domingo, 11 de maio de 2008

ON # 038 - Gaúcho - 90 anos; "A bola pune..."; A polêmica do bicho; Ficam três; Ex-boleiros

Gaúcho - 90 anos

Durante a semana passada conversei com ex-dirigentes, ex-jogadores, nomes que marcaram a história quase centenária do "Mais querido da cidade". Em alguns momentos, confesso, senti uma ponta de inveja. Inveja de não ter vivido uma era romântica do futebol, uma época de ouro para o esporte passo-fundense. Deixando a nostalgia de lado, verifico rapidamente que o momento atual é um dos piores da história do clube e o palco de todo imaginado está bem diferente.
Mas, no excelente livro O mais querido da cidade, de Marco Antônio Damian, que conta a trajetória de 1918 até 2000, um trecho profetiza e dá esperança aos mais apaixonados: "Enquanto houver futebol, existirá o Gaúcho."


(Foto: Arquivo Pessoal/Marco Antonio Damian)
Bexiga, Orlando, Chiquita, Luiz Sachett, não identificado e Itamar; Vetinho, não identificado, Branco Ughini, não identificado e Paulista, em 1957


Frase da semana

"A bola pune..."

Do técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, sobre a eliminação vexatória do Flamengo na Copa Santander Libertadores após ter vencido a primeira partida contra o América, no México, por 4 a 2 e ter perdido no Maracanã por 3 a 0. O agora técnico da seleção sul-africana Joel Santana e os jogadores rubro-negros teriam desdenhado do adversário e entrando em campo calçando o velho salto alto. Jornais mexicanos apelidaram o feito do América, como um novo "Maracanazzo".


A polêmica do bicho

A final do Gauchão da semana passada não sai da cabeça, nem de colorados, nem da papada, nem dos gremistas, nem de ninguém. Os 8 a 1, maior diferença de gols em uma final de Estadual, foram estarrecedores demais. Fora a grande sanha de vingança e a estupenda atuação do Inter contra a touca verde, o que alguns, até mesmo colorados, viram foi um Juventude apático, leia-se jogadores sem a menor indignação. Nenhum expulso, apenas o capitão para receber as medalhas do vice e a grande pergunta que não quer calar: porque não entraram em campo na hora do hino. Com todos esses fatores, pode-se supor que o bicho foi acertado, ou melhor, não acertado, antes da partida. No final do jogo, o diretor do Ju, José Antonio Boff, declarou, sem afirmar: "o que aconteceu foi grave, não vai passar impune."

Ficam três

O vice-presidente de futebol do Passo Fundo, Ivanir Rodighiero, confirmou no sábado, durante a derrota dos juvenis para o São Luiz, que apenas o goleiro Róbson, o volante Baiano e o atacante Índio permanecem no Vermelhão da Serra. Ainda segundo o dirigente, o restante dos atletas foi dispensado essa semana. Os três atletas que permaneceram vão auxiliar na preparação dos mais jovens. "Não tínhamos como manter os atletas sem estar disputando," lamenta. O Passo Fundo disputa a Copa RS que começa apenas daqui a quatro longos meses, em agosto.


Ex-boleiros


No sábado (10), um agradável churrasco, regado à boa conversa e belas risadas, reuniu os ex-boleiros do Garden Club. A confraternização organizada pelos ex-craques do campo de cima do clube Osmar Teixeira e Ludgero Cruz teve como palco a Cabanha Santa Mônica. Destaque para a despedida dos gramados, aos 61 anos e devido a uma lesão, do lendário Seu Carlinhos. Disseram as más línguas que o quórum do evento foi maior que o das peladas de sábado no Garden. Naturalmente.

(Foto: Paulo Roberto D'Agustini/ON)

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