Esse é um texto que escrevi para o convite da minha formatura, que era na verdade uma revista, coisa desses formandos em comunicação social que querem ficar inventando moda em convite de formatura.
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Essa história deu início na peneira do vestibular, que na verdade não excluiu muita gente. Havia pouco mais candidatos para o número de vagas no elenco do Radialismo Futebol Clube, para a temporada 2002-2005. Na apresentação, realizada no Centro de Treinamento da Faculdade de Artes e Comunicação, muitas caras novas para aquele campeonato que se iniciava. Na equipe muitos estrangeiros vindos de Marau, Carazinho, Soledade, Não-Me-Toque e até da capital. Alguns atletas mais experientes e também jovens apostas bastante promissoras.
O plano tático de estudos já começava a ser passado pelo (s) professor (es). Nos primeiros jogos alguns tropeços, natural para um time em fase de adaptação. Os mais velhos foram fundamentais nesse processo, com sua experiência passada aos mais jovens. A pressão por resultados era um desafio. O custo era alto. A jornada era longa e o calendário apertado. Aos poucos o entrosamento do grupo começou a aparecer. Na concentração das aulas, justamente a descontração começava a amenizar a saudade de casa e da boa vida de folga a noite. Mal sabíamos que a pressão ao longo e, principalmente, ao final da competição iria aumentar, intensamente.
Era sabido que nem todo plantel chegaria ao final da jornada. Alguns saíram transferidos para outras equipes, outros abandonaram o clube simplesmente. E teve aqueles que deixaram saudade para torcida e os companheiros. Ao mesmo tempo, é claro, houve vários problemas de relacionamento no elenco. Um cobrava o outro, num time de vários capitães. Os atletas se dividiam em grupos na disputa dos trabalhos da semana. Com tudo isso quem mais ganhou foi o Radio F.C. Todo o calor da disputa cada vez mais unia a equipe em busca do canudo.
Contrariando um pouco a lógica de que em time que está ganhando não se mexe, tivemos uma grande mudança na reta final do segundo turno do campeonato. Uma fusão com o Jornalismo Futebol Clube. Foi um processo complicado. Atletas ameaçaram pedir recisão. O Radialismo F.C. deixava de existir. Mas apesar dos pesares, me parece que isso tudo foi bastante proveitoso, pois adquirimos maiores conhecimentos sobre formatações táticas de jogo como o 4-4-jornal impresso e o 3-5-assessoria de imprensa, além de passamos um ano a mais com esse grupo maravilhoso de jogadores. Essa mexida num time que estava em alta, não alterou a série de vitórias que ainda estava por vir.
Mas, como todos sabem, a regra é clara e o jogo só termina quando acaba. Na grande final o assustador Esporte Clube Monografia. Para isso um reforço de peso. O professor Máximo. Ele retorna e ajuda a equipe a levantar o quadro de formatura. Agora é correr pro abraço. Lembrar os companheiros e os homenageados, e comemorar com essa torcida maravilhosa esse título conquistado com muito suor e amor a camisa. Pra depois começar tudo de novo, uma nova temporada, um novo clube, um novo desafio.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
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Mas agora descobri que a coluna virou ou blog ou o blog virou coluna!! hehe..
ResponderExcluirAdorei o texto! Muito inteligente e divertido!
abraço
Dai
Show de bolaaaaaa...
ResponderExcluirAdorei...posso adaptar para fazer um convite para minha formatura???