocrática e apresentar esses garotos aos clubes", o empresário disse ainda que num processo deste é preciso ter muito cuidado, uma vez que se mexe com o sonho destes jovens. "É um trabalho que precisa de muita dedicação e seriedade. Não podemos levar o atleta para Itália e larga-lo lá, sem condições, sem um contrato para assinar. É preciso ter responsabilidade com a vida destes garotos", Radaelli disse que não leva nenhum jogador sem antes ter analisado toda a documentação para conseguir a cidadania italiana, e ainda sem ter um clube já previamente indicado para o atleta conhecer, e se chegar a um acordo para assinar um contrato. "Digo que o mercado italiano é bom para esses jogadores por dois motivos: o primeiro é a qualidade do atleta, que nisso o brasileiro é inquestionável, e também pelo motivo de que cada equipe na Itália é obrigada a ter pelo menos três jogadores de menos de 21 anos entre os 12 relacionados para um jogo", informou Giovani Radaelli.
O que já deu certo
Um dos atletas que saíram do futsal de Passo Fundo e conseguiu um bom contrato na Itália é o pivô Zé Renato. O jogador que atuou nas categorias de base da Semeato, e com 17 anos já estava nos profissionais do extinto time da UPF. Zé Renato jogou em alguns times da região antes de seguir para Itália, entre eles o Atlântico de Erechim, o Tapejara, e em Santa Catarina no Joaçaba. E foi justamente quando estava no time catarinense que recebeu a proposta para jogar na Europa. "Eu estava no Joaçaba em 2004, e era o goleador do campeonato catarinense, e já tinha sido o artilheiro da Copa SC. Foi aí que um empresário me viu jogando e me fez a proposta para ir atuar na Itália". Zé Renato, que joga no Torrino, de Roma, desde que chegou no país italiano, conta que não teve maiores problemas com adaptação dentro de quadra, uma vez que em sua primeira temporada fez 24 gols em 18 jogos, mas fora dela o negócio foi mais complicado. "Cheguei lá e não sabia nem pedir água em italiano. Agradeço muito a minha esposa, que depois de um tempo foi morar lá comigo, e como ela já falava italiano facilitou muito minha vida". Zé Renato que acabou de renovar seu contrato com o time da capital até 2010, teve na temporada 2006/2007 a sua melhor fase, quando fez incríveis 38 gols. Esses gols levaram o jogador, que é bisneto de italiano, a seleção azzurra, onde foi convocado para um amistoso contra a Holanda. "Fiz uma grande temporada que me levou para a seleção italiana. Agora meu objetivo é começar bem o italiano, que tem início no começo do segundo semestre, para tentar uma vaga na seleção que vai disputar o Mundial de Futsal que será realizado aqui no Brasil." O Mundial de Futsal será disputado no Brasil entre os dias 30 de setembro e 19 de outubro e terá como sedes o Rio de Janeiro e Brasília.
(Texto e fotos: Marcelo Alexandre Becker/ON)
Qualquer criança que pensa em ser jogador de futebol tem dois objetivos na vida: o primeiro é de vestir a camisa amarelinha da seleção brasileira, para conseqüentemente jogar em um grande clube na Europa. Mas os novos tempos do futebol acabam por inverter esse quadro, atualmente na grande maioria dos casos o garoto primeiro vai para Europa para só depois ser convocado para a seleção. A nossa região é conhecida mundialmente por ser exportadora de jogadores de futsal. Muitos atletas, e muitos deles, por terem descendência italiana, encontram no país da "bota", a grande chance de serem profissionais de futsal, e vestirem a camisa da seleção em um mundial, mas desta vez a camisa não é a amarelinha não, mas sim a "azzurra", como o que já acontece com alguns passo-fundenses.
Neste domingo, no ginásio do Clube Recreativo Juvenil, alguns jovens da região tiveram oportunidade de iniciar a busca por esse sonho de jogar na Itália. Cerca de 80 atletas estiveram reunidos sob o comando do técnico Javali, onde realizaram um peneirão. O Javali, que trabalhou com quase todos os atletas de Passo Fundo que hoje atuam no futsal europeu, destacou a qualidade de todos os candidatos. "Eu fiquei bastante impressionado com o número de atletas para essa peneira, e muito feliz pela qualidade que mostraram aqui hoje", disse o experiente treinador. Na seletiva estavam presentes jogadores nascidos desde 1987 até 1993, todos sendo observados atentamente pelo empresário brasileiro Giovani Radaelli, que atuou como goleiro na Itália até o término desta temporada, e agora se dedicará exclusivamente ao trabalho de levar atletas para a Europa. Radaelli falou que o mercado italiano está cada vez mais aberto para jogadores brasileiros, e principalmente os nascidos no Rio Grande do Sul, com descendência italiana. "A Itália é um lugar muito bom para esses garotos tentarem a vida de jogador profissional. O meu trabalho é fazer toda a parte burocrática e apresentar esses garotos aos clubes", o empresário disse ainda que num processo deste é preciso ter muito cuidado, uma vez que se mexe com o sonho destes jovens. "É um trabalho que precisa de muita dedicação e seriedade. Não podemos levar o atleta para Itália e larga-lo lá, sem condições, sem um contrato para assinar. É preciso ter responsabilidade com a vida destes garotos", Radaelli disse que não leva nenhum jogador sem antes ter analisado toda a documentação para conseguir a cidadania italiana, e ainda sem ter um clube já previamente indicado para o atleta conhecer, e se chegar a um acordo para assinar um contrato. "Digo que o mercado italiano é bom para esses jogadores por dois motivos: o primeiro é a qualidade do atleta, que nisso o brasileiro é inquestionável, e também pelo motivo de que cada equipe na Itália é obrigada a ter pelo menos três jogadores de menos de 21 anos entre os 12 relacionados para um jogo", informou Giovani Radaelli.
O que já deu certo
Um dos atletas que saíram do futsal de Passo Fundo e conseguiu um bom contrato na Itália é o pivô Zé Renato. O jogador que atuou nas categorias de base da Semeato, e com 17 anos já estava nos profissionais do extinto time da UPF. Zé Renato jogou em alguns times da região antes de seguir para Itália, entre eles o Atlântico de Erechim, o Tapejara, e em Santa Catarina no Joaçaba. E foi justamente quando estava no time catarinense que recebeu a proposta para jogar na Europa. "Eu estava no Joaçaba em 2004, e era o goleador do campeonato catarinense, e já tinha sido o artilheiro da Copa SC. Foi aí que um empresário me viu jogando e me fez a proposta para ir atuar na Itália". Zé Renato, que joga no Torrino, de Roma, desde que chegou no país italiano, conta que não teve maiores problemas com adaptação dentro de quadra, uma vez que em sua primeira temporada fez 24 gols em 18 jogos, mas fora dela o negócio foi mais complicado. "Cheguei lá e não sabia nem pedir água em italiano. Agradeço muito a minha esposa, que depois de um tempo foi morar lá comigo, e como ela já falava italiano facilitou muito minha vida". Zé Renato que acabou de renovar seu contrato com o time da capital até 2010, teve na temporada 2006/2007 a sua melhor fase, quando fez incríveis 38 gols. Esses gols levaram o jogador, que é bisneto de italiano, a seleção azzurra, onde foi convocado para um amistoso contra a Holanda. "Fiz uma grande temporada que me levou para a seleção italiana. Agora meu objetivo é começar bem o italiano, que tem início no começo do segundo semestre, para tentar uma vaga na seleção que vai disputar o Mundial de Futsal que será realizado aqui no Brasil." O Mundial de Futsal será disputado no Brasil entre os dias 30 de setembro e 19 de outubro e terá como sedes o Rio de Janeiro e Brasília.
(Texto e fotos: Marcelo Alexandre Becker/ON)
segunda-feira, 14 de julho de 2008
ON # 047 - Frase da semana; Talento tem, mas...; O ovo ou a galinha?; Coluna emoldurada; Ai minha "coluna"...
Frase da semana
"Quando vi que se tratava de um ambiente que não é para mim fui embora," do atacante Diego Tardelli, do Flamengo, sobre a confusão em que se envolveu em um sítio em Minas Gerais esta semana, junto com o goleiro Bruno e o meia Marcinho. Tardelli pode até jurar inocência, mas paga pelo passado. Confusão sem o atacante no meio? É ruim...
Talento tem, mas...
Batendo um papo com o ex-jogador Kita - em tempo, foi titular com Aldair, Mozer, Jorginho, Bebeto, Renato e Zico, no Flamengo -, ele comentou que havia recebido ligação de Assis, com quem jogou no Grêmio, empresário, irmão de Ronaldinho, entre outros. O presidente do Porto Alegre F. C. (ex-Lami) pedia ao passo-fundense se havia algum jogador para levar a capital. Kita lamentava alegando que os talentos continuam surgindo na região, porém, não despontam mais por aqui. "Eles tem que sair para ser alguém. Não tem onde a gente possa preparar esses garotos." Enquanto isso 'eles' vão saindo mais cedo e só ficamos sabendo quando despontam, lá fora. Novos tempos...
(Foto: Arquivo Pessoal)
O ovo ou a galinha?
A questão do futebol em Passo Fundo, parece que, passa pela lógica do "ovo e da galinha". Afinal quem veio primeiro? A direção Tricolor diz que monta um bom time se tiver apoio da cidade. Na contramão da questão, a cidade diz que apóia se uma boa equipe for montada. As razões para a última afirmativa foram: a presença de mais de mil pessoas em algumas partidas do Passo Fundo na Segundona (pasmem), e a venda de cerca de cem pacotes do projeto Fiel Torcedor, ingressos antecipados para os jogos. Alguém terá que dar o primeiro passo e, parece que, este terá que ser dos dirigentes.
(Foto: Arquivo ON)
Coluna emoldurada
Esta semana fui surpreendido com o e-mail do amigo Carlos da Silva Fernandes, o Seu Carlinhos, um boleiro inveterado. Recentemente escrevi a respeito da confraternização entre os ex-boleiros do campo de cima do Garden Club, na Cabanha Santa Mônica, do anfitrião Osmar Teixeira. Pois não é que ele mandou fazer um quadro da coluna. "Caro Paulão. Achei que não deveria guardar em uma pasta ou gaveta aquele comentário sobre os ex-boleiros, por isso mandei fazer um quadro." Que honra Seu Carlinhos, obrigado!
(Foto: Arquivo Pessoal)
Ai minha "coluna"... (ic)
Só podia ser esse o vídeo da semana no espaço youtubeano da "coluna", sem trocadilho. O árbitro Sergej Shmlik apitou bêbado uma partida na Bielorrússia, onde joga o atacante passo-fundense Nicolas Ceolin. Visivelmente "torto", Sergej teve que ser retirado de campo. Após a partida, o árbitro alegou problema na coluna. Porém, a Federação afirmou que o juiz estava bêbado e deve bani-lo do futebol. O juiz foi submetido a um exame de sangue no estádio, que apontou 2,6 mg de álcool por litro de sangue, equivalente a dez doses de vodca. Sergej Shmlik é um dos árbitros mais conceituados da Bielorrússia. O ponto alto da carreira foi um amistoso da Inglaterra.
"Quando vi que se tratava de um ambiente que não é para mim fui embora," do atacante Diego Tardelli, do Flamengo, sobre a confusão em que se envolveu em um sítio em Minas Gerais esta semana, junto com o goleiro Bruno e o meia Marcinho. Tardelli pode até jurar inocência, mas paga pelo passado. Confusão sem o atacante no meio? É ruim...
Talento tem, mas...
Batendo um papo com o ex-jogador Kita - em tempo, foi titular com Aldair, Mozer, Jorginho, Bebeto, Renato e Zico, no Flamengo -, ele comentou que havia recebido ligação de Assis, com quem jogou no Grêmio, empresário, irmão de Ronaldinho, entre outros. O presidente do Porto Alegre F. C. (ex-Lami) pedia ao passo-fundense se havia algum jogador para levar a capital. Kita lamentava alegando que os talentos continuam surgindo na região, porém, não despontam mais por aqui. "Eles tem que sair para ser alguém. Não tem onde a gente possa preparar esses garotos." Enquanto isso 'eles' vão saindo mais cedo e só ficamos sabendo quando despontam, lá fora. Novos tempos...
(Foto: Arquivo Pessoal)
O ovo ou a galinha?
A questão do futebol em Passo Fundo, parece que, passa pela lógica do "ovo e da galinha". Afinal quem veio primeiro? A direção Tricolor diz que monta um bom time se tiver apoio da cidade. Na contramão da questão, a cidade diz que apóia se uma boa equipe for montada. As razões para a última afirmativa foram: a presença de mais de mil pessoas em algumas partidas do Passo Fundo na Segundona (pasmem), e a venda de cerca de cem pacotes do projeto Fiel Torcedor, ingressos antecipados para os jogos. Alguém terá que dar o primeiro passo e, parece que, este terá que ser dos dirigentes.
(Foto: Arquivo ON)
Coluna emoldurada
Esta semana fui surpreendido com o e-mail do amigo Carlos da Silva Fernandes, o Seu Carlinhos, um boleiro inveterado. Recentemente escrevi a respeito da confraternização entre os ex-boleiros do campo de cima do Garden Club, na Cabanha Santa Mônica, do anfitrião Osmar Teixeira. Pois não é que ele mandou fazer um quadro da coluna. "Caro Paulão. Achei que não deveria guardar em uma pasta ou gaveta aquele comentário sobre os ex-boleiros, por isso mandei fazer um quadro." Que honra Seu Carlinhos, obrigado!
(Foto: Arquivo Pessoal)
Ai minha "coluna"... (ic)
Só podia ser esse o vídeo da semana no espaço youtubeano da "coluna", sem trocadilho. O árbitro Sergej Shmlik apitou bêbado uma partida na Bielorrússia, onde joga o atacante passo-fundense Nicolas Ceolin. Visivelmente "torto", Sergej teve que ser retirado de campo. Após a partida, o árbitro alegou problema na coluna. Porém, a Federação afirmou que o juiz estava bêbado e deve bani-lo do futebol. O juiz foi submetido a um exame de sangue no estádio, que apontou 2,6 mg de álcool por litro de sangue, equivalente a dez doses de vodca. Sergej Shmlik é um dos árbitros mais conceituados da Bielorrússia. O ponto alto da carreira foi um amistoso da Inglaterra.
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Aventura nas arábias
Futebol: Ernestina conta como foram suas duas temporadas nos Emirados Árabes Unidos
Depois de duas temporadas nos Emirados Árabes Unidos, a primeira jogando pelo Hatta Club, onde foi artilheiro com 32 gols, na campanha em que o time foi vice-campeão e conquistou o acesso para a primeira divisão, e a segunda no Dibba Al Assain, também da segunda divisão, o atacante Erenestina, de 34 anos, que começou no Esporte Clube Passo Fundo - e que também já jogou em Honk Kong - passa férias em Passo Fundo, enquanto aguarda por novo contrato, provavelmente de novo nas terras do Oriente Médio.
A primeira temporada
Ernestina transferiu-se para o Hatta Club, nos Emirados Árabes, na temporada 2006/07. Segundo contou o jogador, a adaptação foi bastante rápida, uma vez que já vinha atuando no futebol internacional. A principal dificuldade de Ernestina no exterior foi o forte calor do deserto. "O calor é muito forte, durante o dia não temos como ficar em algum lugar sem ar-condicionado, tanto que os treinamentos e jogos são apenas à noite." A primeira temporada do atacante nos Emirados Árabes foi muito boa. Ao lado do ex-santista Jerry, Ernestina conduziu o Hatta Club para a primeira divisão. "Minha primeira temporada foi muito boa, marquei 32 gols, fui artilheiro e conseguimos o vice-campeonato." Depois de tanto sucesso no clube, Ernestina disse que buscou a renovação de contrato de acordo com o desempenho que teve dentro de campo. "Lá os contratos geralmente são por apenas uma temporada. Como fui destaque na competição, busquei melhorar minha condição, mas não entramos em um acordo", disse o atleta que então se transferiu para o Dibba Al Assain.
Segunda temporada
Em sua segunda temporada nos Emirados Árabes Unidos, Ernestina foi contratado pelo Dibba Al Assain, também da segunda divisão. "A valorização que eu buscava no Hatta Club em termos financeiros, eu encontrei no Dibba Al Assain." Mas, embora tenha conseguido um melhor contrato, Ernestina não conseguiu manter o nível do futebol que jogou em seu ano de estréia nos Emirados Árabes. Segundo ele, a constante troca de técnicos e jogadores acabaram influenciando a campanha do time, que não conseguiu a esperada vaga para atingir a elite do futebol árabe. "O futebol é igual no mundo todo. Lá, tivemos quatro técnicos diferentes em uma temporada, e eu acredito que por isso o time não conseguiu acertar." Ernestina contou que com a fraca campanha o elenco todo do clube será alterado. O Dibba Al Assain ficou na quarta colocação, sendo que apenas dois times subiam. "Essa segunda temporada foi mais difícil pra mim dentro do campo, pois só tinha eu de brasileiro no time. Meu companheiro de ataque era um africano, que tem como característica a velocidade, porém não é muito técnico."
Ernestina disse que na temporada 2006/07, quando jogava com o ex-santista Jerry ao seu lado no ataque do Hatta Club, a vida era mais fácil. "O Jerry é um grande jogador. Jogar com ele foi muito bom, marquei muitos gols e subimos o Hatta Club para a primeira divisão", concluiu.
Futuro
Ernestina informou ainda que pretende seguir atuando em algum clube dos Emirados Árabes Unidos, e até já recebeu propostas de dois clubes. "Estou conversando com meu empresário para ficar por lá mesmo. Representantes de dois clubes já me ligaram, mas não acertei nada ainda."
Apesar do desejo de ficar nos Emirados, o jogador, que já jogou dois anos no futebol chinês, não descarta a possibilidade de se transferir para outro país. "Tenho facilidade em me adaptar a qualquer lugar, então, vou analisar o que for melhor pra mim."
(Fotos: Arquivo Pessoal)
(reportagem por Paulo Roberto D'Agustini e Marcelo Alexandre Becker)
Depois de duas temporadas nos Emirados Árabes Unidos, a primeira jogando pelo Hatta Club, onde foi artilheiro com 32 gols, na campanha em que o time foi vice-campeão e conquistou o acesso para a primeira divisão, e a segunda no Dibba Al Assain, também da segunda divisão, o atacante Erenestina, de 34 anos, que começou no Esporte Clube Passo Fundo - e que também já jogou em Honk Kong - passa férias em Passo Fundo, enquanto aguarda por novo contrato, provavelmente de novo nas terras do Oriente Médio.
A primeira temporada
Ernestina transferiu-se para o Hatta Club, nos Emirados Árabes, na temporada 2006/07. Segundo contou o jogador, a adaptação foi bastante rápida, uma vez que já vinha atuando no futebol internacional. A principal dificuldade de Ernestina no exterior foi o forte calor do deserto. "O calor é muito forte, durante o dia não temos como ficar em algum lugar sem ar-condicionado, tanto que os treinamentos e jogos são apenas à noite." A primeira temporada do atacante nos Emirados Árabes foi muito boa. Ao lado do ex-santista Jerry, Ernestina conduziu o Hatta Club para a primeira divisão. "Minha primeira temporada foi muito boa, marquei 32 gols, fui artilheiro e conseguimos o vice-campeonato." Depois de tanto sucesso no clube, Ernestina disse que buscou a renovação de contrato de acordo com o desempenho que teve dentro de campo. "Lá os contratos geralmente são por apenas uma temporada. Como fui destaque na competição, busquei melhorar minha condição, mas não entramos em um acordo", disse o atleta que então se transferiu para o Dibba Al Assain.
Segunda temporada
Em sua segunda temporada nos Emirados Árabes Unidos, Ernestina foi contratado pelo Dibba Al Assain, também da segunda divisão. "A valorização que eu buscava no Hatta Club em termos financeiros, eu encontrei no Dibba Al Assain." Mas, embora tenha conseguido um melhor contrato, Ernestina não conseguiu manter o nível do futebol que jogou em seu ano de estréia nos Emirados Árabes. Segundo ele, a constante troca de técnicos e jogadores acabaram influenciando a campanha do time, que não conseguiu a esperada vaga para atingir a elite do futebol árabe. "O futebol é igual no mundo todo. Lá, tivemos quatro técnicos diferentes em uma temporada, e eu acredito que por isso o time não conseguiu acertar." Ernestina contou que com a fraca campanha o elenco todo do clube será alterado. O Dibba Al Assain ficou na quarta colocação, sendo que apenas dois times subiam. "Essa segunda temporada foi mais difícil pra mim dentro do campo, pois só tinha eu de brasileiro no time. Meu companheiro de ataque era um africano, que tem como característica a velocidade, porém não é muito técnico."
Ernestina disse que na temporada 2006/07, quando jogava com o ex-santista Jerry ao seu lado no ataque do Hatta Club, a vida era mais fácil. "O Jerry é um grande jogador. Jogar com ele foi muito bom, marquei muitos gols e subimos o Hatta Club para a primeira divisão", concluiu.
Futuro
Ernestina informou ainda que pretende seguir atuando em algum clube dos Emirados Árabes Unidos, e até já recebeu propostas de dois clubes. "Estou conversando com meu empresário para ficar por lá mesmo. Representantes de dois clubes já me ligaram, mas não acertei nada ainda."
Apesar do desejo de ficar nos Emirados, o jogador, que já jogou dois anos no futebol chinês, não descarta a possibilidade de se transferir para outro país. "Tenho facilidade em me adaptar a qualquer lugar, então, vou analisar o que for melhor pra mim."
(Fotos: Arquivo Pessoal)
(reportagem por Paulo Roberto D'Agustini e Marcelo Alexandre Becker)
terça-feira, 8 de julho de 2008
ON # 046 - Palco merecia evento, Falta de sorte, Que beleza!
Palco merecia evento
O Jogo da Saudade e da Solidariedade, que acontece dia 15, vai reunir novamente em Passo Fundo craques do futsal que brilharam ou ainda brilham nas quadras do Brasil e da Europa. Muitos nasceram aqui, tradicional pólo exportador de bons jogadores. Outros, atuando pela extinta Associação Passo-Fundense de Esportes, despontaram para o cenário do futsal gaúcho em nosso piso e devem o nome que carregam dentro das quadras ao sucesso que tiveram na cidade. No últimos anos, com falência do esporte no estado, muitos tem saído anônimos e virado estrelas na Itália e na Espanha.
Porém, toda essa qualidade formadora de atletas para o futsal, e fatalmente para o campo, que se deve exclusivamente ao conhecimento e trabalho de dirigentes, treinadores e professores, merecia melhor reconhecimento das autoridades. O amistoso que, além de ser beneficente, vai relembrar uma época de força do nosso esporte – foram três finais estaduais -, será disputado no Play Center do Clube Juvenil, um palco querido pela maioria que ali surgiu, mas pequeno se comparado ao gigante construído com patrimônio público e a expectativa de público que gera o grande evento.
As más condições do Teixeirinha foram apontadas pelos organizadores como o principal motivo para a recusa.
(foto: arquivo pessoal)
Falta de sorte
Um dos melhores jogadores surgidos nos últimos anos na região foi George Lucas. Nascido em Tapejara, o lateral começou no futsal mas rapidamente pode escolher para onde quisesse ir: Grêmio ou Internacional. Optou pelo primeiro: havia sido campeão brasileiro um ano antes (1996), enquanto o outro amargava final de década quando quase caiu para a B. Porém, eis que George apareceria no time principal na fase em que o Tricolor andava na corda bamba.
Honesto, porém de personalidade, o garoto não se “mixou” e apesar de não ter sequer 20 anos botava a bola embaixo do braço pra bater pênalti nas últimas rodadas da competição, assumindo responsabilidade que muitos figurões se omitiam. Foi destaque, recebeu propostas, preferiu permanecer e mesmo assim sofreu ao ser preterido dentro do clube que o criara. Mas não guarda mágoas. Teve pouca sorte no esporte que tem isso quase que como pré-requisito. Caiu com três clubes, mesmo tendo jogado pouco nos mesmos três. Ficou dez meses parado parado após lesão que seria recuperável em cinco. Lamenta, mas não abaixa a cabeça. Tem apenas 24 anos e uma carreira ainda promissora no velho continente.
(foto: marcelo alexandre becker/on)
Que beleza!
No espaço “youtubeano” dessa semana, os melhores momentos de um dos maiores narradores futebolísticos do Brasil: Milton Leite. O jornalista de 49 anos é famoso pelos bordões “Que beleza” e “A batida”. Atualmente trabalha no canal SporTV. Uma curiosidade: Milton foi o narrador oficial do simulador de futebol da EA Sports, Fifa, durante sete anos.
No vídeo você confere alguns lances bisonhos narrados com o devido sarcasmo de Milton Leite, corintiano confesso. Sugiro ainda links relacionados, como o de uma jogada bizarra do lateral Paulo Sérgio, Grêmio, quando atuava pelo Palmeiras, e da discussão que o narrador teve com o “manager” Wanderley Luxemburgo, no programa Arena SporTV.
(foto: divulgação)
O Jogo da Saudade e da Solidariedade, que acontece dia 15, vai reunir novamente em Passo Fundo craques do futsal que brilharam ou ainda brilham nas quadras do Brasil e da Europa. Muitos nasceram aqui, tradicional pólo exportador de bons jogadores. Outros, atuando pela extinta Associação Passo-Fundense de Esportes, despontaram para o cenário do futsal gaúcho em nosso piso e devem o nome que carregam dentro das quadras ao sucesso que tiveram na cidade. No últimos anos, com falência do esporte no estado, muitos tem saído anônimos e virado estrelas na Itália e na Espanha.
Porém, toda essa qualidade formadora de atletas para o futsal, e fatalmente para o campo, que se deve exclusivamente ao conhecimento e trabalho de dirigentes, treinadores e professores, merecia melhor reconhecimento das autoridades. O amistoso que, além de ser beneficente, vai relembrar uma época de força do nosso esporte – foram três finais estaduais -, será disputado no Play Center do Clube Juvenil, um palco querido pela maioria que ali surgiu, mas pequeno se comparado ao gigante construído com patrimônio público e a expectativa de público que gera o grande evento.
As más condições do Teixeirinha foram apontadas pelos organizadores como o principal motivo para a recusa.
(foto: arquivo pessoal)
Falta de sorte
Um dos melhores jogadores surgidos nos últimos anos na região foi George Lucas. Nascido em Tapejara, o lateral começou no futsal mas rapidamente pode escolher para onde quisesse ir: Grêmio ou Internacional. Optou pelo primeiro: havia sido campeão brasileiro um ano antes (1996), enquanto o outro amargava final de década quando quase caiu para a B. Porém, eis que George apareceria no time principal na fase em que o Tricolor andava na corda bamba.
Honesto, porém de personalidade, o garoto não se “mixou” e apesar de não ter sequer 20 anos botava a bola embaixo do braço pra bater pênalti nas últimas rodadas da competição, assumindo responsabilidade que muitos figurões se omitiam. Foi destaque, recebeu propostas, preferiu permanecer e mesmo assim sofreu ao ser preterido dentro do clube que o criara. Mas não guarda mágoas. Teve pouca sorte no esporte que tem isso quase que como pré-requisito. Caiu com três clubes, mesmo tendo jogado pouco nos mesmos três. Ficou dez meses parado parado após lesão que seria recuperável em cinco. Lamenta, mas não abaixa a cabeça. Tem apenas 24 anos e uma carreira ainda promissora no velho continente.
(foto: marcelo alexandre becker/on)
Que beleza!
No espaço “youtubeano” dessa semana, os melhores momentos de um dos maiores narradores futebolísticos do Brasil: Milton Leite. O jornalista de 49 anos é famoso pelos bordões “Que beleza” e “A batida”. Atualmente trabalha no canal SporTV. Uma curiosidade: Milton foi o narrador oficial do simulador de futebol da EA Sports, Fifa, durante sete anos.
No vídeo você confere alguns lances bisonhos narrados com o devido sarcasmo de Milton Leite, corintiano confesso. Sugiro ainda links relacionados, como o de uma jogada bizarra do lateral Paulo Sérgio, Grêmio, quando atuava pelo Palmeiras, e da discussão que o narrador teve com o “manager” Wanderley Luxemburgo, no programa Arena SporTV.
(foto: divulgação)
domingo, 6 de julho de 2008
Sacudida de experiência
Futsal: após início ruim na Série Ouro, a Bom Gosto/ATF traz de volta comando técnico vencedor e concentra experiência para figurar os oito para fase final do Estadual
(Foto: Tiago Martins/ATF)
Aos 38 anos, o ala Giba encara como garoto cada novo trabalho. Natural de Canoas, o jogador, que começou aos 16 anos na extinta Enxuta, é o mais velho e um dos mais experientes do elenco da Bom Gosto/ATF, de Tapejara, no Estadual Série Ouro deste ano. Junto com ele, outro ala, Sananduva, dão tranqüilidade a um time formado basicamente por jovens. A campanha não é boa: são apenas cinco pontos em seis jogos. Para mudar o quadro, a chegada do técnico Serginho Lacerda, anima.
Giba, que se projetou nos cinco anos que esteve na APE, de Passo Fundo, disputando duas finais estaduais e vencendo uma Copa Sul, chegou este ano à ATF. O jogador passou ainda por Atlântico de Erechim, clube onde ficou mais tempo - seis anos -, Ulbra e estava na AFF/Farroupilha, na temporada passada. "O início foi ruim, mas vamos melhorar com a chegada do Lacerda e o reforço de novos atletas." O ala, de excelente forma, ficava em quadra quase o total de minutos do jogo.
Sananduva estava na Unisul, de Tubarão, no início do ano. No ano passado esteve com Giba e Lacerda em Farroupilha. Não adaptado, acabou se transferindo para Tapejara, onde havia atuado até 2004. O ala de 29 anos passou por problemas físicos, mas está recuperado. Ele ficou fora dos dois primeiros jogos, porém esteve em quadra nas três partidas seguintes. Em 2005 esteve no Atlântico, após quase parar na APE. "Com o apoio da torcida vamos nos classificar entre os oito."
Serginho Lacerda chega com o aval de quem esteve em decisões nos últimos anos. Em 2004 foi vice da prata e em 2005 chegou ao segundo play-off da Série Ouro com a própria ATF. Em 2006 foi campeão paranaense com Pato Branco. Em 2007 também foi aos play-offs do estadual com a AFF. Este ano, estava como auxiliar de Vander Iacovino, além de dirigir os juvenis, na AFF, de Farroupilha. "Em Tapejara temos boa perspectiva. Com trabalho vamos reverter o quadro," disse o catarinense.
Para isso ele conta com a experiência de Giba e Sananduva, além do goleiro Ney, Tárcio e do fixo Joari. "Vamos atrás de alguns reforços pontuais. Nossa margem de erro é mínima. Precisamos dar uma sacudida no ânimo do grupo, que é pequeno, mas tem potencial." Entre os motivos para a volta a Tapejara, o ex-jogador de 44 anos - passou pela ATF em 1999 -, destaca a atuação da comunidade em torno do time. "Além disso, meu lugar é na quadra, cobrando e vibrando com os jogadores."
Avaliação
O grupo de doze jogadores da Bom Gosto/ATF esteve em Passo Fundo ontem para uma avaliação física no Lepx (Laboratório de Ensino e Pesquisa do Exercício) da UPF. Os professores Benhur Soares e Lilian Ribeiro vão passar ao preparador físico Cássio Sossella, um relatório com capacidades individuais dos jogadores como força, flexibilidade, potência e resistência. A partir disso são definidos treinamentos para cada grupo com objetivo final de obter uma preparação homogênea. No lepex, equipes como Horizontina, no futsal, Ypiranga, de Erechim, Gaúcho e Passo Fundo, no futebol, já fizeram avaliações. Destaque para Giba. Aos 38 anos, o ala demorou mais de 30 minutos para atingir a freqüência cardíaca limite (170 batimentos) correndo na esteira. Para os professores, o lastro fisiológico, isto é, o condicionamento do atleta motivaram o resultado.
Amistoso
A Bom Gosto/ATF venceu pelo placar de 6 a 2 a equipe de Joaçaba/SC, na terça-feira (27), em Machadinho, em um amistoso comemorativo aos 49 anos da cidade. Os gols da equipe tapejarense foram marcados por Rato (4), Brito e China. Sandro Farias, substituído por Serginho Lacerda no comando técnico, assume o cargo de supervisor de futebol e coordena as categorias de base da ATF. Mesmo sendo um amistoso, a comissão técnica valorizou a vitória em Machadinho - a equipe não marcava a três jogos pelo Estadual. O time volta a jogar pela Série Ouro dia 7 de junho, às 19h30, em Tapejara, quando recebe a forte ACBF, de Carlos Barbosa.
Histórico
A ATF participa da Série Ouro do Estadual este ano ocupando a vaga da SER Pé no Chão de Chapada. Sua última participação na primeira divisão do futsal gaúcho havia sido em 2005. Em 2006 o time manteve apenas as categorias de base e no ano passado o time optou por disputar a Série Bronze. O apoio forte da Bom Gosto este ano, além do apoio maciço da comunidade, motivaram a volta para a elite.
(matéria publicada em O Nacional no dia 30 de maio deste ano. A Bom Gosto Futsal permanece em último lugar, faltando uma rodada para o fim do turno)
(Foto: Tiago Martins/ATF)
Aos 38 anos, o ala Giba encara como garoto cada novo trabalho. Natural de Canoas, o jogador, que começou aos 16 anos na extinta Enxuta, é o mais velho e um dos mais experientes do elenco da Bom Gosto/ATF, de Tapejara, no Estadual Série Ouro deste ano. Junto com ele, outro ala, Sananduva, dão tranqüilidade a um time formado basicamente por jovens. A campanha não é boa: são apenas cinco pontos em seis jogos. Para mudar o quadro, a chegada do técnico Serginho Lacerda, anima.
Giba, que se projetou nos cinco anos que esteve na APE, de Passo Fundo, disputando duas finais estaduais e vencendo uma Copa Sul, chegou este ano à ATF. O jogador passou ainda por Atlântico de Erechim, clube onde ficou mais tempo - seis anos -, Ulbra e estava na AFF/Farroupilha, na temporada passada. "O início foi ruim, mas vamos melhorar com a chegada do Lacerda e o reforço de novos atletas." O ala, de excelente forma, ficava em quadra quase o total de minutos do jogo.
Sananduva estava na Unisul, de Tubarão, no início do ano. No ano passado esteve com Giba e Lacerda em Farroupilha. Não adaptado, acabou se transferindo para Tapejara, onde havia atuado até 2004. O ala de 29 anos passou por problemas físicos, mas está recuperado. Ele ficou fora dos dois primeiros jogos, porém esteve em quadra nas três partidas seguintes. Em 2005 esteve no Atlântico, após quase parar na APE. "Com o apoio da torcida vamos nos classificar entre os oito."
Serginho Lacerda chega com o aval de quem esteve em decisões nos últimos anos. Em 2004 foi vice da prata e em 2005 chegou ao segundo play-off da Série Ouro com a própria ATF. Em 2006 foi campeão paranaense com Pato Branco. Em 2007 também foi aos play-offs do estadual com a AFF. Este ano, estava como auxiliar de Vander Iacovino, além de dirigir os juvenis, na AFF, de Farroupilha. "Em Tapejara temos boa perspectiva. Com trabalho vamos reverter o quadro," disse o catarinense.
Para isso ele conta com a experiência de Giba e Sananduva, além do goleiro Ney, Tárcio e do fixo Joari. "Vamos atrás de alguns reforços pontuais. Nossa margem de erro é mínima. Precisamos dar uma sacudida no ânimo do grupo, que é pequeno, mas tem potencial." Entre os motivos para a volta a Tapejara, o ex-jogador de 44 anos - passou pela ATF em 1999 -, destaca a atuação da comunidade em torno do time. "Além disso, meu lugar é na quadra, cobrando e vibrando com os jogadores."
Avaliação
O grupo de doze jogadores da Bom Gosto/ATF esteve em Passo Fundo ontem para uma avaliação física no Lepx (Laboratório de Ensino e Pesquisa do Exercício) da UPF. Os professores Benhur Soares e Lilian Ribeiro vão passar ao preparador físico Cássio Sossella, um relatório com capacidades individuais dos jogadores como força, flexibilidade, potência e resistência. A partir disso são definidos treinamentos para cada grupo com objetivo final de obter uma preparação homogênea. No lepex, equipes como Horizontina, no futsal, Ypiranga, de Erechim, Gaúcho e Passo Fundo, no futebol, já fizeram avaliações. Destaque para Giba. Aos 38 anos, o ala demorou mais de 30 minutos para atingir a freqüência cardíaca limite (170 batimentos) correndo na esteira. Para os professores, o lastro fisiológico, isto é, o condicionamento do atleta motivaram o resultado.
Amistoso
A Bom Gosto/ATF venceu pelo placar de 6 a 2 a equipe de Joaçaba/SC, na terça-feira (27), em Machadinho, em um amistoso comemorativo aos 49 anos da cidade. Os gols da equipe tapejarense foram marcados por Rato (4), Brito e China. Sandro Farias, substituído por Serginho Lacerda no comando técnico, assume o cargo de supervisor de futebol e coordena as categorias de base da ATF. Mesmo sendo um amistoso, a comissão técnica valorizou a vitória em Machadinho - a equipe não marcava a três jogos pelo Estadual. O time volta a jogar pela Série Ouro dia 7 de junho, às 19h30, em Tapejara, quando recebe a forte ACBF, de Carlos Barbosa.
Histórico
A ATF participa da Série Ouro do Estadual este ano ocupando a vaga da SER Pé no Chão de Chapada. Sua última participação na primeira divisão do futsal gaúcho havia sido em 2005. Em 2006 o time manteve apenas as categorias de base e no ano passado o time optou por disputar a Série Bronze. O apoio forte da Bom Gosto este ano, além do apoio maciço da comunidade, motivaram a volta para a elite.
(matéria publicada em O Nacional no dia 30 de maio deste ano. A Bom Gosto Futsal permanece em último lugar, faltando uma rodada para o fim do turno)
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