Futsal: Play Center do Clube Juvenil foi palco, ontem à noite, de uma volta ao passado
Lembre, ou imagine, uma época de times competitivos, ginásio lotado, craques chegando e surgindo, finais, gols. De volta a Passo Fundo, os jogadores que brilharam pela APE (Associação Passo-Fundense de Esportes) e que hoje pararam ou ainda atuam no estado contra jogadores que estão na Europa, criados nas escolinhas da Semeato/Sesi/Clube Juvenil e que tiveram que deixar a cidade.
Craques
Na apresentação dos atletas: Luciano e Chimangão, do lado europeu, Gelson, Clóvis, Giba, Teti e Nê, do lado passo-fundense, destacam-se com mais de cem jogos pela APE. "Isso a gente leva pro resto da vida. Foi um dos momentos mais felizes quando me ligaram para vir. Tantas alegrias, como a classificação para a final diante da ACBF, como tristezas, na final que perdemos para o Inter," emocionou-se o ex-capitão Gélson, que ainda joga pelo Guarani/Rochemback de Espumoso.
Grande rival, Nuno, de Carazinho, campeão italiano pelo Luparense, desta vez era convidado. "Sempre vinha jogar contra, com casa cheia, Passo Fundo era diferente porque sempre tinha um time dificílimo, jogos bastante pegados, torcida ajudando, mas uma rivalidade saudável."
Mauricio Cebola, titular de um dos maiores times da Europa, o El Pozo Múrcia, da Espanha, lembrou os velhos professores. "Guardo grandes lembranças desse ginásio, do Capingui e do Sesi. Voltar à cidade, jogar com pessoas que você aprendeu muito: Gélson, Teti, Clóvis, não tem preço."
O único jogador de futebol na festa era George Lucas, do Celta, da Espanha. "O mais legal é voltar às origens. Hoje estou no campo, todo mundo está no salão, mas saí aos 14 anos, graças ao meu pai, e hoje agradeço a ele. Aliás, tenho a agradecer a todos aqui que me ajudaram a estar onde estou."
O jogo
Festividades à parte, a partida começou bastante pegada, ao estilo. Ninguém queria perder e os veteranos do time passo-fundense deram um cansaço na gurizada européia. Giba, com categoria, abriu o placar aos 14 minutos. Faltando um para o término da primeira etapa, Maurício Cebola empata após lançamento do goleiro Luciano. Muitas bolas na trave de ambas as partes e o empate.
No 2º tempo, Cebola vira aos 11, em passe de Nuno. Na seqüência é a vez de Cebola tocar de calcanhar para Zé Renato, que estufa. Os passo-fundenses vão para cima e no contra-ataque Teti marca. Logo depois Clóvis intercepta e empata o jogo. Faltando 30 segundos, Cebola salva de cabeça. Na seqüência Teti acerta lindo voleio de canhota e decreta a vitória dos "professores".
Passo Fundo 4 x 3 Europa
Jogadores que atuaram em Passo Fundo
Biro (goleiro)
Glauco (goleiro);
Guilherme,
Bonitinho,
Tininho,
Gelson,
Clóvis,
Atílio,
Giba,
Teti,
Nê
Técnico:
Baio
Jogadores que atuam na Europa
Luciano (goleiro);
Maurício Scheleder,
Maurício Cebola,
George Lucas,
Chimangão,
Zé Renato,
Jéferson,
Cristian,
Alemão,
Fischer,
Nuno
Técnico:
Javali
Gols: Europeus: Cebola (2) e Zé Renato; Passo-fundenses: Teti (2), Giba e Clóvis. Arbitragem: Claudionor Ramos (Chorão) e Luiz Evandro Canton
(Fotos: Marcelo Alexandre Becker/ON)
Reportagem publicada em 16 de julho de 2008
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
ON # 062 - Mano dos Mano; Cenas dos próximos capítulos; Golaços made in Passo Fundo; Boleiras...
Mano dos Mano
Contratado pelo Corinthians, Mano Menezes ganhou um bilhete de loteria premiado. Bastava esperar até o final do ano para levar a bolada. Mas quis a competência do treinador e do elenco que o prêmio viesse com seis rodadas de antecedência. Agora ele pode passar no caixa do clube e levar seu R$ 1 milhão para casa. Isso fora o gordo salário, toda exposição na mídia e a especialização em Série B. Agora resta saber se continua, sai ou até começa o lobby para levá-lo à seleção.
(Foto: Divulgação)
Cenas dos próximos capítulos
O Inter pode ajudar o maior rival na reta final do Brasileirão. Isso porque, dos quatro principais adversários gremistas, o Colorado terá dois pela frente. No domingo, o Inter enfrenta o vice-líder São Paulo, no Morumbi. Na penúltima rodada, dia 30 de novembro, o Colorado recebe o Cruzeiro, no estádio Beira-Rio.
Mas ajudar o eterno rival é algo que nem se comenta no Beira-Rio. No sábado, no Mineirão, o presidente do Inter, Vitório Píffero, provocado, disse apenas que o Internacional ainda tem chances de chegar a G4, e para isso lutará até o fim.
Se superar o São Paulo no próximo final de semana mantém as esperanças de lutar por uma vaga na Libertadores da América 2009, ano do centenário do clube, e de quebra dá uma importante ajuda, quase decisiva, ao Grêmio na luta pelo tri.
No returno, o Inter já deu uma força ao Grêmio quando, na mesma semana, recebeu Palmeiras e Flamengo, outros dois inimigos tricolores. Derrotou o Palmeiras por 4 a 1, dia 20 de agosto, e, quatro dias depois, empatou com o Flamengo em 1 a 1.
Golaços made in Passo Fundo
Felipe, formado nas categorias de base do Passo Fundo, foi o autor da bucha da rodada do Brasileiro. Mesmo perto dos 30 (como passa!) o atacante do Náutico continua guardando os seus e sendo decisivo para manutenção do Timbu fora da zona de rebaixamento. Pena que o resto do time não ajuda muito. Situação igual é a de outro passo-fundense: Marquinho, do Figueirense. O polivalente jogador pelo lado esquerdo marcou dois contra o Vasco e tenta manter o Figueira na Série A.
(Foto: Divulgação)
Boleiras...
Alguém já ouviu falar do striker do pequeno Doncaster Rovers, 3ª divisão da Inglaterra, Darren Byfield? Não né! Mas com certeza ninguém vai esquecer da cantora e compositora Jamelia, conquista do atacante jamaicano de 27 anos. Ela é mais uma que está no ranking das 50 mulheres de jogador mais sexies. Filha de pai do Zimbábue e mãe da Jamaica, essa inglesa de 27 anos que já tem dois filhos, assinou com uma gravadora aos 15. Que sorte do coelho da foto hein!
(Foto: Divulgação)
Contratado pelo Corinthians, Mano Menezes ganhou um bilhete de loteria premiado. Bastava esperar até o final do ano para levar a bolada. Mas quis a competência do treinador e do elenco que o prêmio viesse com seis rodadas de antecedência. Agora ele pode passar no caixa do clube e levar seu R$ 1 milhão para casa. Isso fora o gordo salário, toda exposição na mídia e a especialização em Série B. Agora resta saber se continua, sai ou até começa o lobby para levá-lo à seleção.
(Foto: Divulgação)
Cenas dos próximos capítulos
O Inter pode ajudar o maior rival na reta final do Brasileirão. Isso porque, dos quatro principais adversários gremistas, o Colorado terá dois pela frente. No domingo, o Inter enfrenta o vice-líder São Paulo, no Morumbi. Na penúltima rodada, dia 30 de novembro, o Colorado recebe o Cruzeiro, no estádio Beira-Rio.
Mas ajudar o eterno rival é algo que nem se comenta no Beira-Rio. No sábado, no Mineirão, o presidente do Inter, Vitório Píffero, provocado, disse apenas que o Internacional ainda tem chances de chegar a G4, e para isso lutará até o fim.
Se superar o São Paulo no próximo final de semana mantém as esperanças de lutar por uma vaga na Libertadores da América 2009, ano do centenário do clube, e de quebra dá uma importante ajuda, quase decisiva, ao Grêmio na luta pelo tri.
No returno, o Inter já deu uma força ao Grêmio quando, na mesma semana, recebeu Palmeiras e Flamengo, outros dois inimigos tricolores. Derrotou o Palmeiras por 4 a 1, dia 20 de agosto, e, quatro dias depois, empatou com o Flamengo em 1 a 1.
Golaços made in Passo Fundo
Felipe, formado nas categorias de base do Passo Fundo, foi o autor da bucha da rodada do Brasileiro. Mesmo perto dos 30 (como passa!) o atacante do Náutico continua guardando os seus e sendo decisivo para manutenção do Timbu fora da zona de rebaixamento. Pena que o resto do time não ajuda muito. Situação igual é a de outro passo-fundense: Marquinho, do Figueirense. O polivalente jogador pelo lado esquerdo marcou dois contra o Vasco e tenta manter o Figueira na Série A.
(Foto: Divulgação)
Boleiras...
Alguém já ouviu falar do striker do pequeno Doncaster Rovers, 3ª divisão da Inglaterra, Darren Byfield? Não né! Mas com certeza ninguém vai esquecer da cantora e compositora Jamelia, conquista do atacante jamaicano de 27 anos. Ela é mais uma que está no ranking das 50 mulheres de jogador mais sexies. Filha de pai do Zimbábue e mãe da Jamaica, essa inglesa de 27 anos que já tem dois filhos, assinou com uma gravadora aos 15. Que sorte do coelho da foto hein!
(Foto: Divulgação)
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Com a missão de fazer gols
Futsal: passo-fundense Zé Renato acerta transferência para o Lazio Colleferro, da primeira divisão italiana. Pivô estava perto de marcar 100 gols pelo Torrino, da série A2
Zé Renato, número 3, vai ter como principal adversário o Luparense, de Nuno, número 24
Mesmo no Brasil, o pivô passo-fundense Zé Renato segue fazendo sucesso no futsal italiano. Depois de três excelentes temporadas pelo Torrino, de Roma, da 2ª divisão, o jogador foi a grande negociação da abertura da janela de transferências na Itália. Zé Renato foi para o Lazio Colleferro, da região metropolitana de Roma, mas da 1ª divisão. A "cartelina", termo italiano para o passe, foi negociada em 60 mil euros, cerca de R$ 150 mil, valor considerado alto para o futsal, por três anos de contrato.
Sem mudanças
Zé Renato não vai precisar nem se mudar, já que a cidade de Colleferro fica próxima de onde o passo-fundense mora em Roma. O interesse do Lazio no pivô surgiu, além da vizinhança, por ter sido uma vez artilheiro e duas vezes vice na série A2 do futsal italiano. Zé Renato inclusive diz que o nível das duas competições é bastante equilibrado. Mas na série A1, admite, há maior visibilidade.
No Torrino, o passo-fundense vai deixar saudades: faltavam 13 gols para os 100 pelo clube romano. Tanto que Zé Renato era o único jogador da divisão convocado para a seleção italiana - foram quatro chamados, mas o principal, para o Mundial que será realizado em outubro no Brasil, não aconteceu. Porém, o pivô não desanima. "Tenho apenas 24 anos, ainda tenho estrada na seleção." A Itália já conta com o brasileiro Bacaro, companheiro de Maurício Cebola no El Pozo Murcia da Espanha.
Pressão de pivô
No Lazio Colleferro, que não possui vínculo com a Lazio do futebol de campo, Zé Renato vai ter a companhia dos brasileiros Douglas Corsini, fixo também da seleção, Marcelinho, ala contratado, e do técnico Mathias Lamers. "Saíram três ou quatro jogadores brasileiros também, mas agora é que começam as transferências porque o campeonato começa em outubro. Me apresento em setembro."
Por ser uma contratação grande e cara, o pivô sabe da pressão para levar o time ao título na próxima temporada. "Na Itália só se gasta mesmo no homem de frente, que é o que coloca a bola para dentro. O Lazio está fazendo um grande investimento e a mim só cabe demonstrar em quadra com gols." O time romano chegou ao playoff final da Série A1 na última temporada, mas acabou em quarto lugar. O campeão foi a Luparense, pela segunda vez, do ala carazinhense Nuno.
Histórico
Zé Renato começou nas categorias de base da Semeato. Com 17 anos estava nos profissionais do extinto time da Associação Passo-fundense de Esportes. Depois jogou no Atlântico, de Erechim, na ATF, de Tapejara, e no Joaçaba, em Santa Catarina. Quando estava no time catarinense recebeu a proposta para jogar na Europa. Na primeira temporada na Itália fez 24 gols em 18 jogos. Na segunda viveu a melhor fase, quando fez 38. O faro de gol do bisneto de italiano o levou à seleção.
Zé Renato
Nome: José Renato Mello
Nascimento: 08/09/1983
Local: Passo Fundo/RS
Posição: Pivô Nº: 9
Altura: 1,90 m Peso: 85 kg
Clubes: APE, Atlântico, ATF, Joaçaba, Torrino, Lazio Colleferro
Reportagem publicada em 6 de agosto deste ano.
Zé Renato, número 3, vai ter como principal adversário o Luparense, de Nuno, número 24
Mesmo no Brasil, o pivô passo-fundense Zé Renato segue fazendo sucesso no futsal italiano. Depois de três excelentes temporadas pelo Torrino, de Roma, da 2ª divisão, o jogador foi a grande negociação da abertura da janela de transferências na Itália. Zé Renato foi para o Lazio Colleferro, da região metropolitana de Roma, mas da 1ª divisão. A "cartelina", termo italiano para o passe, foi negociada em 60 mil euros, cerca de R$ 150 mil, valor considerado alto para o futsal, por três anos de contrato.
Sem mudanças
Zé Renato não vai precisar nem se mudar, já que a cidade de Colleferro fica próxima de onde o passo-fundense mora em Roma. O interesse do Lazio no pivô surgiu, além da vizinhança, por ter sido uma vez artilheiro e duas vezes vice na série A2 do futsal italiano. Zé Renato inclusive diz que o nível das duas competições é bastante equilibrado. Mas na série A1, admite, há maior visibilidade.
No Torrino, o passo-fundense vai deixar saudades: faltavam 13 gols para os 100 pelo clube romano. Tanto que Zé Renato era o único jogador da divisão convocado para a seleção italiana - foram quatro chamados, mas o principal, para o Mundial que será realizado em outubro no Brasil, não aconteceu. Porém, o pivô não desanima. "Tenho apenas 24 anos, ainda tenho estrada na seleção." A Itália já conta com o brasileiro Bacaro, companheiro de Maurício Cebola no El Pozo Murcia da Espanha.
Pressão de pivô
No Lazio Colleferro, que não possui vínculo com a Lazio do futebol de campo, Zé Renato vai ter a companhia dos brasileiros Douglas Corsini, fixo também da seleção, Marcelinho, ala contratado, e do técnico Mathias Lamers. "Saíram três ou quatro jogadores brasileiros também, mas agora é que começam as transferências porque o campeonato começa em outubro. Me apresento em setembro."
Por ser uma contratação grande e cara, o pivô sabe da pressão para levar o time ao título na próxima temporada. "Na Itália só se gasta mesmo no homem de frente, que é o que coloca a bola para dentro. O Lazio está fazendo um grande investimento e a mim só cabe demonstrar em quadra com gols." O time romano chegou ao playoff final da Série A1 na última temporada, mas acabou em quarto lugar. O campeão foi a Luparense, pela segunda vez, do ala carazinhense Nuno.
Histórico
Zé Renato começou nas categorias de base da Semeato. Com 17 anos estava nos profissionais do extinto time da Associação Passo-fundense de Esportes. Depois jogou no Atlântico, de Erechim, na ATF, de Tapejara, e no Joaçaba, em Santa Catarina. Quando estava no time catarinense recebeu a proposta para jogar na Europa. Na primeira temporada na Itália fez 24 gols em 18 jogos. Na segunda viveu a melhor fase, quando fez 38. O faro de gol do bisneto de italiano o levou à seleção.
Zé Renato
Nome: José Renato Mello
Nascimento: 08/09/1983
Local: Passo Fundo/RS
Posição: Pivô Nº: 9
Altura: 1,90 m Peso: 85 kg
Clubes: APE, Atlântico, ATF, Joaçaba, Torrino, Lazio Colleferro
Reportagem publicada em 6 de agosto deste ano.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
ON # 061 - O falso ídolo; Tudo que nos é peculiar; Boleiras...
O falso ídolo
Deu a lógica. O título do Brasil foi mais que merecido. Jogava em casa, com o apoio da torcida, um técnico à altura da seleção e os melhores jogadores.
Mas o melhor jogador nem sempre é o mais técnico, o mais habilidoso, o artilheiro. O melhor pode ser o decisivo, o que mostra raça e, especialmente, sabedoria. Fatalmente, esse sujeito, assim como o outro, transforma-se em ídolo.
Falcão, pela técnica, habilidade e faro de gol, deve ser copiado. Só. Antes da final disse que se o Brasil saísse derrotado se aposentaria da seleção. Caso vencesse, permaneceria. Quer dizer, na ruim ele sairia, na boa ficaria.
Na final, provocou, machucou, não jogou mais e ainda protagonizou um momento que apaga a bela apresentação no Mundial, que lhe rendeu o título de melhor jogador.
Quando a patética torcida carioca vaiou os espanhóis, o ídolo deu mau exemplo pedindo para que o coro de "timinho", entoado naquele momento, aumentasse. Ele inclusive admitiu ao final que havia provocado os espanhóis. Falcão não pode chamar a Espanha de "timinho". Perdeu em semifinal de Copa para eles. Depois, os ibéricos perderam apenas no último pênalti e fizeram uma grande final.
O melhor é que quase todos melhores jogadores do Brasil aplaudiram os espanhóis ao final, até porque muitos deles ganham a vida naquele país e lá são ídolos.
Schumacher, também se machucou, continuou jogando, bateu pênalti, mostrou raça. Sem falar em Vinícius, Ciço, Marquinho, Tiago, enfim vários. Qualquer um deles poderia ser o melhor. Dizem que Falcão é o melhor de todos os tempos... Sei não.
(Foto: Fifa.com)
Tudo que nos é peculiar
A torcida mostrou mais uma vez toda sua educação no quesito ser anfitriã. Foi um bom cartaz para a Copa do Mundo de 2014 e a candidatura para os Jogos Olímpicos de 2016. Vaiou os espanhóis depois da final, no Maracanãzinho, mostrando todo nosso provincianismo e cultura que nos é peculiar quando se trata de relações internacionais. Tudo incentivado pelo nosso craque, depois devidamente premiado pela Fifa, o jogador Falcão. Depois não adianta falar dos venezuelanos que vaiaram o hino nacional no confronto da seleção brasileira em Puerto la Cruz...
(Foto: Fifa.com)
Boleiras...
Para não ficar nesse clima azedo, algo para adoçar os olhos e a mente. Seguindo com o ranking das 50 mulheres de perna-de-pau, craque, ilustre anônimo e bonitão mais sexies, apresentamos hoje a bela modelo sueca Helen Svedin, conhecida por ser esposa do português Luís Figo. Aos 32 anos e três filhos com o craque da Internazionale, essa nórdica mostra que ainda bate um bolão. Ela inclusive ficou famosa por ter sido eleita a mulher de jogador mais bela da Copa do Mundo 2002.
(Foto: Divulgação)
Deu a lógica. O título do Brasil foi mais que merecido. Jogava em casa, com o apoio da torcida, um técnico à altura da seleção e os melhores jogadores.
Mas o melhor jogador nem sempre é o mais técnico, o mais habilidoso, o artilheiro. O melhor pode ser o decisivo, o que mostra raça e, especialmente, sabedoria. Fatalmente, esse sujeito, assim como o outro, transforma-se em ídolo.
Falcão, pela técnica, habilidade e faro de gol, deve ser copiado. Só. Antes da final disse que se o Brasil saísse derrotado se aposentaria da seleção. Caso vencesse, permaneceria. Quer dizer, na ruim ele sairia, na boa ficaria.
Na final, provocou, machucou, não jogou mais e ainda protagonizou um momento que apaga a bela apresentação no Mundial, que lhe rendeu o título de melhor jogador.
Quando a patética torcida carioca vaiou os espanhóis, o ídolo deu mau exemplo pedindo para que o coro de "timinho", entoado naquele momento, aumentasse. Ele inclusive admitiu ao final que havia provocado os espanhóis. Falcão não pode chamar a Espanha de "timinho". Perdeu em semifinal de Copa para eles. Depois, os ibéricos perderam apenas no último pênalti e fizeram uma grande final.
O melhor é que quase todos melhores jogadores do Brasil aplaudiram os espanhóis ao final, até porque muitos deles ganham a vida naquele país e lá são ídolos.
Schumacher, também se machucou, continuou jogando, bateu pênalti, mostrou raça. Sem falar em Vinícius, Ciço, Marquinho, Tiago, enfim vários. Qualquer um deles poderia ser o melhor. Dizem que Falcão é o melhor de todos os tempos... Sei não.
(Foto: Fifa.com)
Tudo que nos é peculiar
A torcida mostrou mais uma vez toda sua educação no quesito ser anfitriã. Foi um bom cartaz para a Copa do Mundo de 2014 e a candidatura para os Jogos Olímpicos de 2016. Vaiou os espanhóis depois da final, no Maracanãzinho, mostrando todo nosso provincianismo e cultura que nos é peculiar quando se trata de relações internacionais. Tudo incentivado pelo nosso craque, depois devidamente premiado pela Fifa, o jogador Falcão. Depois não adianta falar dos venezuelanos que vaiaram o hino nacional no confronto da seleção brasileira em Puerto la Cruz...
(Foto: Fifa.com)
Boleiras...
Para não ficar nesse clima azedo, algo para adoçar os olhos e a mente. Seguindo com o ranking das 50 mulheres de perna-de-pau, craque, ilustre anônimo e bonitão mais sexies, apresentamos hoje a bela modelo sueca Helen Svedin, conhecida por ser esposa do português Luís Figo. Aos 32 anos e três filhos com o craque da Internazionale, essa nórdica mostra que ainda bate um bolão. Ela inclusive ficou famosa por ter sido eleita a mulher de jogador mais bela da Copa do Mundo 2002.
(Foto: Divulgação)
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
"A Lei Pelé acabou com o futebol do interior"
Futebol: em entrevista coletiva no estádio Vermelhão da Serra, o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelletto Neto, falou sobre a copa do segundo semestre, televisão, Lei Pelé e futebol do interior
- Como será o campeonato do segundo semestre?
Francisco Novelletto Neto - O início será em 17 de agosto. Temos a assembléia nesta segunda-feira. Devemos ter 25 equipes. Vinte confirmaram, sem o Passo Fundo ainda, que é a boa notícia.
Quando cheguei dei uma espiada no estádio, faz uns quatro ou cinco anos que não passo pelo Vermelhão. Chegou a dar uma dor no coração, ver um estádio desse, com capacidade para quase 20 mil lugares, não tendo um representante na primeira divisão do estado. O momento é de darmos as mãos, direção do Passo Fundo, imprensa, comunidade, empresários, e, aos poucos, formar uma base. Acredito que o momento é essa copa do segundo semestre. Não tem que entrar para ganhar. Você tem que formar um grupo para no ano que vem buscar dez atletas mais experientes e formar uma grande equipe. Não pode ter o exemplo aqui do lado, do Glória de Vacaria, que teve um investimento de mais de R$ 100 mil, com jogadores que não tinham vínculo com a cidade. Outro exemplo é o 15 de Campo Bom, que contrata um time inteiro, sem vínculo com o clube, sabendo que em três meses termina o campeonato, o clube vai fechar, os jogadores já pensam em outros contratos e acontece o que aconteceu, um baita investimento e a queda para a segunda divisão.
Então é fundamental hoje, com a Lei Pelé, onde o jogador só pensa em novo contrato, sempre querendo mais, você ter no mínimo 50% de jogadores com vínculo com o clube e com a cidade.
- Qual a possibilidade dos jogos serem realizados pelas manhãs?
FN - A televisão hoje é um mal necessário. Os grandes clubes do futebol brasileiro, e do futebol gaúcho também, vivem hoje da renda da TV, porque a da bilheteria, com os impostos e taxas, acaba sobrando pouco. Além dos ingressos estarem muito defasados. Lembro que em 1994 o ingresso para o Gauchão era R$ 10. Hoje continua o mesmo preço. Agora mesmo o presidente de um grande clube da Série C do Brasileiro me pediu permissão para baixar o ingresso para R$ 5. Então dependemos da televisão, haja vista o futebol gaúcho esse ano, onde cada clube recebeu média de R$ 350 mil em direitos. Temos que obedecer o horário da TV, ser criativos e buscar alternativas. O horário da manhã é muito bom, mas somente aos domingos. Seria uma alternativa.
- Como serão os custos para os clubes participantes?
FN - Somos conscientes das dificuldades que os clubes atravessam, então vamos bancar o campeonato novamente. A partir do ano que vem vamos construir a nova sede da federação. Então vamos passar momentos difíceis, que a federação não vai principalmente arcar com a arbitragem. Porque são custos da federação: ingresso, seguros, bolas, transferências, registros. Esses abrimos mão, o que seria nossa principal renda. Mas, além disso, pagamos a arbitragem, que em média, em uma copa do segundo semestre, com 25 clubes, custa R$ 500 mil, direto para os cofres do sindicato.
Então vamos bancar novamente e correr atrás de patrocinador. Na Segunda gastamos R$ 1 milhão e conseguimos patrocinador de R$ 100 mil. A federação teve prejuízo de R$ 900 mil. Mas não somos banco. Aplicação deixamos para o Banrisul. O que arrecadamos investimos em futebol. Conheço federações que tem R$ 22 milhões aplicados. É banco ou é uma entidade voltada para o futebol?
"Parece que o culpado de todas as coisas erradas que acontecem no nosso país é o futebol. Pelo contrário, é o maior orgulho desse país"
- Qual a importância dessa copa do segundo semestre?
FN - A copa do segundo semestre é para movimentar os clubes. Quando assumi, em 2004, houve várias reportagens de atletas profissionais sobrevivendo com cestas básicas do sindicato dos atletas. Jogava três ou quatro meses o Gauchão e não tinha mais campeonato o restante do ano. Então nós criamos a copa do segundo semestre para dar emprego, mas com a federação bancando.
Tenho um clube que é o São José (da capital). Nunca nos foi franqueado um formulário. Então não é que não existia a copa do segundo semestre, é que toda ela era custeada pelos clubes, então não havia interesse. Agora com a federação bancando estão quase 25 clubes jogando o ano inteiro. A própria segunda divisão, que é um campeonato interessante porque dá uma vaga para a primeira, se não fosse a federação bancar, viriam no máximo 10. Em um ano começaram com oito equipes e terminaram seis na Segundona. Dois desistiram na metade do caminho. E seria a realidade hoje.
- Alguns estádios não têm condições para disputa de qualquer competição. Qual a sua opinião?
FN - Existem dois ou três clubes que realmente deixam a desejar. Só que eles são conscientes. Eles podem jogar a segunda divisão e não a primeira com aqueles estádios. É o caso da Sapucaiense. Não é a federação que diz, pode ou não vetar o estádio. Eu vetei um ano o Panambi. Mas é a realidade da segunda divisão. Vou responder a mesma coisa que disse para um colega de vocês de Pelotas. Em determinado estádio ele me disse: 'presidente, esse estádio não tem condições de jogar uma segunda divisão. Olha aqui na Boca do Lobo, um estádio que oferece condições para a torcida, para a imprensa, lá tinha três cabines, nós estávamos em cinco transmitindo.' Eu respondi: é a realidade da segunda divisão. Aquele clube está certo. O que não está certo é o Pelotas. Isso vale para o Passo Fundo. Muitos dos clubes da segunda divisão estão certos, o que está errado é o Passo Fundo que não poderia estar em uma segunda divisão. Não me interpretem mal.
O Nacional - O futebol acabou no interior do estado?
FN - Se não fosse a federação eu fechava contigo. É a famigerada Lei Pelé. Quando comecei com o São José em 1994, nos primeiros cinco anos não tirei um centavo do bolso. Era empréstimo do Ernestina, que me rendeu bastante. Você tinha consumo interno. Você emprestava jogador, pagava R$ 30 mil, tinha a venda de outro, então dava para se manter. Assim fazia o Passo Fundo, o Ypiranga, todo mundo que tinha aquele atleta que o clube queria emprestar. Não era nem venda.
Agora com a Lei Pelé, para tirar o investimento é muito difícil, porque o menino até os 16 anos está livre. Depois pode fazer três anos de contrato. Mas os clubes pequenos não podem colocar uma multa rescisória alta, porque tem que pagar um salário alto, então 99% dos atletas registrados na federação, que não seja de Grêmio, Internacional e Juventude, é pelo piso. Como você vai pagar os encargos sobre um salário alto? Então os coitados do São José, do Passo Fundo, acham que o jogador está seguro na federação. Porque é 100 vezes a multa rescisória sobre o valor que ele ganha. Ainda, o atleta indo lá pedir rescisão, tem 50% de desconto. Então essa moda não pegou ainda. Você tira qualquer jogador da federação e só avisa o clube: 'estou depositando tanto do teu jogador', porque é a lei, ela dá o direito. A Lei Pelé acabou com o futebol do interior.
Parece que todas as coisas erradas que acontecem no nosso país o culpado é o futebol. Pelo contrário, é o maior orgulho desse país. Para o futebol você é vigarista, quer dar o golpe, roubar, lavar dinheiro. Não sabem o que a gente põe do bolso, por uma paixão, um vínculo com o clube, com a comunidade, com a cidade. Você acaba deixando a família de lado, afazeres, negócio, botando dinheiro do bolso, e ainda sai sendo chamado de ladrão. Eu diria que hoje roubar de um clube é história de rato de igreja: vai comer o quê? Está todo mundo quebrado, vai roubar de quem?
(Fotos: Marcelo Alexandre Becker/ON)
Entrevista publicada no dia 11 de julho deste ano.
- Como será o campeonato do segundo semestre?
Francisco Novelletto Neto - O início será em 17 de agosto. Temos a assembléia nesta segunda-feira. Devemos ter 25 equipes. Vinte confirmaram, sem o Passo Fundo ainda, que é a boa notícia.
Quando cheguei dei uma espiada no estádio, faz uns quatro ou cinco anos que não passo pelo Vermelhão. Chegou a dar uma dor no coração, ver um estádio desse, com capacidade para quase 20 mil lugares, não tendo um representante na primeira divisão do estado. O momento é de darmos as mãos, direção do Passo Fundo, imprensa, comunidade, empresários, e, aos poucos, formar uma base. Acredito que o momento é essa copa do segundo semestre. Não tem que entrar para ganhar. Você tem que formar um grupo para no ano que vem buscar dez atletas mais experientes e formar uma grande equipe. Não pode ter o exemplo aqui do lado, do Glória de Vacaria, que teve um investimento de mais de R$ 100 mil, com jogadores que não tinham vínculo com a cidade. Outro exemplo é o 15 de Campo Bom, que contrata um time inteiro, sem vínculo com o clube, sabendo que em três meses termina o campeonato, o clube vai fechar, os jogadores já pensam em outros contratos e acontece o que aconteceu, um baita investimento e a queda para a segunda divisão.
Então é fundamental hoje, com a Lei Pelé, onde o jogador só pensa em novo contrato, sempre querendo mais, você ter no mínimo 50% de jogadores com vínculo com o clube e com a cidade.
- Qual a possibilidade dos jogos serem realizados pelas manhãs?
FN - A televisão hoje é um mal necessário. Os grandes clubes do futebol brasileiro, e do futebol gaúcho também, vivem hoje da renda da TV, porque a da bilheteria, com os impostos e taxas, acaba sobrando pouco. Além dos ingressos estarem muito defasados. Lembro que em 1994 o ingresso para o Gauchão era R$ 10. Hoje continua o mesmo preço. Agora mesmo o presidente de um grande clube da Série C do Brasileiro me pediu permissão para baixar o ingresso para R$ 5. Então dependemos da televisão, haja vista o futebol gaúcho esse ano, onde cada clube recebeu média de R$ 350 mil em direitos. Temos que obedecer o horário da TV, ser criativos e buscar alternativas. O horário da manhã é muito bom, mas somente aos domingos. Seria uma alternativa.
- Como serão os custos para os clubes participantes?
FN - Somos conscientes das dificuldades que os clubes atravessam, então vamos bancar o campeonato novamente. A partir do ano que vem vamos construir a nova sede da federação. Então vamos passar momentos difíceis, que a federação não vai principalmente arcar com a arbitragem. Porque são custos da federação: ingresso, seguros, bolas, transferências, registros. Esses abrimos mão, o que seria nossa principal renda. Mas, além disso, pagamos a arbitragem, que em média, em uma copa do segundo semestre, com 25 clubes, custa R$ 500 mil, direto para os cofres do sindicato.
Então vamos bancar novamente e correr atrás de patrocinador. Na Segunda gastamos R$ 1 milhão e conseguimos patrocinador de R$ 100 mil. A federação teve prejuízo de R$ 900 mil. Mas não somos banco. Aplicação deixamos para o Banrisul. O que arrecadamos investimos em futebol. Conheço federações que tem R$ 22 milhões aplicados. É banco ou é uma entidade voltada para o futebol?
"Parece que o culpado de todas as coisas erradas que acontecem no nosso país é o futebol. Pelo contrário, é o maior orgulho desse país"
- Qual a importância dessa copa do segundo semestre?
FN - A copa do segundo semestre é para movimentar os clubes. Quando assumi, em 2004, houve várias reportagens de atletas profissionais sobrevivendo com cestas básicas do sindicato dos atletas. Jogava três ou quatro meses o Gauchão e não tinha mais campeonato o restante do ano. Então nós criamos a copa do segundo semestre para dar emprego, mas com a federação bancando.
Tenho um clube que é o São José (da capital). Nunca nos foi franqueado um formulário. Então não é que não existia a copa do segundo semestre, é que toda ela era custeada pelos clubes, então não havia interesse. Agora com a federação bancando estão quase 25 clubes jogando o ano inteiro. A própria segunda divisão, que é um campeonato interessante porque dá uma vaga para a primeira, se não fosse a federação bancar, viriam no máximo 10. Em um ano começaram com oito equipes e terminaram seis na Segundona. Dois desistiram na metade do caminho. E seria a realidade hoje.
- Alguns estádios não têm condições para disputa de qualquer competição. Qual a sua opinião?
FN - Existem dois ou três clubes que realmente deixam a desejar. Só que eles são conscientes. Eles podem jogar a segunda divisão e não a primeira com aqueles estádios. É o caso da Sapucaiense. Não é a federação que diz, pode ou não vetar o estádio. Eu vetei um ano o Panambi. Mas é a realidade da segunda divisão. Vou responder a mesma coisa que disse para um colega de vocês de Pelotas. Em determinado estádio ele me disse: 'presidente, esse estádio não tem condições de jogar uma segunda divisão. Olha aqui na Boca do Lobo, um estádio que oferece condições para a torcida, para a imprensa, lá tinha três cabines, nós estávamos em cinco transmitindo.' Eu respondi: é a realidade da segunda divisão. Aquele clube está certo. O que não está certo é o Pelotas. Isso vale para o Passo Fundo. Muitos dos clubes da segunda divisão estão certos, o que está errado é o Passo Fundo que não poderia estar em uma segunda divisão. Não me interpretem mal.
O Nacional - O futebol acabou no interior do estado?
FN - Se não fosse a federação eu fechava contigo. É a famigerada Lei Pelé. Quando comecei com o São José em 1994, nos primeiros cinco anos não tirei um centavo do bolso. Era empréstimo do Ernestina, que me rendeu bastante. Você tinha consumo interno. Você emprestava jogador, pagava R$ 30 mil, tinha a venda de outro, então dava para se manter. Assim fazia o Passo Fundo, o Ypiranga, todo mundo que tinha aquele atleta que o clube queria emprestar. Não era nem venda.
Agora com a Lei Pelé, para tirar o investimento é muito difícil, porque o menino até os 16 anos está livre. Depois pode fazer três anos de contrato. Mas os clubes pequenos não podem colocar uma multa rescisória alta, porque tem que pagar um salário alto, então 99% dos atletas registrados na federação, que não seja de Grêmio, Internacional e Juventude, é pelo piso. Como você vai pagar os encargos sobre um salário alto? Então os coitados do São José, do Passo Fundo, acham que o jogador está seguro na federação. Porque é 100 vezes a multa rescisória sobre o valor que ele ganha. Ainda, o atleta indo lá pedir rescisão, tem 50% de desconto. Então essa moda não pegou ainda. Você tira qualquer jogador da federação e só avisa o clube: 'estou depositando tanto do teu jogador', porque é a lei, ela dá o direito. A Lei Pelé acabou com o futebol do interior.
Parece que todas as coisas erradas que acontecem no nosso país o culpado é o futebol. Pelo contrário, é o maior orgulho desse país. Para o futebol você é vigarista, quer dar o golpe, roubar, lavar dinheiro. Não sabem o que a gente põe do bolso, por uma paixão, um vínculo com o clube, com a comunidade, com a cidade. Você acaba deixando a família de lado, afazeres, negócio, botando dinheiro do bolso, e ainda sai sendo chamado de ladrão. Eu diria que hoje roubar de um clube é história de rato de igreja: vai comer o quê? Está todo mundo quebrado, vai roubar de quem?
(Fotos: Marcelo Alexandre Becker/ON)
Entrevista publicada no dia 11 de julho deste ano.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
ON # 060 - "Premiozinho", Another Brick in The Wall; Boleiras...
"Premiozinho"
Recentemente o dominical Esporte Espetacular exibiu oportuna reportagem com os boleiros do Catar.
Araújo, ex-Cruzeiro, que bateu o recorde de gols local do argentino Gabriel Omar Batistuta, e o maior jogador da história colorada, Fernandão, atuam pelo Al-Gharafa (tem lugar pro Fabiano? - que maldade!), treinados pelo brasileiro Marcos Paquetá. Por esse time passaram Marcel Desailly, Sonny Anderson e Rodrigo Mendes.
No Al-Sadd estão a fera dos reservados Emerson Leão e o eterno Felipe, ex-Vasco. Essa camisa já vestiu Romário e Abedi Pelé.
Ricardinho, ex-Corinthians, jogador mais odiado pela boleirada em razão da fama de "traíra", e Aloísio, ex-São Paulo estão no Al-Rayyan, sob o comando de Paulo Autuori. Nas fileiras do clube já passaram os irmãos De Boer e o penta Roque "Predator" Junior.
Mas é no Qatar Sports Club que duas das maiores feras do futebol nacional estão lado a lado: Marcinho Balada, ex-Flamengo, e Roger Galera Flores, que deixou um mar de lágrimas no Olímpico - aposto que será reforço para Libertadores. Para domá-los Sebastião Lazaroni. Reunir feras não é novidade: o pioneiro foi Cláudio Caniggia.
A reportagem mostrava o Sr. Secco sendo escolhido o melhor em campo em uma "partidinha". Como recompensa, a ninharia de US$ 7 mil.
(Foto: Divulgação)
Another Brick in The Wall
Por falar em Catar, em 2010, quando terminar de ser construído na capital Doha, o The Wall será o primeiro estádio subterrâneo do mundo.
Apelidado de laptop por razões óbvias, ele não terá holofotes tradicionais: as luzes serão embutidas na estrutura de modo a criar um visual futurístico.
Ao que parece, o projeto subterrâneo servirá como um tipo de sistema natural de ar-condicionado para espantar as temperaturas de mais de 50º.
Espera-se que o Wall receba grandes partidas de futebol no futuro: o problema é a limitada capacidade de 11 mil espectadores.
Pra falar a verdade, parece que priorizaram o design. Por que outra razão você construiria um estádio tão pequeno em um terreno tão grande?
(Foto: Divulgação)
Boleiras...
Muitas foram as cartas e e-mails recebidas protestando contra o fim da seção Boleiros do TTSLF, espécie de Que Fim Levou, do marqueteiro Milton Neves, contemporânea, que mostrava o "como era e como está" da boleirada atual.
Para não agradar o leitor, começo hoje nova seção, agora com as boleiras, mas não aquelas que ralam nos gramados como Marta e Cia.
O tema serão as grandes conquistas dos nossos craques mundiais. Aquelas capas de revista que só eles conseguem levar pra casa. Muitas delas sofrem com a alcunha de "Maria Chuteira", mas aqui, assim como eles, elas serão idolatradas.
No ranking das 50 mais sexy você vai ver mulher de perna-de-pau, de craque, de ilustre desconhecido, de bonitão, além, é claro, daquelas que você pensa "meu Deus, como (ela) consegue..."
A bela ragazza de hoje tem 23 anos, é modelo, atriz, apresentadora de TV e já foi miss Itália. Francesca Chillemi é (ou foi, vai saber...) esposa do promissor meio-campo da Roma, Alberto Aquilani.
(Foto: Divulgação)
Recentemente o dominical Esporte Espetacular exibiu oportuna reportagem com os boleiros do Catar.
Araújo, ex-Cruzeiro, que bateu o recorde de gols local do argentino Gabriel Omar Batistuta, e o maior jogador da história colorada, Fernandão, atuam pelo Al-Gharafa (tem lugar pro Fabiano? - que maldade!), treinados pelo brasileiro Marcos Paquetá. Por esse time passaram Marcel Desailly, Sonny Anderson e Rodrigo Mendes.
No Al-Sadd estão a fera dos reservados Emerson Leão e o eterno Felipe, ex-Vasco. Essa camisa já vestiu Romário e Abedi Pelé.
Ricardinho, ex-Corinthians, jogador mais odiado pela boleirada em razão da fama de "traíra", e Aloísio, ex-São Paulo estão no Al-Rayyan, sob o comando de Paulo Autuori. Nas fileiras do clube já passaram os irmãos De Boer e o penta Roque "Predator" Junior.
Mas é no Qatar Sports Club que duas das maiores feras do futebol nacional estão lado a lado: Marcinho Balada, ex-Flamengo, e Roger Galera Flores, que deixou um mar de lágrimas no Olímpico - aposto que será reforço para Libertadores. Para domá-los Sebastião Lazaroni. Reunir feras não é novidade: o pioneiro foi Cláudio Caniggia.
A reportagem mostrava o Sr. Secco sendo escolhido o melhor em campo em uma "partidinha". Como recompensa, a ninharia de US$ 7 mil.
(Foto: Divulgação)
Another Brick in The Wall
Por falar em Catar, em 2010, quando terminar de ser construído na capital Doha, o The Wall será o primeiro estádio subterrâneo do mundo.
Apelidado de laptop por razões óbvias, ele não terá holofotes tradicionais: as luzes serão embutidas na estrutura de modo a criar um visual futurístico.
Ao que parece, o projeto subterrâneo servirá como um tipo de sistema natural de ar-condicionado para espantar as temperaturas de mais de 50º.
Espera-se que o Wall receba grandes partidas de futebol no futuro: o problema é a limitada capacidade de 11 mil espectadores.
Pra falar a verdade, parece que priorizaram o design. Por que outra razão você construiria um estádio tão pequeno em um terreno tão grande?
(Foto: Divulgação)
Boleiras...
Muitas foram as cartas e e-mails recebidas protestando contra o fim da seção Boleiros do TTSLF, espécie de Que Fim Levou, do marqueteiro Milton Neves, contemporânea, que mostrava o "como era e como está" da boleirada atual.
Para não agradar o leitor, começo hoje nova seção, agora com as boleiras, mas não aquelas que ralam nos gramados como Marta e Cia.
O tema serão as grandes conquistas dos nossos craques mundiais. Aquelas capas de revista que só eles conseguem levar pra casa. Muitas delas sofrem com a alcunha de "Maria Chuteira", mas aqui, assim como eles, elas serão idolatradas.
No ranking das 50 mais sexy você vai ver mulher de perna-de-pau, de craque, de ilustre desconhecido, de bonitão, além, é claro, daquelas que você pensa "meu Deus, como (ela) consegue..."
A bela ragazza de hoje tem 23 anos, é modelo, atriz, apresentadora de TV e já foi miss Itália. Francesca Chillemi é (ou foi, vai saber...) esposa do promissor meio-campo da Roma, Alberto Aquilani.
(Foto: Divulgação)
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Jogando bonito no calcio
Futebol: pela Cremonese, Juscemar é destaque em amistoso contra o Milan
O meia-atacante tapejarense Juscemar Borilli segue fazendo sucesso pelos gramados europeus. O garoto de 18 anos, vencedor do concurso da Nike Joga Bonito, já passou pelas categorias de base da Internazionale, da Itália, e Ajax, da Holanda, até estrear pelos profissionais no Zwolle, da segunda divisão holandesa. Na metade deste ano o jovem chegou como promessa ao Cremonese, da C1 italiana.
Por meio de um programa de mensagens instantâneas, ele contou como tem sido a readaptação à Terra da Bota. "Aqui é bem mais tranqüilo que na Holanda (risos)." Em Cremona, os torcedores anseiam pela volta da equipe à primeira divisão. Na última temporada o time foi aos play-offs, mas acabou não subindo. "Agora montaram uma equipe muito experiente. A média de idade é 29 anos. Sou o segundo mais novo. A maioria dos jogadores tem passagem pela série A italiana," conta. Na equipe são apenas dois estrangeiros: ele e o meia búlgaro Krasimir Chomakov.
Admiração
Durante a pré-temporada, a Cremonese organizou um amistoso contra o todo poderoso Milan. A partida terminou em um empate sem gols, mas Juscemar, que entrou no segundo tempo, foi escolhido o melhor em campo. O gaúcho acertou o travessão do goleiro Abiatti e aplicou uma janela no lateral Oddo - o Milan vinha com quase todos titulares, exceto os brasileiros, entre eles Kaká.
O jogo em Cremona teve a presença de quase 15 mil torcedores. "Tinha o Seedorf, o Flamini, pena que o Pato e o Ronaldinho tinham viajado para as Olimpíadas. Mas falei com o irmão do Kaká (o zagueiro Digão, que agora está emprestado ao Standard Liege, da Bélgica). Tinha até o Galiani (Adriano, vice-presidente do clube) assistindo..." contou ainda um pouco admirado, o jovem meia-atacante.
Ainda na pré-temporada, Juscemar encontrou com outro jogador da região, mas que há mais tempo faz sucesso no futebol italiano. O atacante Paulinho Betanin, 22 anos, de São Domingos do Sul, formado nas categorias de base do Juventude, de Caxias do Sul. "Falei com ele [Paulinho] antes do amistoso contra o Livorno. Depois ele até fez gol contra nós!" Paulinho estava emprestado ao Grosseto.
"Campionato"
A Série C1 já começou e a Cremonese está em sexto na classificação com quatro pontos. Até agora foram dois jogos: vitória na estréia contra o Pro Sesto, fora de casa, por 2 a 0; e empate em um gol contra o Venezia, em Cremona. Fato curioso: a terceira partida do time, contra o Spal, fora de casa, foi suspensa aos 19 minutos, porque o árbitro havia torcido o tornozelo (na Itália não há substituição do árbitro). Juscemar não foi relacionado para nenhum dos jogos.
A explicação está nas inúmeras contratações do clube italiano. "Trouxeram muitos jogadores caros e querem subir de qualquer jeito pra Série B. Por enquanto treino com o profissional e jogo pelos juniores." Na categoria acaba "sobrando": foi escolhido o melhor jogador em um torneio de apoio a Sociedade Italiana de Portadores de Esclerose Múltipla. "Fiz três gols em três jogos," vibra.
Cremona
Capital da província de mesmo nome na região da Lombardia, tem aproximadamente 70 mil habitantes. É famosa por ser a terra do luthier Antonio Stradivari, fabricante artesanal de instrumentos de corda, e do compositor Claudio Monteverdi. Mas, como toda cidade da Terra da Bota, é famosa também pela cucina cremesca. Cremona é atravessada pelo rio Pó, via fluvial usada desde os tempos medievais. Tem uma das maiores e mais belas catedrais, os duomos, da Itália com uma torre, "Il Torrazzo", de cerca de 110 metros de altura, a mais alta do país.
YouTube
No link abaixo você confere os melhores momentos do amistoso entre Cremonese e Milan e tira suas conclusões sobre a atuação do meia-atacante Juscemar, que entrou no segundo tempo, referido durante a transmissão pelo sobrenome Borilli.
http://www.youtube.com/watch?v=vMFgz-V-DJA
(Fotos: Arquivo Pessoal)
Entrevista publicada no dia 19 de setembro
O meia-atacante tapejarense Juscemar Borilli segue fazendo sucesso pelos gramados europeus. O garoto de 18 anos, vencedor do concurso da Nike Joga Bonito, já passou pelas categorias de base da Internazionale, da Itália, e Ajax, da Holanda, até estrear pelos profissionais no Zwolle, da segunda divisão holandesa. Na metade deste ano o jovem chegou como promessa ao Cremonese, da C1 italiana.
Por meio de um programa de mensagens instantâneas, ele contou como tem sido a readaptação à Terra da Bota. "Aqui é bem mais tranqüilo que na Holanda (risos)." Em Cremona, os torcedores anseiam pela volta da equipe à primeira divisão. Na última temporada o time foi aos play-offs, mas acabou não subindo. "Agora montaram uma equipe muito experiente. A média de idade é 29 anos. Sou o segundo mais novo. A maioria dos jogadores tem passagem pela série A italiana," conta. Na equipe são apenas dois estrangeiros: ele e o meia búlgaro Krasimir Chomakov.
Admiração
Durante a pré-temporada, a Cremonese organizou um amistoso contra o todo poderoso Milan. A partida terminou em um empate sem gols, mas Juscemar, que entrou no segundo tempo, foi escolhido o melhor em campo. O gaúcho acertou o travessão do goleiro Abiatti e aplicou uma janela no lateral Oddo - o Milan vinha com quase todos titulares, exceto os brasileiros, entre eles Kaká.
O jogo em Cremona teve a presença de quase 15 mil torcedores. "Tinha o Seedorf, o Flamini, pena que o Pato e o Ronaldinho tinham viajado para as Olimpíadas. Mas falei com o irmão do Kaká (o zagueiro Digão, que agora está emprestado ao Standard Liege, da Bélgica). Tinha até o Galiani (Adriano, vice-presidente do clube) assistindo..." contou ainda um pouco admirado, o jovem meia-atacante.
Ainda na pré-temporada, Juscemar encontrou com outro jogador da região, mas que há mais tempo faz sucesso no futebol italiano. O atacante Paulinho Betanin, 22 anos, de São Domingos do Sul, formado nas categorias de base do Juventude, de Caxias do Sul. "Falei com ele [Paulinho] antes do amistoso contra o Livorno. Depois ele até fez gol contra nós!" Paulinho estava emprestado ao Grosseto.
"Campionato"
A Série C1 já começou e a Cremonese está em sexto na classificação com quatro pontos. Até agora foram dois jogos: vitória na estréia contra o Pro Sesto, fora de casa, por 2 a 0; e empate em um gol contra o Venezia, em Cremona. Fato curioso: a terceira partida do time, contra o Spal, fora de casa, foi suspensa aos 19 minutos, porque o árbitro havia torcido o tornozelo (na Itália não há substituição do árbitro). Juscemar não foi relacionado para nenhum dos jogos.
A explicação está nas inúmeras contratações do clube italiano. "Trouxeram muitos jogadores caros e querem subir de qualquer jeito pra Série B. Por enquanto treino com o profissional e jogo pelos juniores." Na categoria acaba "sobrando": foi escolhido o melhor jogador em um torneio de apoio a Sociedade Italiana de Portadores de Esclerose Múltipla. "Fiz três gols em três jogos," vibra.
Cremona
Capital da província de mesmo nome na região da Lombardia, tem aproximadamente 70 mil habitantes. É famosa por ser a terra do luthier Antonio Stradivari, fabricante artesanal de instrumentos de corda, e do compositor Claudio Monteverdi. Mas, como toda cidade da Terra da Bota, é famosa também pela cucina cremesca. Cremona é atravessada pelo rio Pó, via fluvial usada desde os tempos medievais. Tem uma das maiores e mais belas catedrais, os duomos, da Itália com uma torre, "Il Torrazzo", de cerca de 110 metros de altura, a mais alta do país.
YouTube
No link abaixo você confere os melhores momentos do amistoso entre Cremonese e Milan e tira suas conclusões sobre a atuação do meia-atacante Juscemar, que entrou no segundo tempo, referido durante a transmissão pelo sobrenome Borilli.
http://www.youtube.com/watch?v=vMFgz-V-DJA
(Fotos: Arquivo Pessoal)
Entrevista publicada no dia 19 de setembro
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
ON # 059 - Um leitor irado!; Falando em Futsal; O próprio Brancão...
Um leitor irado!
Desde algum tempo, o Globo Esporte é uma das prioridades diárias de muitos fãs do esporte. Porém, na última semana, uma edição do programa abusou da audiência. As últimas mudanças têm feito muito telespectador torcer o nariz. Como o leitor da coluna, que prefere não ser identificado.
"Porque essa nova tendência de reportagens artísticas, melódicas e apelativas. Onde estão os gols? Dia seguinte de rodada da Liga dos Campeões da Europa, torneio que talvez só perca em badalação para a Copa do Mundo, e não sai uma vírgula sequer, nem os resultados que seja. Já que se adora as patriotadas, alguns brasileiros marcaram gols, mas nem isso foi levado em consideração. Outra: está acontecendo no Brasil uma Copa do Mundo! Porque não mostrar todos (disse todos) os gols, não somente os lances mais engraçados, como se gosta fazer, em detrimento ao principal objetivo do futebol, que, aliás, parece ter sido esquecido. Informações, tabelas, números, estatísticas, matérias sobre as outras equipes, por favor é uma Copa do Mundo, só acontece de quatro em quatro ano! Régis Rösing, nosso conterrâneo, jornalista contemporâneo, excelente, mas em uma reportagem de 4 minutos sobre a relação da música e do esporte no programa reduzido, devido ao horário eleitoral, é dose! Coloca no Esporte Espetacular, em outro programa com mais tempo. Uma matéria longa e extensa tira espaço da informação, o principal objetivo do jornalismo e o que mais as pessoas querem ver. Assim acaba ficando fácil pra concorrência. Desculpe caso tenha sido ofensivo."
(Foto: Divulgação)
Falando em Futsal
Não seria mais interessante ter sediado os grupos do Mundial em cidades que prestigiem mais o esporte? Fora os jogos do Brasil, onde aparece até quem não sabe diferenciar um fixo de um pivô, o público para assistir a uma Copa do Mundo tem sido, no mínimo, inaceitável. Poderia ser explicado pelos valores dos ingressos, mas como a intenção da Fifa é popularizar a modalidade, o problema não deve ser tão grande. Questão que não seria recorrente, caso o torneio fosse realizado em uma Jaraguá do Sul ou uma Carlos Barbosa. Pelo que fazem pelo futsal, elas mereciam. Porque não?
(Foto: Fifa.com)
O próprio Brancão...
Na última semana, Passo Fundo perdeu um ardoroso futebolista. Primeiro um atacante parrudo, porém muito técnico, com um toque fino e leve na bola. Segundo um fanático torcedor do vermelho do 14 de Julho, portador inclusive de uma antiga camisa de algodão do extinto clube, e do vermelho do Internacional, a paixão mais fervorosa. E terceiro porque vivia intensamente o esporte bretão. Uma verdadeira enciclopédia futebolística. Lembrava desde as mais antigas copas, apesar da juventude, até mais os ermos prélios. José Eduardo Branco pendura as chuteiras e deixa as inconfundíveis histórias, o humor característico e a parceria futebolista. Na foto, Branco, ao centro de boina, na confraternização dos ex-boleiros do campo de cima do Garden na Cabanha Santa Mônica.
(Foto: Arquivo ON)
Desde algum tempo, o Globo Esporte é uma das prioridades diárias de muitos fãs do esporte. Porém, na última semana, uma edição do programa abusou da audiência. As últimas mudanças têm feito muito telespectador torcer o nariz. Como o leitor da coluna, que prefere não ser identificado.
"Porque essa nova tendência de reportagens artísticas, melódicas e apelativas. Onde estão os gols? Dia seguinte de rodada da Liga dos Campeões da Europa, torneio que talvez só perca em badalação para a Copa do Mundo, e não sai uma vírgula sequer, nem os resultados que seja. Já que se adora as patriotadas, alguns brasileiros marcaram gols, mas nem isso foi levado em consideração. Outra: está acontecendo no Brasil uma Copa do Mundo! Porque não mostrar todos (disse todos) os gols, não somente os lances mais engraçados, como se gosta fazer, em detrimento ao principal objetivo do futebol, que, aliás, parece ter sido esquecido. Informações, tabelas, números, estatísticas, matérias sobre as outras equipes, por favor é uma Copa do Mundo, só acontece de quatro em quatro ano! Régis Rösing, nosso conterrâneo, jornalista contemporâneo, excelente, mas em uma reportagem de 4 minutos sobre a relação da música e do esporte no programa reduzido, devido ao horário eleitoral, é dose! Coloca no Esporte Espetacular, em outro programa com mais tempo. Uma matéria longa e extensa tira espaço da informação, o principal objetivo do jornalismo e o que mais as pessoas querem ver. Assim acaba ficando fácil pra concorrência. Desculpe caso tenha sido ofensivo."
(Foto: Divulgação)
Falando em Futsal
Não seria mais interessante ter sediado os grupos do Mundial em cidades que prestigiem mais o esporte? Fora os jogos do Brasil, onde aparece até quem não sabe diferenciar um fixo de um pivô, o público para assistir a uma Copa do Mundo tem sido, no mínimo, inaceitável. Poderia ser explicado pelos valores dos ingressos, mas como a intenção da Fifa é popularizar a modalidade, o problema não deve ser tão grande. Questão que não seria recorrente, caso o torneio fosse realizado em uma Jaraguá do Sul ou uma Carlos Barbosa. Pelo que fazem pelo futsal, elas mereciam. Porque não?
(Foto: Fifa.com)
O próprio Brancão...
Na última semana, Passo Fundo perdeu um ardoroso futebolista. Primeiro um atacante parrudo, porém muito técnico, com um toque fino e leve na bola. Segundo um fanático torcedor do vermelho do 14 de Julho, portador inclusive de uma antiga camisa de algodão do extinto clube, e do vermelho do Internacional, a paixão mais fervorosa. E terceiro porque vivia intensamente o esporte bretão. Uma verdadeira enciclopédia futebolística. Lembrava desde as mais antigas copas, apesar da juventude, até mais os ermos prélios. José Eduardo Branco pendura as chuteiras e deixa as inconfundíveis histórias, o humor característico e a parceria futebolista. Na foto, Branco, ao centro de boina, na confraternização dos ex-boleiros do campo de cima do Garden na Cabanha Santa Mônica.
(Foto: Arquivo ON)
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
De volta para o passado...
Carros antigos: se você é daqueles que já de longe identificava por nome, sobrenome e apelido qualquer automóvel, enxergando apenas uma ponta da traseira, um farol ou até mesmo um friso, agora vai poder reviver essa história de muitos outros brasileiros apaixonados por carros
Ao chegar, o local aparentemente poderia ser qualquer oficina, qualquer depósito. Mas não é. Na verdade é um portal, uma passagem no tempo. Um tempo em que o que hoje se chama customizar era feito com talvez muito mais ousadia. Um tempo em que o surgimento da mecanização da sociedade tornou-se uma ferramenta para criar, inventar, pensar. Um tempo nostálgico, mais para aqueles que viveram e menos para aqueles que gostariam de ter vivido. Um tempo que não volta, mas que fica registrado na memória e no chassi dos automóveis antigos.
Os irmãos Azambuja, Róberson e Rogério, são desses brasileiros apaixonados por carros. Foram crianças em um tempo em que nem todo mundo tinha um na garagem. Era artigo de luxo. Mais do que admirar, eles queriam conhecer cada detalhe, cada peça, cada história. "Quando tinha nove ou dez anos, além de estudar, minha vida eram os carros. Era uma febre, um fascínio que crescia a cada dia, e ainda cresce", conta Róberson.
Há cerca de 15 anos o que hoje é para ele quase uma profissão, começou como brincadeira. "Eu queria comprar um segundo carro. Então encontrei um Fusca 1966 super original. Resolvi comprar. Logo depois encontrei um Ford 1931, os dois super inteiros. Não resisti. Então resolvi abraçar a causa (risos)." Uma volta. Foi o que bastou para o irmão cair na mesma tentação. "Um dia o Rogério deu uma volta no Fusca e gostou da idéia. Começamos a procurar um Simca para ele. Achamos, e depois foi uma seqüência." Não demorou muito para que os correligionários se encontrassem. "Como a gente encontrou uma parceria, fundamos o Veteran Car Club de Passo Fundo, com o Paulo Trevisan, com a família Graeff, César Romero, entre outros. Hoje temos mais de 60 sócios."
Uma aula de história
A indústria automobilística no Brasil acompanhou a trajetória da nossa jovem democracia. Foi protagonista e coadjuvante, mas nunca saiu de cena. Final da década de 50: começam a ser produzidos automóveis no Brasil. Final da década de 70: as importações de carros são proibidas. Os dois momentos pontuam nossa viagem no tempo.
Para ter um carro exclusivo, diferenciado, muitos "malucos", como são carinhosamente chamados, começaram a inventar. Surgiram então as fabriquetas. "São os chamados fora de série, uma história muito interessante que poucos países têm, uma coisa que surgiu forte no Brasil", explica Róberson. "Naquela época a Quatro Rodas, a cada mês, publicava uma reportagem com um fora série novo. Nós éramos meninos então ficávamos na expectativa, esperando cada nova edição. Hoje aqueles carros praticamente sumiram."
Democrata
O carro foi um sucesso de venda. E de engano. Foram vendidos mais de 87 mil e só fabricados apenas três. "Cada pessoa teria direito a um carro se comprasse no mínimo X ações. Mais de 87 mil pessoas fizeram negócio, mas não receberam o carro. "Um caminhão viajava pelo país com um carro, o ‘laranja de amostra’, que por vezes descia e dava algumas voltas. Por isso ele é muito raro. Esse modelo é único. O motor é original e tem a inscrição IBAP - Indústria Brasileira de Automóveis Presidente." Depois de 20 anos, quando o processo de falência da empresa encerrou, o lote foi a leilão. O carro projetado em 1964 lembra o Mustang. "Era um sonho e muita gente comprou. Na época existia muito folclore em relação a isso", conta Azambuja.
Limusine Willys
Fabricado em 1968 é o único limusine de série fabricado no Brasil. Foram construídos apenas 26 carros que serviram todos à Presidência da República, governadores e ministérios. "Esse é o número 13. O último executivo utilizado oficialmente pela Presidência na posse do presidente Fernando Collor. Depois o carro foi a leilão". O limo foi o primeiro nacional a ter ar-condicionado. "O ar é só para os passageiros, não para o motorista, separado por um vidro com acionamento elétrico", observa Azambuja. "Muitos desses carros estão fora do Brasil. Sabemos que tem um no museu do automóvel do Japão."
Foras de série autorizados
Da proibição de carros no Brasil à criatividade: um Del Rey limusine. "A Ford autorizou a Souza Ramos (SR), que era a maior revenda do país na época, a modificar o carro, para ele ficar mais luxuoso. Então ele vinha com bancos de couro e teto solar. O carro foi esticado no meio para parecer uma limusine. Era uma espécie de fora de série e a fábrica autorizava, acompanhava o serviço e dava garantia", conta Róberson. Além do Limo, a revenda ainda concebeu o exclusivo Del Rey conversível. Para não ficar para trás, o Monza Sedan também virou conversível com a revenda Sulan, com fabricação autorizada pela Chevrolet. "Esses foras de série autorizados têm um valor histórico muito grande, porque fazem parte de uma época em que uma necessidade fazia com que se criassem carros diferenciados,” ressalta Azambuja.
Simca
Foram fabricados no Brasil com a licença da marca européia. Simca Rallye, Simca Jangada e Simca Chambord. Esses belos franceses hoje ostentam a imponência e o reconhecimento da placa preta. “São carros originais com mais de 30 anos. Essa placa é colocada no carro com autorização do Detran. Para isso ele tem que ter uma certificação de originalidade da Federação Brasileira de Automóveis Antigos,” explica Azambuja. O Simca Jangada tem uma particularidade em relação aos demais. “É muito raro no país, mas aqui no Rio Grande do Sul têm muitos. Lançado em 1962, na grande fase do trigo, muitos fazendeiros gaúchos acabaram comprando.”
Ford Thunderbird
O Thunderbird 1955 era um carro americano construído pela Ford para concorrer com o Corvette que havia sido lançado um ano antes pela Chevrolet. Conversível, com duas capotas, uma de lona e outra rígida, era um m carro esportivo, compacto. “Nos bancos de trás mal cabe uma criança." O carro foi encontrado em uma fazenda no interior de Carazinho e pertenceu a Família Sabadin, dona de uma empresa de ônibus. "Os dois foram restaurados aqui em Passo Fundo: mecânica e funilaria.” No interior dos veículos a riqueza e atenção nos menores detalhes impressionam. Os estofamentos, mesmo um pouco rasgados, são remendados para manter a originalidade, até mesmo nas costuras. "Buscamos sempre manter o carro como saiu de fábrica."
Museu
Munidos da vontade de levar o conhecimento e a cultura que transbordam o território das garagens, surgiu a idéia do Museu do Automóvel. "Chegamos a um ponto de resgate histórico que não dá para manter fechado, existe a necessidade de mostrar as peças para quem tiver interesse em vê-las, para que saiba como eram as soluções dos projetistas da época, que carros nossos pais e avós dirigiam”, explica Róberson entusiasmado. "Cinqüenta anos é muito pouco tempo de história. Muitos carros ficam no tempo, são prensados e vão para as metalúrgicas. O museu seria o instrumento para salvar essa parte da história da indústria automobilística nacional."
Mas o projeto quase escapa da cidade. "Tínhamos um projeto grande com a prefeitura de Porto Belo, em Santa Catarina. A professora Tania Rösing ficou sabendo e disse que isso tinha que ser feito aqui. Não foi muito difícil nos convencer", sorri. A Fundação Universidade de Passo Fundo cedeu uma área no campus para a construção do museu, que fará parte do UPF Mundi. O projeto foi encaminhado ao Ministério da Cultura e já conta com a intenção de algumas empresas em investir no empreendimento que, segundo Azambuja, deve ficar pronto em aproximadamente um ano e meio.
(Fotos: Paulo Roberto D'Agustini/ON e Arquivo Pessoal)
Meus amigos peço permissão para publicar esta reportagem que fiz, que em nada tem a ver com esporte, ou com futebol, mas se trata de mais uma paixão nacional.
Ao chegar, o local aparentemente poderia ser qualquer oficina, qualquer depósito. Mas não é. Na verdade é um portal, uma passagem no tempo. Um tempo em que o que hoje se chama customizar era feito com talvez muito mais ousadia. Um tempo em que o surgimento da mecanização da sociedade tornou-se uma ferramenta para criar, inventar, pensar. Um tempo nostálgico, mais para aqueles que viveram e menos para aqueles que gostariam de ter vivido. Um tempo que não volta, mas que fica registrado na memória e no chassi dos automóveis antigos.
Os irmãos Azambuja, Róberson e Rogério, são desses brasileiros apaixonados por carros. Foram crianças em um tempo em que nem todo mundo tinha um na garagem. Era artigo de luxo. Mais do que admirar, eles queriam conhecer cada detalhe, cada peça, cada história. "Quando tinha nove ou dez anos, além de estudar, minha vida eram os carros. Era uma febre, um fascínio que crescia a cada dia, e ainda cresce", conta Róberson.
Há cerca de 15 anos o que hoje é para ele quase uma profissão, começou como brincadeira. "Eu queria comprar um segundo carro. Então encontrei um Fusca 1966 super original. Resolvi comprar. Logo depois encontrei um Ford 1931, os dois super inteiros. Não resisti. Então resolvi abraçar a causa (risos)." Uma volta. Foi o que bastou para o irmão cair na mesma tentação. "Um dia o Rogério deu uma volta no Fusca e gostou da idéia. Começamos a procurar um Simca para ele. Achamos, e depois foi uma seqüência." Não demorou muito para que os correligionários se encontrassem. "Como a gente encontrou uma parceria, fundamos o Veteran Car Club de Passo Fundo, com o Paulo Trevisan, com a família Graeff, César Romero, entre outros. Hoje temos mais de 60 sócios."
Uma aula de história
A indústria automobilística no Brasil acompanhou a trajetória da nossa jovem democracia. Foi protagonista e coadjuvante, mas nunca saiu de cena. Final da década de 50: começam a ser produzidos automóveis no Brasil. Final da década de 70: as importações de carros são proibidas. Os dois momentos pontuam nossa viagem no tempo.
Para ter um carro exclusivo, diferenciado, muitos "malucos", como são carinhosamente chamados, começaram a inventar. Surgiram então as fabriquetas. "São os chamados fora de série, uma história muito interessante que poucos países têm, uma coisa que surgiu forte no Brasil", explica Róberson. "Naquela época a Quatro Rodas, a cada mês, publicava uma reportagem com um fora série novo. Nós éramos meninos então ficávamos na expectativa, esperando cada nova edição. Hoje aqueles carros praticamente sumiram."
Democrata
O carro foi um sucesso de venda. E de engano. Foram vendidos mais de 87 mil e só fabricados apenas três. "Cada pessoa teria direito a um carro se comprasse no mínimo X ações. Mais de 87 mil pessoas fizeram negócio, mas não receberam o carro. "Um caminhão viajava pelo país com um carro, o ‘laranja de amostra’, que por vezes descia e dava algumas voltas. Por isso ele é muito raro. Esse modelo é único. O motor é original e tem a inscrição IBAP - Indústria Brasileira de Automóveis Presidente." Depois de 20 anos, quando o processo de falência da empresa encerrou, o lote foi a leilão. O carro projetado em 1964 lembra o Mustang. "Era um sonho e muita gente comprou. Na época existia muito folclore em relação a isso", conta Azambuja.
Limusine Willys
Fabricado em 1968 é o único limusine de série fabricado no Brasil. Foram construídos apenas 26 carros que serviram todos à Presidência da República, governadores e ministérios. "Esse é o número 13. O último executivo utilizado oficialmente pela Presidência na posse do presidente Fernando Collor. Depois o carro foi a leilão". O limo foi o primeiro nacional a ter ar-condicionado. "O ar é só para os passageiros, não para o motorista, separado por um vidro com acionamento elétrico", observa Azambuja. "Muitos desses carros estão fora do Brasil. Sabemos que tem um no museu do automóvel do Japão."
Foras de série autorizados
Da proibição de carros no Brasil à criatividade: um Del Rey limusine. "A Ford autorizou a Souza Ramos (SR), que era a maior revenda do país na época, a modificar o carro, para ele ficar mais luxuoso. Então ele vinha com bancos de couro e teto solar. O carro foi esticado no meio para parecer uma limusine. Era uma espécie de fora de série e a fábrica autorizava, acompanhava o serviço e dava garantia", conta Róberson. Além do Limo, a revenda ainda concebeu o exclusivo Del Rey conversível. Para não ficar para trás, o Monza Sedan também virou conversível com a revenda Sulan, com fabricação autorizada pela Chevrolet. "Esses foras de série autorizados têm um valor histórico muito grande, porque fazem parte de uma época em que uma necessidade fazia com que se criassem carros diferenciados,” ressalta Azambuja.
Simca
Foram fabricados no Brasil com a licença da marca européia. Simca Rallye, Simca Jangada e Simca Chambord. Esses belos franceses hoje ostentam a imponência e o reconhecimento da placa preta. “São carros originais com mais de 30 anos. Essa placa é colocada no carro com autorização do Detran. Para isso ele tem que ter uma certificação de originalidade da Federação Brasileira de Automóveis Antigos,” explica Azambuja. O Simca Jangada tem uma particularidade em relação aos demais. “É muito raro no país, mas aqui no Rio Grande do Sul têm muitos. Lançado em 1962, na grande fase do trigo, muitos fazendeiros gaúchos acabaram comprando.”
Ford Thunderbird
O Thunderbird 1955 era um carro americano construído pela Ford para concorrer com o Corvette que havia sido lançado um ano antes pela Chevrolet. Conversível, com duas capotas, uma de lona e outra rígida, era um m carro esportivo, compacto. “Nos bancos de trás mal cabe uma criança." O carro foi encontrado em uma fazenda no interior de Carazinho e pertenceu a Família Sabadin, dona de uma empresa de ônibus. "Os dois foram restaurados aqui em Passo Fundo: mecânica e funilaria.” No interior dos veículos a riqueza e atenção nos menores detalhes impressionam. Os estofamentos, mesmo um pouco rasgados, são remendados para manter a originalidade, até mesmo nas costuras. "Buscamos sempre manter o carro como saiu de fábrica."
Museu
Munidos da vontade de levar o conhecimento e a cultura que transbordam o território das garagens, surgiu a idéia do Museu do Automóvel. "Chegamos a um ponto de resgate histórico que não dá para manter fechado, existe a necessidade de mostrar as peças para quem tiver interesse em vê-las, para que saiba como eram as soluções dos projetistas da época, que carros nossos pais e avós dirigiam”, explica Róberson entusiasmado. "Cinqüenta anos é muito pouco tempo de história. Muitos carros ficam no tempo, são prensados e vão para as metalúrgicas. O museu seria o instrumento para salvar essa parte da história da indústria automobilística nacional."
Mas o projeto quase escapa da cidade. "Tínhamos um projeto grande com a prefeitura de Porto Belo, em Santa Catarina. A professora Tania Rösing ficou sabendo e disse que isso tinha que ser feito aqui. Não foi muito difícil nos convencer", sorri. A Fundação Universidade de Passo Fundo cedeu uma área no campus para a construção do museu, que fará parte do UPF Mundi. O projeto foi encaminhado ao Ministério da Cultura e já conta com a intenção de algumas empresas em investir no empreendimento que, segundo Azambuja, deve ficar pronto em aproximadamente um ano e meio.
(Fotos: Paulo Roberto D'Agustini/ON e Arquivo Pessoal)
Meus amigos peço permissão para publicar esta reportagem que fiz, que em nada tem a ver com esporte, ou com futebol, mas se trata de mais uma paixão nacional.
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