Por um mundo melhor? Futebol

Futebol: ex-jogadores reúnem-se há 13 anos para uma popular pelada de final de ano em Passo Fundo. Mais do que uma festa, o grupo dá lição de amizade, igualdade e paixão pela bola


"Este jogo estimula a esperança não apenas de se tornar um jogador melhor, mas de se tornar um ser humano melhor." A frase do presidente da Fifa Joseph Blatter sobre o futebol serve para ilustrar esta história e tantas outros deste esporte. O futebol, que já foi palco de manifestações racistas por todo mundo, também encontra demonstrações de amizade, igualdade e paixão. É isso que um grupo de ex-jogadores da pequena Passo Fundo ensina. Há 13 anos eles mantém a tradição da pelada de final de ano entre negros e brancos. Mas quem pensa que a cor da pele acirra a disputa engana-se. Ela representa apenas a diversidade entre amigos.

Em um encontro surgiu a idéia de, a cada final de ano, realizar um jogo festivo. "Pensamos em fazer um Gre-Nal, um gordo contra magro... Mas acabamos fazendo mesmo negros contra os brancos," explica um dos organizadores, o ex-jogador e hoje professor de futsal, Anderson Silva, o Adílio, junto com Toco. Desde 1995, esse já é o 14º jogo, pois em um ano houve duas partidas. "Existe uma hegemonia dos negros sobre os brancos nessa brincadeira. São cinco empates, oito vitórias dos negros e apenas uma vitória dos brancos," provoca o capitão do time negro.

A primeira fora


As mãos do ex-goleiro Jairo, que antes impediam o grande momento do futebol, hoje cuidadosamente preparam a salada para depois do jogo. Pela primeira vez fora do gol dos negros devido a uma cirurgia na coluna, Jairo estreou no comando da equipe. O ex-goleiro emociona-se ao lembrar da curta carreira. Depois de formando nas categorias de base de 14 de Julho, ele subiu para a primeira divisão com o Lajeadense. Passou ainda por Figueirense, Corumbaiense e Navaraiense, do Mato Grosso, e pendurou as luvas no extinto Dínamo, de Santa Rosa, aos 28 anos. "Passei em um concurso da Brigada Militar. Naquela época o futebol era difícil. Passou um tempo para eu assimilar a parada. Chego a me arrepiar todo," recorda.

Teimoso da bola


O ex-lateral direito Caio saiu da fornada de talentos do Passo Fundo do final da década de 1980 que tinha Casanova, Irineu e Marquinhos entre outros. Mas quis o destino pregar uma peça no ex-jogador que, aos 27 anos, após disputar o Gauchão pelo rival Gaúcho, teve que abandonar precocemente os gramados. Caio descobriu um descompasso no coração que fez com que tivesse que implantar um marcapasso. Hoje, aos 42 anos e dois aparelhos depois, ele é considerado pelos amigos um teimoso. "Nunca mais poderia jogar. Mas seis meses depois a vontade foi maior. Ainda participei de campeonatos amadores por várias cidades e hoje jogo de três a quatro partidas por semana", conta Caio. O hoje cabeça-de-área do time branco está no terceiro marcapasso, que por causa do futebol dura de quatro a cinco anos. "Quando jogo, ele desliga e quando repouso, ele liga, mas levo uma vida normal, jogando claro."

Igualdade no placar
Em um jogo como esse o placar foi o menos importante, certo? Errado. Amigos à parte, assim como aqueles que nunca foram profissionais, todo mundo queria vencer. E principalmente os brancos que queriam a revanche depois da derrota por 8 a 6 no ano passado. Sem perder a categoria, apesar do pouco preparo, a partida de futebol sete em uma propriedade particular, foi bastante disputada. Depois de abrirem 4 a 1, os brancos assistiram os negros virarem o placar. Mas no final a equipe branca empatou, garantindo o sexto empate da história do confronto.

A confraternização tem como apoiadores Lago Pão, Krep's, Anglasa Ltda, J.A Confecções, Sulyvest Uniformes, Guaraplan Consórcios, MD Centro Hípico e Haras.

Números da festa
Cebola - 5 kg
Alface - 6 un
Tomate - 5 kg
Maionese - 11 kg
Refrigerante - 20 l
Cerveja - 216 l
Ovelha - 15 kg
Gado - 25 kg
Galeto - 15 kg
Carvão - 24 kg
Convidados - 65

Negros 5 x 5 Brancos


Negros
Corvo (goleiro)
Adílio
André Carijó
Deco
Dudu
Duia
Juarez
Luciano
Mano
Nelson
Petrônio
Rafael
Rodrigo Brigada

Brancos
Zolet (goleiro)
Adair
Branco
Caio
Dian
Didoné
Elcio
Lagranha
Marquinhos
Teco
Toco

(Fotos: Paulo Roberto D'Agustini/ON)

Reportagem publicada na edição de O Nacional do dia 29 de dezembro de 2008

ON # 080 - Com toda justiça; Pisando na bola; Boleiras

Com toda justiça


Uma visita inusitada marcou o embarque do São Paulo para a Colômbia, há duas semanas. Os personagens do Pânico Christian Pior e Sabrina Sato foram ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, para entregar ao goleiro Rogério Ceni o troféu "chato do ano". A brincadeira aconteceu por causa de um vídeo que circula pela internet, em que o narrador Milton Leite diz: "esse Rogério Ceni é chato pra c..." (saiba mais abaixo). Aparentemente sem-graça, Rogério Ceni admitiu: "sou chato mesmo". O são-paulino revelou desconhecer o vídeo, pegou o troféu e embarcou com ele nas mãos. Será que ele vai guardar junto com os demais?

(Foto: Gaspar Nóbrega/VIPCOMM)

Pisando na bola

Cinco vídeos que registram narradores, comentaristas e repórteres do Sportv conversando fora do ar, prometem mudar a maneira como alguns profissionais são vistos pelos telespectadores e por algumas figuras emblemáticas do futebol.

No primeiro, o narrador Milton Leite, o comentarista André Rizek e o repórter Carlos Cereto dão palpites sobre a rodada e, de quebra, pistas claríssimas para quais times eles e alguns colegas, como o comentarista Maurício Noriega, torcem...

> clique

No segundo, Milton e André comentam o tratamento recebido pela língua portuguesa durante as entrevistas coletivas do técnico Dunga.

> clique

Na continuação, a dupla critica a alegada "importância" das conferências do treinador e, no finalzinho, Milton Leite dá o veredicto sobre Rogério Ceni (compartilhado por muita gente)...

> clique

Em outro jogo, logo após alguns integrantes da equipe comentarem sobre o "sono monstro" do repórter Marco Aurélio, o comentarista Maurício Noriega, ao lado do locutor Jota Junior, olha para alguém no campo de jogo e faz uma "pergunta cifrada" ao repórter: "Vestido florido?" Marco Aurélio responde que sim e os colegas o parabenizam dando a entender que já sabem o porquê de tanto cansaço...

> clique

Por último, Jota e Noriega comentam sobre as integrantes da Banda Marcial de Rio Claro e enaltecem a beleza de uma repórter da BandSports. A moça seria tão bela que o repórter Tiago Leifert diz que "lavaria os pés dela com a língua". Ou, como preferiu parafrasear Maurício Noriega, "chuparia até a frieira dela".

> clique

Antonio Tabet, do site Kibe Loco, chega a três conclusões diante do exposto (este colunista concorda com apenas duas delas): 1 - Transmissões esportivas são muito interessantes. O problema é que eles só exibem a parte chata do negócio; 2 - Nunca beije um jornalista esportivo. Você não sabe qual frieira ele pode ter chupado na noite anterior; 3 - O Rogério Ceni é chato pra c... mesmo.

Boleiras


Atrizes e apresentadoras de TV são comuns neste espaço. Com esta bela inglesa de 33 anos (outro detalhe comum: trintonas magníficas), mulher do meia australiano Harry Kewell, não é diferente. Sheree Murphy é mais uma das 50 conquistas de jogadores de futebol mais sexies do planeta. A morena já atuou em vários seriados e apresentou diversas séries de TV. Smurf (?), como é chamada, também participou do reality show "I'm a Celebrity... Get Me Out of Here!", algo como "Eu sou uma celebridade... tirem-me daqui!", junto com a boleira de quatro semanas Carly Zucker, mulher do meia do Chelsea Joe Cole. Sheree ficou em 2°.

Harold Kewell, 30 anos, joga atualmente no Galatasaray turco. Ele tem 38 jogos pela seleção australiana e marcou 12 gols. Como meia armador ou segundo atacante, Kewell tem como característica o drible seco e a canhota certeira de longa distância. As qualidades ajudaram o Leeds United, da Inglaterra, clube onde ficou por oito anos, a chegar às semifinais da Liga dos Campeões na temporada 2000-01, competição a qual seria campeão mais tarde pelo Liverpool, onde jogou por cinco anos, mas sucessivas contusões o fizeram passar a maior parte do tempo no departamento médico. Na Turquia tem sido chamado de "Harry Potter".

(Foto: Divulgação)

Sensação do dever cumprido

Futsal: mais de um mês depois do Mundial no Brasil, tem passo-fundense que não esquece da competição. Afinal, foi a primeira Copa do Mundo do árbitro Tales Ferreira Goulart


Depois de quase 15 anos dedicados às quadras, desde o início nos acanhados, mas nervosos, ginásios do interior, passando pelas decisões de estadual, depois integrando os quadros da Confederação Brasileira e da poderosa Fifa, o árbitro Tales Ferreira Goulart comemora com a sensação de que valeu a pena a recompensa pela participação na Copa do Mundo de Futsal realizada este ano, no Brasil.


Depois do Pan do Rio de Janeiro, no ano passado, este passo-fundense por adoção - é natural de Esmeralda -, voltou à cidade maravilhosa para ser o único árbitro brasileiro na maior competição do esporte. Voltou com outra sensação: a do dever cumprido. Além da satisfação pessoal, ver o Brasil campeão coroou o ano perfeito. Você confere entrevista exclusiva com o homem do apito do melhor futsal do mundo.


O Nacional - Como você avalia a participação na Copa do Mundo?
Tales Goulart - Poder participar de uma Copa do Mundo é o objetivo de todo o árbitro e, para mim, representar o Brasil foi uma experiência que marcou minha vida. Nos 25 dias que fiquei à disposição da Fifa aprendi muito. Trabalhei em quatro jogos: três no Rio e um em Brasília. Posso dizer que fiz um bom trabalho.



ON - Como foi a preparação para o torneio lá no Rio de Janeiro?
TG - No Rio foram 11 dias de treinamento, palestras e momentos de integração. Mas o dia que mais marcou para todos os árbitros foi a prova física, pois quem não fosse aprovado voltaria para casa. Todos os 34 árbitros foram aprovados e após a missão cumprida, todos relaxaram e se dedicaram à estréia da competição.


ON - Quantos e quais jogos você apitou e qual foi mais marcante?
TG - Trabalhei em quatro jogos: Itália x EUA, EUA x Tailândia e República Tcheca x Líbia, no Rio de Janeiro, e Argentina x Paraguai, em Brasília. Esse clássico sul-americano foi o que mais me marcou por ser um jogo quente. Fizemos um ótimo trabalho, o árbitro do Equador e eu. No placar final empate em três gols.


ON - Como você avalia o nível dos jogos e das equipes participantes?
TG - As equipes que participaram do mundial mostraram um ótimo futsal provando que o esporte está se fortalecendo em todo mundo. Pudemos observar que, com exceção dos jogos do Brasil, que quase sempre terminavam em goleadas, os outros eram bem disputados e terminavam com placar apertado. Acho que o Mundial no Brasil abriu as portas para o futsal tornar-se esporte olímpico.


ON - Alguns comentaristas criticaram a escolha de árbitros de países com ligas pouco expressivas para jogos de semifinal e final. Qual sua opinião?
TG - Convivi com todos os árbitros por 11 dias até a divisão do grupo (Rio e Brasília) e posso dizer que o nível dos árbitros era equilibrado. Infelizmente, as pessoas que comentam os jogos têm um certo preconceito em relação à arbitragem. Acho que todos os árbitros poderiam errar, indiferente do país de origem.


ON - O resultado final (Brasil campeão) fez justiça ao torneio?
TG - Com toda certeza. Era o melhor grupo e o futsal do Brasil como um todo precisava desse título. Após essa conquista, nosso esporte tende a crescer ainda mais e isso será ótimo para todos: jogadores, torcedores e arbitragem.

(Fotos: Arquivo Pessoal)

Entrevista publicada na edição de O Nacional do dia 28 de novembro de 2008

ON # 079 - Calmaria; Mete miedo; Boleiras

Calmaria

Jonas voltou a ser Jonas: ao lado Luciano "Marreta" (que dupla!)

Depois da pressão sofrida na véspera, Celso Roth goza de algum sossego após a vitória sobre o Boyacá Chicó, por 1 a 0, na altitude colombiana. Esperava-se muito mais do adversário. Alguns temiam pela repetição do 3 a 1 sofrido para o Cúcuta em 2007, também naquele país. Mas os colombianos tremeram diante da instabilidade gremista. Tiveram apenas um atacante que pouco incomodou. Réver atuou como volante, lembrando os tempos de Paulista, como há algum tempo este colunista sugeria, e foi bem. Preocupante mais uma vez foi o excesso de gols perdidos. Tema até de chacota do noticiário internacional, com Jonas, artilheiro do time, sendo intitulado "El Peor Delantero Del Mundo". Agora com menos pressão talvez os gols comecem a sair com mais tranquilidade. Para alívio do chefe Roth.

Mete miedo


No ano passado, a Nike, patrocinadora do Boca Juniors, lançava uma série de comerciais na TV argentina mostrando garotos da cantera xeneize intimidando atletas consagrados como Palacio, Battaglia, Ponzio e Hirsig. O colunista do Olheiros.net, Maurício Vargas, falava sobre o assunto no blog do site: "O sonho de todo garoto das categorias de base é fazer parte dos profissionais. Mas, para ele entrar, alguém tem que sair". Intituladas Mete miedo, as peças trabalham a ligação entre os grandes ídolos e os garotos, nem sempre tão amistosa. Prova disso aconteceu neste mês, quando Palacio, que estrela um dos comerciais, foi internado com traumatismo craniano após uma dividida com Gaston Sauro, das categorias de base. Os dois bateram cabeça em um lance na área. Ele desmaiou e recuperou a consciência, mas foi retirado de maca e levado ao hospital. Segundo o departamento médico do Boca Juniors, Palacio passa bem, apesar do susto.

Clique nos links abaixo e assista aos vídeos das propagandas:
> Nike 1
> Nike 2
> Nike 3
> Nike 4

Boleiras


A mistura de etnias foi a grande responsável para que esta atriz estadunidense fosse eleita uma das 50 mulheres de jogadores de futebol mais sexies do planeta. Bianca Maria Kajlich, incríveis 32 anos, é casada com o atacante Landon Donovan, do Los Angeles Galaxy e seleção dos Estados Unidos. A morena provocante é filha de pai eslovaco e mãe italiana. Talvez você já a tenha visto nos "clássicos" teenagers - As apimentadas, Halloween: ressureição e 10 Coisas que eu odeio em você. Atualmente ela é protagonista do seriado cômico Rules of Engagement.

O californiano Landon Timothy Donovan começou a carreira profissional aos 19 anos no San Jose Earthquakes, hoje Houston Dynamo, e conquistou a Major League Soccer por duas vezes: 2001 e 2003. O atacante, retornaria ao clube de onde saiu das categorias de base, o Bayer Leverkusen, da Alemanha, em 2004. Antes disso Donovan participaria da inesquecível Copa de 2002, no melhor desempenho da seleção dos EUA desde a Copa de 1950. Em 2005, o jogador retornou ao país de origem contratado pelo ex-time do inglês David Beckham.

(Fotos: Divulgação)

Elas salvam nossa pátria

Futsal: time feminino amador honra a tradição da cidade no esporte em competição estadual


Foi-se o tempo em que a cidade se orgulhava de ter um futsal forte, imbatível no caldeirão do ginásio Capinguí, campeão da Copa Abertura e três vezes vice da Série Ouro do Estadual, sempre com a Associação Passo-Fundense de Esportes. Desativada por falta de patrocínio, a modalidade em Passo Fundo sofre com a mesma crise que abate o estado. Porém continuamos revelando jovens promessas nas categorias de base e até mesmo em competições amadoras do esporte.


Um dos exemplos é a Mecânica SC/Pés Calçados/Braga Seguros. O nome é grande, mas proporcional ao desempenho das meninas. Sim, trata-se de uma equipe feminina de futsal. Porém, mesmo patrocinadas, elas ainda pagam do próprio bolso para jogar.

Vice-campeonato


Amadoras, as meninas treinam apenas uma vez por semana, no ainda pouco utilizado ginásio Teixeirinha. Porém os resultados são expressivos. No ano passado, foram vice-campeãs da 4ª Taça Gaúcha de Futsal, realizada pela Liga Gaúcha de Futsal. Tendo como técnico, o organizador do time Sebastião Corrêa, as passo-fundenses encararam uma equipe de Canoas, que tinha no elenco quatro meninas da seleção brasileira, na final. No jogo de ida, em Passo Fundo, golearam por 4 a 1. Na volta acabaram goleadas por 4 a 2, mas o regulamento deu o título as canoenses que tinham melhor campanha. Segundo Sebastião, este ano a regra foi alterada.

Atual temporada


Para o campeonato deste ano, que começa com quatro fases regionalizadas, depois mais três eliminatórias, o time foi reforçado dentro e fora de quadra. De Erechim vieram seis jogadoras que, ao mesmo tempo, trabalham e estudam. No total são 15 atletas no grupo, dos 16 aos 42 anos. A mais experiente é a goleira Girlene Granville, eleita melhor da posição na competição do ano passado. No mesmo elenco está a filha de Girlene, que é jogadora de linha. Para comandar toda "essa mulherada" o treinador Luiz Carlos Guizele, de Sarandi, foi chamado. O técnico, que estava no time de Barra Funda, tem títulos no futsal feminino.


O começo do trabalho já deu resultado. Representando Passo Fundo nas finais da 28º Olimpíada Comerciária do Sesc, em Porto Alegre, o time foi vice-campeão da categoria, perdendo a final para Novo Hamburgo. Agora chegou a vez de um título.


Na primeira etapa, microrregional, realizada em Rio dos Índios, no Norte, dia 9, a equipe de Passo Fundo venceu os dois jogos do triangular contra as anfitriãs (7 a 1) e Erval Grande (4 x 2). Com os resultados as duas primeiras avançaram para primeira fase inter-regional que acontece neste domingo em Passo Fundo. O quadrangular contra Rio dos Índios, Frederico Westphalen e Tenente Portela será no ginásio da Brahma, fundos do estádio(?) Wolmar Salton, com entrada franca.

Detalhe: o quadrangular deveria ser realizado no ginásio Teixeirinha, porém, com a realização de mais um show no local, a etapa da quinta Taça Gaúcha de Futsal foi transferida para o ginásio da Brahma, que teve que ser alugado pelos anfitriões.

(Fotos: Arquivo Pessoal)

Reportagem publicada na edição de O Nacional dos dias 22 e 23 de novembro de 2008

ON # 078 - Fenômeno; Preparo; Boleiras

Fenômeno


Por que ele é um fenômeno da mídia, que no meio da semana focava mais o banco de reservas do Corinthians do que o jogo que corria no gramado, contra o Itumbiara, que fez o poderoso Manchester United revidar com uma camisa com a frase "There's only one Ronaldo" (existe apenas um Ronaldo) para o português Cristiano, o melhor do mundo na atualidade, e que fez o Milan emitir nota oficial desejando sorte ao atacante no retorno? Porque ninguém duvida dele. Ninguém arrisca: "Ronaldo é ex-jogador..." E se arrisca, sabe que pode perder. Olhando apenas para os joelhos da foto, a afirmativa poderia ser ventilada. Mas sabendo de quem são os joelhos, ninguém pode duvidar. Ele provou ontem, com um gol de cabeça - o pior dos fundamentos de Ronaldo, contrariamente o que disse o narrador Jader Rocha, da RBSTV, "uma de suas especialidades (?)" - empatando o clássico com o Palmeiras. O homem mudou o estilo veloz do início da carreira. Mas quem sabe, não desaprende. Atuando a lá Romário ele vai continuar sendo decisivo.

(foto: divulgação)

Preparo


Havia alertado o amigo e escritor Marco Antônio Damian: "O Grêmio está mal fisicamente..." Começo de temporada poderia ser a justificativa. Poderia... Nos últimos anos o time destacou-se pelo preparo. Levava vantagem mesmo com elencos menos qualificados. O Tricolor inclusive tem "exportado" profissionais como Flávio Trevisan, que saiu com Mano para o Corinthians, e Flávio Oliveira, trazido por Mancini, levado por Mano e agora buscado novamente por Mancini no Santos. Humberto Ferreira era auxiliar na temporada passada. Foi trazido por Roth que havia o deixado no Vasco. Assumiu depois do clube não ter encontrado outro preparador. Bons profissionais estão ao lado de bons profissionais. Competência chama competência. Pra bom entendedor, meia palavra basta.

(foto: divulgação)

Boleiras


Como prometido, a seção retorna com a estonteante Alex Curran, uma das 50 mulheres de jogadores de futebol mais sexies do planeta. A modelo, de 26 anos, é esposa do cracaço Steven Gerrard, meio-campo do Liverpool e da seleção inglesa. Na Terra da Rainha inclusive ela lidera uma lista de "WAGS", termo inglês utilizado para designar esposas e namoradas de boleiros, que tem Victoria Beckham, Coleen Rooney (40 no ranking) e Carly Cole (35). Além disso, a senhora Gerrard tem uma coluna de moda no tabloide inglês Daily Mirror que tem o singelo título: "Go Shopping With Alex Curran", (vá às compras com Alex Curran).

Steven George Gerrard, 28 anos, é considerado por muitos o jogador mais completo na atualidade. A nova geração de meio-campistas que tem como referência nacional o são-paulino Hernanes teve origem com ele. O camisa 8 destaca-se por ser um armador brilhante e ao mesmo tempo um marcador implacável. Dentre todos fundamentos técnicos que domina, a marca registrada é o poderoso chute de média e longa distância com incrível precisão e força. Além disso, Stevie G é conhecido como símbolo do Liverpool. Revelado nos Reds, time do coração, estreou como profissional em 1998 e na temporada seguinte já se tornava indispensável.

(foto: divulgação)

O nosso Ronaldinho Gaúcho

Nota do editor: volto a publicar minhas melhores reportagens produzidas em O Nacional. Aproveitem! Grande abraço!

Freestyle: passo-fundense Jean Pedro de Quadros representa o RS no Brasileiro em Recife


Habilidade e malabarismos com a bola deixaram de ser meros caprichos dos ídolos dos gramados. Uma nova vertente do esporte chega hoje ao Recife com o Red Bull Street Style, primeiro brasileiro de futebol estilo livre, disputado no Marco Zero, a partir das 19h. O sucesso no freestyle, como também é conhecido, não depende da bola na rede, mas da criatividade e estilo no trato com a bola.

As regras são simples. Cada batalha tem três minutos e flui no ritmo das batidas escolhidas por um DJ. Dois competidores ocupam o palco, alternando performances em turnos de 20 segundos com a bola, que então é passada para o adversário. Zerado o cronômetro, uma comissão de jurados composta por três referências do futebol elege o campeão, aquele que demonstrar a melhor técnica e criatividade.

O furacão Jairzinho, o radialista Léo Medrado e o atacante Carlinhos Bala serão os responsáveis pela eleição do vencedor de cada duelo. Será a primeira vez que uma competição desse tipo será realizada no Brasil. O esporte, que cresce com a massificação dos vídeos caseiros, também ganha uma final mundial, em que o campeão brasileiro representa o Brasil contra atletas de 45 países, em novembro, em São Paulo.

Gaúcho na parada


O passo-fundense Jean Pedro de Quadros, 19 anos, será o único representante do estado. Ele conquistou a vaga após seu vídeo ter sido escolhido entre quase 200 enviados à Red Bull. "Comecei a treinar há dois anos e participo de um site em que o pessoal que pratica o esporte troca idéias e fica sabendo sobre os campeonatos," conta.

O praticante conheceu a modalidade da forma pela qual o esporte mais se difunde. "Recebi um vídeo do Soufiane Touzani, o mestre do freestyle, o cara que começou tudo. Achei legal e quis tentar fazer o mesmo. Comecei a treinar e deu certo," explicou o passo-fundense, que há um ano cursa Medicina Veterinária em Pelotas.
"O esporte pode ser praticado em qualquer lugar plano. Hoje treino na garagem de um amigo ou na frente de um mercado. Em Passo Fundo, treinava no estacionamento do Bourbon. É bacana, junta um pessoal pra te olhar," conta. "Tem as manobras básicas, intermediárias e avançadas, mas vale a criatividade. É o que conta," explica Jean, que passou pelas categorias de base do Gaúcho e do Atlético/PR.

Sobre a competição, o freestyler quer surpreender os jurados: "Vou dançar break com a bola," planeja. Porém ele diz correr por fora na briga pelo título. "São quatro favoritos: Murilo, Pedro, Saimon e Luigi, que treinam há mais tempo e já foram para a Europa praticar, mas, na hora, qualquer um pode ganhar," considera.

Considerando o melhor do mundo no futebol livre, o norueguês Palle, é também o ídolo do passo-fundense. "O Brasil é o país do futebol, mas no freestyle estamos bem atrás da Europa. Lá os praticantes têm o esporte como profissão," explica. No futebol as referências não seriam outras: "o Ronaldinho Gaúcho e o Falcão."

Red Bull Street Style

Fernando Carvalho "Pitt" (Rio de Janeiro/RJ)
Kevin Siqueira (São Paulo/SP)
Eduardo "Keystyle" Gushiken (São Paulo/SP)
José "Ricard.O" Fernandes (Guarujá/SP)
Murilo David Pitol (Vitória/ES)
Pedro Soares (Salvador/BA)
Saimon Avelino (São José do Rio Preto/SP)
Jonathas Teles (Rio de Janeiro/RJ)
Andrey Rotter "Parrudo" (Ponta Grossa/PR)
João Fernandes "JF" (Fortaleza/CE)
Breno Cavalcante (Belém/PA)
Lucas Lemos (Campo Grande/MS)
Diego "Freestyle" Castro (São Paulo/SP)
Pedro Henrique "Pedrinho" (Recife/PE)
Luigi Prado (Guarapari/ES)
Jean Pedro de Quadros (Passo Fundo/RS)

(fotos: Divulgação)

Reportagem publicada na edição de O Nacional do dia 17 de outubro de 2008

Nota do editor: Veja como o passo-fundense se saiu no Recife

Um algoz parrudo...

Freestyle: passo-fundense fica no primeiro duelo do Brasileiro no Recife


Diante de 5 mil pessoas, o capixaba Murilo Pitol, 17 anos, foi o campeão da final nacional do Red Bull Street Style, na noite de sexta-feira, no Marco Zero do Recife. Com a vitória no duelo contra o anfitrião Pedro Henrique, o Pedrinho, Murilo faturou a cobiçada vaga para representar o Brasil no primeiro campeonato mundial de futebol estilo livre, dias 17 e 18 de novembro, em São Paulo. O carioca Fernando "Piti" foi o terceiro. A competição reuniu atletas de dez estados medindo forças em batalhas homem a homem, de 3 minutos, pelo maior estilo, criatividade e controle de bola.

Entre os 16 freestylers, um único gaúcho, o passo-fundense Jean Pedro de Quadros, 19 anos. Mas o sorteio das chaves colocou-o logo na primeira rodada de frente com Andrey "Parrudo", de Ponta Grossa, no Paraná, que levou os três votos da comissão de jurados e avançou para a fase seguinte.

Classificação

1º Murilo (Vitória/ES)
2º Pedrinho (Recife/PE)
3º Piti (Rio de Janeiro/RJ)

(Foto: Marcelo Maragni/Red Bull Photofiles)

Legenda
Jean Pedro (com a bola) sob o olhar atento de Jairzinho, Léo Medrado e Carlinhos Bala (ao fundo)

Reportagem publicada na edição de O Nacional do dia 21 de outubro de 2008

ON # 077 - Frase da semana; Desabafo de um repórter esportivo; Opinião do leitor do Esportes; Colorado por cima; Boleiras

Frase da semana

"Os clubes estão em dificuldade porque não tem gente séria, pensa-se em apenas um negócio, não em investimento a longo prazo"

Delcir Sonda, empresário do futebol

Desabafo de um repórter esportivo


Se, para mim, que pouco ou não vivi os momentos (apenas isso, nem precisavam ser os grandes) de futebol em Passo Fundo, causa tristeza ver a situação melancólica dos maiores estádios da cidade, Vermelhão da Serra e Wolmar Salton, imagine para aqueles que tinham a vida intimamente ligada aos dois clubes. Ainda embarga a voz do ex-zelador do Gaúcho, Pio Dotto, que da varanda de casa vê o tempo destruir o que um dia trabalhou para manter, ao lembrar dos quase 50 anos que viveu as grandes glórias do Periquito. Acontece também com Dona Nair, mãe de milhares de filhos que passaram pelos alojamentos do Passo Fundo. Além dos técnicos, preparadores, gandulas, maqueiros, alguns até trabalhando apenas por amor, e dos profissionais da imprensa esportiva, todos órfãos do futebol de Passo Fundo.

Lembro que quando comecei na crônica esportiva, em 2007, o Passo Fundo disputava apenas o Estadual de Juvenis - era o primeiro ano em que o departamento profissional fechava. Menos mal que vi os primeiros passos de um garoto com muito potencial: Marquinhos. No ano seguinte tive a oportunidade de conhecer uma pessoa fantástica: Ancheta, melhor zagueiro da Copa de 1970. Empolgado, publicava no jornal até escalação de coletivo. A péssima campanha desanimou, mas o segundo semestre prometia com um grande técnico: Celso Freitas. Houve a eliminação, porém, que me custou a vergonha pela emblemática manchete Nem por uma hecatombe, o time que poderia perder por até 3 a 0 - perdeu por 6 -, impôs uma frustração muito grande. Mas tudo foi aprendizado. Esperemos dias melhores. E não reclamem da cobertura apenas da dupla Gre-Nal!

(Foto: Arquivo ON)

Opinião do leitor do Esportes

"Li com surpresa a notícia do afastamento do Lauro Maldaner (ex-vice-presidente) do Passo Fundo. Até então não sabia do ocorrido. Conheço o Lauro, cidadão trabalhador e honesto. Em conversa com ele há uns 20 dias, mostrou-se motivado, falou de vários projetos para o clube, entre eles o de aproveitar a área em frente ao estádio (estacionamento) para a construção de um centro comercial. Posso estar enganado, mas imagino o motivo da tal 'incompatibilidade' (motivo alegado pelo dirigente para o afastamento com menos de 30 dias no cargo). Infelizmente tem muitas 'coisas estranhas' pelos lados do Vermelhão da Serra."

Mano Reschke

Colorados por cima


Em meio a todo esse turbilhão, não poderíamos esquecer o clássico centenário. Supremacia colorada. Duas vitórias em dois jogos. Supremacia de Tite. O técnico nunca perdeu para o adversário. Moral para o Internacional que ganha confiança, para a decisão do meio da semana pela Copa do Brasil e a vaga para a final do Gauchão. Abalo para o Grêmio que em meio a Libertadores, na qual começou mal com empate em casa, vai ter que buscar o segundo turno do Estadual. Roth assando...

(Foto: Jefferson Bernardes/Vipcomm)

Boleiras

Infelizmente, mais uma vez, falhamos com a seção mais procurada desta coluna. Aguardem, na semana que vem, Alex Curran, exuberante loira do cracaço Steven Gerrard.